domingo, 9 de fevereiro de 2014

Pizzolato se diz vítima de processo político e que não crê na Justiça brasileira

O advogado de Henrique Pizzolato, Lorenzo Bergami, explicou hoje (7) aos juízes do Tribunal de Recurso de Bolonha que ele fugiu para a Itália porque “o processo [do Mensalão] não foi tratado de modo correto”.
“Ele o considera um processo político e acredita que não cometeu as acusações às quais responde”, acrescentou. Pizzolato, disse o advogado, “é muito claro e tem muita fé no sistema judiciário italiano.” O advogado acredita que Pizzolato foi detido na Itália, no entanto, “provavelmente” devido “o perigo de sua fuga”.
O advogado, que hoje pediu que não fosse aplicada nenhuma medida de limitação de sua liberdade, ou uma detenção domiciliar, avaliará se pedirá nas próximas semanas umas atenuação da medida, mas deve apresentar novos recursos na ocasião.
A Justiça da Itália negou hoje a liberdade provisória a Pizzolato. A corte de apelação da cidade de Bolonha confirmou a prisão provisória, sob mandado de prisão internacional, medida que não permitirá que Pizzolato responda ao processo de extradição para o Brasil em liberdade. A Justiça italiana aplicou uma medida de detenção no presídio de Modena, onde o brasileiro ficará detido.
Na audiência desta manhã, Pizzolato foi apresentado oficialmente à justiça e reconhecida sua identidade, que ele não negou. Ele ainda declarou ser contrário à sua extradição para o Brasil.
O Ministério da Justiça informou que protocolou ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF) um aviso da abertura do processo.o processo para pedir ao governo italiano a extradição do ex-diretor. O objetivo da iniciativa, segundo nota divulgada pela pasta,  é dar ciência ao Supremo da abertura do prazo de 40 dias para que a Corte “manifeste interesse na instalação da extradição e encaminhe os documentos necessários” para formalização do pedido ao governo da Itália.
IG

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