O município do Natal possui atualmente 54 casos oficiais de acumuladores. São considerados oficiais os casos que já foram detectados e os agentes comunitários já estão no processo de acessar o indivíduo e lidar com a situação.
Acumuladores são aquelas pessoas que guardam diferentes tipos de objetos de forma desorganizada, sem nenhuma lógica ou utilidade aparente. Segundo Daniel Costa, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, a acumulação “É diferente de uma coleção, de um hobby, de algo que tem um sentido”.
Além de objetos, acumuladores juntam também animais e lixo. É uma situação muito delicada, vez que além de afetar a vida do acumulador em si, também é prejudicial aos animais envolvidos e moradores de áreas vizinhas. A acumulação de objetos que possuem resíduos, por exemplo, pode contaminar o solo do terreno local e arredores.
Segundo Lúcia de Fátima, bióloga vinculada à Vigilância Sanitária do Natal, a dificuldade de lidar com estes casos é que muitas vezes o profissional de saúde não sabe como enfrentar a situação, vez que são essas se mostram complexam e as intervenções precisam ser realizadas durante vários meses para apresentarem algum resultado.
A problema dos acumuladores se apresenta desta maneira por lidar com diversas questões, como o crescimento desordenado das cidades, determinantes sociais e saúde mental. Existe atualmente um grupo com representantes do Núcleo de Saúde Mental, Departamento de Atenção Básica (DAB) e Vigilância em Saúde que está se reunindo para debater o assunto.
“Nosso foco é em como construir uma rede e operacionalizá-la. Estamos construindo uma proposta de enfrentamento multisetorial e transdisciplinar para Secretaria de Saúde” relatou a bióloga.
O tema está sendo discutido em reuniões realizadas no gabinete da Secretária de Saúde, Saudade Azevedo e uma reunião será realizada no dia 8 de dezembro, na quando será apresentado aos distritos um dos casos exitosos de intervenção, realizado no Distrito Sanitário Norte.
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