O
PROCON NATAL – Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor
de Natal realiza semanalmente pesquisa de cesta básica nos principais
estabelecimentos comerciais da cidade do Natal, onde constata variação
nos preços de 40 itens divididos por grupo econômico como mercearia,
açougue, hortifrúti, higiene e limpeza. No mês de dezembro as pesquisas
foram realizadas nas quatro semanas do mês, junto a seis hipermercados e
quatro supermercados, como também dez supermercados de bairro
denominados de mercadinhos, contemplando as quatro zonas administrativas
de Natal. A pesquisa identificou que os preços praticados pelo comércio
da cidade do Natal estão pareados não encontrando muita diferença em
relação aos estabelecimentos pesquisados nas zonas administrativas.
GRUPO ECONÔMICO
Em análise por grupo econômico, a pesquisa verificou 14 ítens de
mercearias, sete de açougue, seis de higiene e limpeza, e treze de
hortifrúti. A pesquisa encontrou uma variação no mês de dezembro nos
quarenta produtos que compõem a cesta básica nos hipermercados 0,51%,
0,22%, 0,58% e 13,46%. Já nos mercadinhos a pesquisa encontrou uma
variação de 0,94%, 0,27%, 1,67% e 5,73%.
ANÁLISE DA ALIMENTAÇÃO
A cesta básica para o natalense foi positiva tanto nos hipermercados
como nos mercadinhos de bairro. No acumulado dos doze meses do ano
passado, as oscilações nos preços dos produtos da cesta básica são
inúmeros, mais especificamente de safra definida e de sazonalidade. No
entanto, destacou-se os hortifrúti como o tomate, o chuchu e a batata, e
demais produtos de mercearia como o feijão-carioca, o pão francês e a
farinha de mandioca. São diversos os motivos encontrados, que justificam
o aumento nos preços desses produtos e a elevação da cesta básica no
primeiro semestre, considerado relativamente normal com o custo médio de
R$232,80 e uma alta nos meses seguintes fechando o segundo semestre com
o custo médio de R$248,08. Isso equivale à variação de 6,16% no ano
para os hipermercados, e para os mercadinhos o primeiro semestre teve um
custo médio de R$217,00 e uma elevação no segundo semestre que superou a
cesta básica dos hipermercados, chegando a R$234,00, com uma variação
anual de 6,48%.
Em análise, o Núcleo de pesquisa aponta que o trabalhador gastou em
média 28,32% do salário-mínimo para adquirir a cesta básica e esse mesmo
trabalhador compromete 55 horas e 45 minutos para ganhar o equivalente
para a compra dos produtos que a compõe. Isso considerando o custo da
cesta básica e o valor líquido constante no contracheque do trabalhador,
em que já está descontado o recolhimento da Previdência Social. Esse
comprometimento do ganho e horas de trabalho foi calculado de janeiro a
dezembro de 2018.
O PROCON NATAL, orienta os consumidores natalenses a uma pesquisa na
hora da compra, uma vez que se faz necessário, devido à diferença de
preços dos produtos pesquisados que variam entre os bairros e quanto à
estrutura do comércio. O consumidor deve aproveitar os preços em
promoção nos estabelecimentos assim como os dias específicos de
promoções que são anunciados.
ANÁLISE DETALHADA POR GRUPOS
HORTIFRÚTI – Neste grupo econômico, no mês de
dezembro, a média ficou em R$43,59; no mês anterior foi de R$37,72. A
variação nas quatro semanas foi de 14,31% com uma média de R$40,76, e de
janeiro a dezembro, a média foi R$38,08 com uma variação negativa de
-3,0%. Esse grupo econômico tem influência de fenômenos naturais com as
chuvas que prejudicam a colheita da safra e que leva à redução na oferta
de produtos. Foram produtos encontrados em alta no mês: tomate, cebola,
batata e o chuchu, mantendo-se estáveis na segunda e terceira semanas e
aumentando na quarta semana com os preços médio em: R$4,70; R$3,99;
R$4,36 e R$3,50 respectivamente por semana. No entanto, a batata-doce
foi o único produto em queda desde a segunda semana do mês, com o preço
médio de R$3,65.
AÇOUGUE – Esse grupo econômico tem um custo elevado
para o trabalhador, por seus produtos serem carne de 1ª (alcatra) e de
2ª (músculo), além de carne de sol de primeira, frango congelado, ovos,
queijo coalho e pescado (filé de merluza e polaca). O valor médio anual
encontrado pela pesquisa foi de R$ 150,94 e uma variação no mês de
3,24%; em relação ao mês de novembro, a variação foi de 0,22% com o
valor médio de R$153,70 e em dezembro, com valor de R$ 154,04; nas
quatro semanas do mês de dezembro o valor médio encontrado pela pesquisa
foi de R$155,26, com uma variação semanal de 4,52%. Durante o mês de
dezembro, entre os produtos desse grupo econômico, destacaram-se a carne
de segunda, que manteve-se estável nas três primeiras semanas e
elevou-se na última com um valor médio de R$22,62, e uma variação mensal
de 4,52%. Também destacou-se o pescado, com um valor médio no mês de
R$29,91 e uma variação de 23,06%, com queda desde a segunda semana do
mês.
HIGIENE E LIMPEZA – Nessa categoria, os itens
pesquisadas são sabonete comum de 90g, creme dental de 90g, água
sanitária de um litro, detergente líquido de 500ml, sabão em pó pacote
de 500 g e sabão em barra de 200g. Registraram um valor médio anual de
R$14,01 e uma variação de 11,0% no ano e teve seu maior valor no mês de
dezembro de R$15,15 e R$12,75. A variação de novembro e dezembro foi de
0,58% com o menor valor de R$15,06 e 15,15%, respectivamente. Durante o
mês de dezembro destacou-se o sabão em pó que teve queda na quarta
semana, mas os demais produtos mantiveram-se estáveis.
MERCEARIA – No grupo de econômico de mercadorias são
encontrados os produtos de subsistência da cesta básica. Para o Núcleo
de pesquisa do PROCON NATAL esses produtos são arroz agulhinha tipo 2,
feijão carioquinha, açúcar cristalizado 1kg, sal refinado 1kg, fubá
pré-cozido, farinha de mandioca 1kg, macarrão sêmola 500g, café 250g,
pão francês o 1kg, leite pasteurizado um litro, óleo de soja 900ml,
margarina 250g, biscoito maisena 500g e biscoito creme cracker 500g. A
variação desse grupo econômico em relação ao mês anterior foi de 0,51%,
com o valor médio de R$52,82 em dezembro, e de R$52,55 para o mês de
novembro. De janeiro a dezembro, o valor médio desse grupo econômico foi
de R$ 51,31, com variação anual de 3,39%, e durante o mês de dezembro a
média foi de R$52,84 e uma variação no mês de 2,32%. O produto que mais
se destacou nesse grupo econômico foi o pão francês que teve uma alta
no mês, sendo encontrado o seu maior preço de R$17,69 na segunda e
terceira semanas do mês no hipermercado Carrefour da zona norte. Onde a
média do preço encontrada pela pesquisa para esse produto no mês foi de
R$12,02 e uma variação no mês de 2,32%.
A cesta básica nos supermercados iniciou com o preço médio em janeiro
de 2018 de R$232,72 e no final do ano com o preço médio de R$265,59. Em
relação aos grupos econômicos, açougue, mercearia, higiene/limpeza e
hortifrúti foram respectivamente: R$149,27 e R$154,04; R$51,57 e
R$52,82; R$35,99 e R$43,59; R$12,75 e R$15,15. No gráfico 02, observamos
o preço médio da cesta básica e também os preços médios dos grupos
econômicos dos mercadinhos de bairro pesquisadas por este órgão, nos
meses de janeiro a dezembro de 2018.
A cesta básica nos mercadinhos de bairro iniciou o ano com um custo
médio de R$217,91 e no final do ano com o custo médio foi de R$240,65.
Em relação aos grupos econômicos, o de hortifrúti, higiene/limpeza,
açougue e mercearia, foram respectivamente: R$32,35 e R$32,40; R$14,99 e
R$16,83; R$138,45 e R$140,46; R$49,29 e R$50,97.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS
No mês de dezembro, apesar de uma predominância de alta nos produtos
da cesta básica na cidade do Natal, mais precisamente no segundo
semestre, os preços tiveram tendência de alta elevando a cesta básica. A
variação encontrada pelo Núcleo de pesquisa, em destaque e por várias
vezes, tiveram seus preços elevados o tomate, a cebola, a batata e o
chuchu, devido à estiagem e entressafra no mercado nacional. O pão
francês também chegou a ser encontrado a preços muito acima da média,
mas nesse caso devido à variação do Dólar. Outros produtos também
contribuíram na variação da cesta básica como o feijão-carioca e a
farinha de mandioca. Também tiveram alguns produtos que registraram
queda como o pescado e a batata-doce. A cesta básica dos natalenses teve
uma variação de 6,16%, mas manteve-se sem nenhuma constância de média
durante o ano, já para os mercadinhos a cesta básica variou a maior no
segundo semestre de 6,48% e isso foi o que elevou a sua variação ser
maior que a dos hipermercados. O PROCON NATAL continua orientando aos
consumidores a sempre pesquisar antes de qualquer compra, pois a
variação de um estabelecimento para outro chega a ser grande mesmo entre
estabelecimentos de mesma rede.