Na reunião do PMDB, na manhã desta segunda-feira (16), o senador e ministro Garibaldi Filho bem que tentou. Fez apelos e gracinhas na tentativa de demover os correligionários da ideia de lançar seu nome para disputar o governo estadual nas próximas eleições.
Garibaldi se emocionou na hora do apelo para que o PMDB retire seu nome da lista de pré-candidatos a governador. Mas não conseguiu demover o primo e presidente estadual da legenda, Henrique Alves.
No final do encontro, Henrique Alves disse que o futuro governador estava presente àquela reunião. Disse que o futuro governador estava à mesa dos trabalhos. Foi além e disse que o futuro governador estava sentado. Prontamente, Garibaldi levantou-se, arrancando risos dos correligionários acostumados com seus gracejos.
No seu discurso, Garibaldi disse não ter ressentimentos nem mágoas de ninguém e que estaria disposto a conversar com todos que estão na Oposição. As declarações foram interpretadas por muitos presentes ao encontro como um recado à ex-governadora Wilma de Faria, que o derrotou nas eleições de 2006.
Quando a reunião do PMDB chegou ao fim, Garibaldi Filho saiu de lá com a impressão de que o PMDB não está disposto a abrir mão de seu nome nas discussões sobre candidato próprio ao governo.
Mas, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e muita gente da base do PMDB saíram do local com uma impressão: se não for Garibaldi Filho, o candidato do PMDB a governador dificilmente deixará de ser o deputado Walter Alves.
Henrique Alves, apesar de todo prestígio e do poder que detém como presidente da Câmara dos Deputados, continua sendo visto por muitos correligionários como um “candidato pesado”, aquele que não decola tão facilmente.
Projetos majoritários foram sempre um calo no sapato de Henrique.
Enquanto isso, Walter Alves tem pouca rejeição e agrega o fato de ser filho de Garibaldi, o que não tem ressentimento nem mágoa de ninguém.
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