Uma operação conjunta unindo a Guarda Municipal do Natal (GMN) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) conseguiu realizar o maior resgate individual de aves silvestres deste ano em Natal. A ação desencadeada nessa terça-feira (31) localizou 53 pássaros silvestres que estavam em cativeiro numa residência situada na Rua Maria Lopes Correia, no bairro de Pajuçara, na zona Norte da capital.
De acordo com informações concedidas pela coordenadora do Grupamento de Ação Ambiental da GMN, Francineide Maria, as equipes de guardas municipais e fiscais ambientais saíram em diligência para averiguar uma denúncia de maus tratos contra cães e acabaram se deparando com a grande quantidade de aves da fauna silvestre presas em gaiolas.
Na ocasião, os guardas municipais não conseguiram localizar o proprietário da residência, porém uma pessoa que trabalhava no local como faxineira se identificou como funcionária do responsável e recebeu a notificação de intimação expedida pela fiscalização ambiental para que o mesmo compareça a Semurb para prestar esclarecimentos. “Será feito os procedimentos administrativos e encaminhadas cópias para a Deprema (Delegacia Especializada na Proteção ao Meio Ambiente) para que a delegacia abra o inquérito policial”, explicou o supervisor de Fiscalização Ambiental, Gustavo Szilagyi.
Entre os pássaros resgatados constam espécies exóticas traficadas e comercializadas no estado do Rio Grande do Norte como aves da região amazônica a exemplo do Tico-tico-rei, proveniente do Pará, e do Trinca Ferro, natural da mata atlântica do sudeste do Brasil. Também foram encontradas outras espécies a exemplo do Galo de Campina, Sabiá e Canários. Ainda foram apreendidas pela fiscalização 16 gaiolas utilizadas para confinar as aves. Todos os pássaros resgatados foram levados para a sede da Semurb e após avaliação serão entregues ao setor competente do Ibama.
Em caso de denúncias envolvendo o comércio ilegal, maus tratos ou confinamento de animais silvestres o cidadão pode informar ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), discando 190. No local, existem equipes de guardas municipais que vão direcionar a ocorrência para as viaturas de patrulhamento ostensivo no intuito de inibir delitos dessa natureza. “Essa prática é danosa ao meio ambiente e é crime, por isso pedimos que as pessoas não mantenham presas, não comprem nem vendam animais silvestres, e se tiverem conhecimento desse tipo de crime denunciem”, solicitou a coordenadora do Gaam/GMN, Francineide Maria.
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