domingo, 15 de setembro de 2013

Vice-prefeita Wilma de Faria prevê gastar R$ 40 mil só com passagens aéreas até fim de 2013

 Por: Portal JH
Ex-governadora explica que publicação do Diário Oficial diz respeito a uma estimativa de gastos e que nem a metade dos recursos deverão ser utilizados. Foto: Divulgação
Ex-governadora explica que publicação do Diário Oficial diz respeito a uma estimativa de gastos e que nem a metade dos recursos deverão ser utilizados. Foto: Divulgação
Se na antiga gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), encerrada em 2008, a então vice-prefeita Micarla de Sousa era apenas “vice”, o mesmo não pode ser dito agora. Pelo menos em relação aos custos do atual Gabinete da Vice-Prefeitura. Segundo extrato publicado na edição desta sexta-feira (13) do Diário Oficial do Município, o órgão destinará nada menos que R$ 40 mil apenas para a compra de passagens aéreas para voos nacionais.
O contrato, assinado pela própria vice-prefeita Wilma de Faria (PSB), junto a empresa Aerotur Serviços de Viagens Ltda, prevê a “prestação de serviços de fornecimento de passagens aéreas nacionais, compreendendo reserva, emissão, marcação, endosso e entrega de bilhetes de passagens com disponibilidade de marcação pela web”.
Segundo o extrato, a escolha da empresa foi feita por meio de pregão presencial e a contratada foi a que teria apresentado o menor preço por lote, segundo apontou a Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas, Logística e Modernização Organizacional (Segelm).
Ainda de acordo com a publicação, o contrato terá vigência a partir de 5 de agosto com validade até 31 de dezembro desse ano. O documento também pode ser prorrogado, caso seja do interesse da administração pública.

Como a função da vice-prefeita é justamente substituir o titular do cargo quando for preciso, as passagens aéreas só devem ser utilizadas quando Wilma precisar viajar para desempenhar funções que o prefeito não consiga realizar.
Pouco depois de reeleito na campanha de 2004, o prefeito Carlos Eduardo entrou em atrito com a sua então vice-prefeita, Micarla de Sousa. O gestor não aceitou ceder a pedidos da aliada por espaços e projetos de sua iniciativa, assim como vetou gastos do gabinete montado pela Vice-Prefeitura, na zona Norte de Natal. Com a crise sendo noticiada pela imprensa, Carlos disse que “vice é vice”, reduzindo a função de sua eventual substituta.
Com a campanha de 2012 e a definição da ex-governadora Wilma de Faria como sua companheira de chapa, Carlos Eduardo foi bastante questionado sobre a possibilidade de repetir o desentendimento do passado. Até agora, passados mais de oito meses de administração, a dupla mantém o entendimento político e administrativo. E, como se vê, também não há restrições quanto a possíveis gastos da vice-prefeita.
EMPENHO

O Jornal de Hoje entrou em contato com a ex-governadora Wilma de Faria na manhã deste sábado (14). Por telefone, a vice-prefeita explicou que o valor de R$ 40 mil é, na verdade, uma estimativa do que poderá ser gasto com as passagens aéreas. “Mas não vai ser usado nem mesmo a metade disso, com certeza”, enfatizou.
A ex-governadora revelou que, até agora, só precisou ir a Brasília uma vez para cumprir agenda administrativa, quando participou de reuniões em Ministérios para buscar recursos federais para Natal. “Como vice, só devo mesmo usar (as passagens) quando for preciso substituir o prefeito em alguma missão ou projeto”, completou.
Já o chefe de gabinete da Vice-Prefeitura, Klébe de Gois informou que o cálculo feito para se chegar aos R$ 40 mil leva em conta os valores das passagens nas diferentes épocas do ano, de acordo com a variação de preços de cada período. O chefe de gabinete acrescentou ainda que a pesquisa para a estimativa dos preços foi realizada pela própria Segelm, e coube a Vice-Prefeitura apenas aderir ao contrato.

Segundo Wilma, PSB ainda não se definiu sobre candidatura majoritária
Apesar das notícias em torno de uma definição da executiva estadual do PSB a favor de uma candidatura majoritária em 2014, a ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual de legenda, voltou a afirmar que ainda não há nenhuma definição do partido para o próximo ano.
Segundo a atual vice-prefeita, a legenda concluiu uma série de reuniões regionais para discutir o cenário eleitoral que se aproxima, “mas não definimos nada, até porque esta é uma decisão coletiva, que precisa ser amadurecida e pensada em conjunto”.
Para a ex-governadora, este ano precisa ser uma temporada de “expectativa e de se aproveitar para fazer uma análise de tudo o que tem acontecido na política”, diante dos protestos realizados por todo o país e do desgaste sofrido pela atual gestão Rosalba Ciarlini (DEM).

Wilma enfatizou também a importância de se discutir as alianças proporcionais, e não apenas a cabeça de chapa. Hoje, o PSB possui quatro deputados estaduais (Larissa Rosado, Márcia Maia, Tomba de Farias e Gustavo de Carvalho) e a deputada federal Sandra Rosado. “Não posso negar que nosso nome está bem avaliado, mas não temos nada definido ainda”, voltou a enfatizar a ex-governadora.
Sobre uma provável aliança com o PMDB, do deputado federal Henrique Eduardo Alves e do ministro Garibaldi Filho, Wilma disse que mantém o diálogo aberto entre as legendas, mas destacou que até mesmo internamente os peemedebistas ainda não se definiram. A ex-gestora fez referência ao fato de não haver um nome escolhido no PMDB para a disputa do governo, apesar das várias especulações.
Outra questão envolvendo o PSB é a disputa nacional. A vice-prefeita também negou uma definição do partido sobre a suposta candidatura a presidente do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, atual presidente nacional da legenda.

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