Deu no Visor Politico
O vereador Felipe Alves (PMDB) está no primeiro mandato e já desponta como uma das grandes personalidades políticas da nova safra de vereadores da Câmara Municipal de Natal, ao lado de nomes como Rafael Motta (PP), Jacó Jácome (PMN) e Sandro Pimentel (PSOL).
Nesta entrevista, Felipe ressalta a decisão acertada do PMDB de romper com o governo Rosalba Ciarlini e afirma: “O momento é de o PMDB apresentar candidatura própria a governador do Rio Grande do Norte”. Confira a entrevista de Felipe Alves:
Visor Político – Qual a sua opinião sobre o afastamento do PMDB do governo Rosalba Ciarlini e do DEM?
Felipe Alves – Eu concordo com essa decisão, primeiro porque o governo Rosalba frustrou as expectativas dos norte-rio-grandenses. Todos nós acreditamos nela e ela foi eleita no primeiro turno com uma grande maioria de votos, mas infelizmente não cumpriu as suas promessas de campanha. O Estado passa por uma situação muito difícil em áreas como saúde, educação, segurança pública, numa situação realmente caótica. E da mesma forma o PMDB teve também as suas expectativas frustradas e decidiu se desligar desse governo, para que possa até ter mais liberdade de formular um projeto de governo, para que possa tecer as suas críticas com maior liberdade sem se apegar com questões políticas menores ligadas ao governo.
VP – O PMDB articula o lançamento de uma candidatura própria a governador. O senhor concorda?
FA – Sou dessa tese, defendo essa tese, acho que nós somos um partido que estamos em um ótimo momento, com lideranças de renome nacional hoje, que gozam de um grande prestígio eleitoral aqui no nosso Estado e eu acho que é o momento de o PMDB apresentar candidatura própria. A última vez que o PMDB governou o nosso Estado, teve uma grande aprovação popular, que foi o governo Garibaldi Filho, que saiu com mais de 65% de aprovação popular e isso demonstra que o PMDB de fato tem um conhecimento de como se governa e precisa realmente mostrar o seu plano de governo, apresentar um plano de recuperação das finanças do nosso Estado, de recuperação dos investimentos, para que nós possamos ter um Estado mais desenvolvido e também contemple as necessidades da população.
VP – Que acha do nome do ministro Garibaldi, que disse que está no jogo?
FA – Eu acho um nome excepcional. Não resta dúvida de que Garibaldi, como acabei de dizer, foi um grande governador, é um grande senador, um grande ministro, tem um poder eleitoral muito bom, é um campeão de votos, mas nós temos que respeitar também a posição dele. Ele tem dito que coloca o nome dele à disposição, mas não deseja, já que já foi governador por duas oportunidades. Eu acho que nesses momentos a gente tem que discutir um plano de governo, como tirar o Rio Grande do Norte desse atraso que vive atualmente e a partir do ano que vem, que é de fato o ano eleitoral, nós partimos para avaliar os nomes que se disponibilizam a disputar essa candidatura.
VP – Que contribuição o PMDB pode dar para o Estado?
FA – Eu espero que o próximo governador, que eu espero que seja do PMDB, ele tenha uma gestão muito técnica. Ele tem que recuperar a capacidade de investimento do Estado e isso é muito importante, porque o que o cidadão quer do poder público é realizações, ele não quer um Estado inchado, com muitos custos, não, ele quer obras de saneamento, ele quer o turismo valorizado, segurança pública eficaz, ele quer uma saúde pública que funcione; eu sei que falando assim parece ser fácil, mas eu sei que não é, mas precisa-se que uma administração estadual seja muito técnica, diminua os custos – e isso deve ser feito no início de um governo – valorize aquele servidor que realmente dá um esforço no seu serviço, ou seja, torne a administração mais efetiva e mais realizadora.