Daniel Morais
Um bom público compareceu, na manhã desta quarta-feira (29), ao largo do ginásio Nélio Dias na Zona Norte de Natal, onde foram iniciados os atendimentos médicos e laboratoriais da “Carreta da Hanseníase”, caminhão itinerante que se encontrará localizado neste espaço até amanhã, quinta-feira (30). Trata-se de uma ação do Ministério da Saúde, como parte do “Programa de Eliminação da Hanseníase”, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que possibilita à população a detecção precoce, diagnóstico e encaminhamento para tratamento da doença, caso seja comprovada a suspeita por meio do teste confirmatório. Dias 4 e 5 de dezembro, a Carreta estará localizada em frente à Policlínica Oeste, em Cidade da Esperança.
A Carreta conta com um grupo de Farmacêuticos Bioquímicos do Instituto de Medicina Tropical da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), responsáveis pelo atendimento clínico à comunidade, realizando o teste sanguíneo para confirmação ou negação da doença, onde o resultado pode ser obtido em dez minutos. Caso haja confirmação diagnóstica, o paciente é encaminhado, na própria Carreta, ao núcleo de médicos dermatologistas, que darão início ao tratamento.
“Vejo como uma boa iniciativa da saúde realizar esta ação, pois torna acessível à comunidade um atendimento rápido, como também um encaminhamento direcionado ao tratamento específico”, observou Kaíssa de Araújo, paciente atendida na Carreta.
De acordo com Débora Gurgel Costa, responsável técnica pelo Programa Municipal de Controle da Tuberculose e Hanseníase/SMS, esta ação tem objetivo descobrir casos de hanseníase ainda na fase inicial da doença, como forma de prevenir incapacidades físicas aos pacientes detectados com a presença da bactéria que provoca a lesão nos nervos, causando dormência na pele. Ainda segundo Débora, o que se busca com a ação da “Carreta da Hanseníase” é busca ativa de casos suspeitos da doença, facilitando, assim, o diagnóstico, através da avaliação clínica e laboratorial, e o tratamento precoce, que visa quebrar a cadeia de transmissão da doença.
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