terça-feira, 31 de outubro de 2017

Modelo de 14 anos morre após trabalhar 13 horas seguidas na China

Vlada Dzyuba (Foto: Divulgação)
Uma modelo russa de 14 anos morreu de tanto trabalhar depois de uma temporada exaustiva na China. Vlada Dzyuba sofria de exaustão e meningite crônicas após um evento de 13 horas de duração em Xangai.
Segundo o Daily Mail, a adolescente desmaiou e entrou em coma momentos antes de passar mais uma vez pela passarela, uma das muitas entradas que ela faria na runway aquele dia. Infelizmente, Vlada nunca recobrou a consciência e veio a falecer dois dias depois.
Ainda de acordo com o jornal britânico, a jovem estava amarrada com um ‘contrato de escravidão’, sem direito a um convênio médico, e estava ‘muito assustada’ para procurar tratamento sozinha. Oficialmente, ela deveria trabalhar apenas 3 horas por semana e ter um acompanhamento médico para poder continuar na área.
A morte de Vlada levanta mais uma vez a discussão das condições de trabalho para jovens modelos, principalmente porque é comum novos talentos russos irem para a China em busca de mais destaque na moda.
Moscou, capital russa, deve ainda pedir explicações oficiais ao governo chinês para saber exatamente quais eram as condições de trabalho de Vlada, também porque ela foi envolvida em um contrato que exigia que ela perdesse dias de aula na escola em sua cidade natal, Perm.
A agência de modelos que recrutou a jovem admitiu, de acordo com o jornal, não ter checado com atenção o contrato da modelo antes de mandá-la para participar da Xangai Fashion Week, um dos eventos de moda mais famosos da Ásia.
O ombudsman de direitos humanos em Perm, Pavel Mikov, assugurou vai investigar pessoalmente a morte da adolescente.
Marie Clarie

Empresas de telecomunicação não zelam por dado de cliente, diz ONG

Nenhuma grande operadora de telecomunicações do país se compromete a manter privados os dados de seus clientes ou informa com quem, especificamente, compartilha essas informações.
A conclusão é de uma análise nos contratos de prestação de serviços feita pela Artigo 19, organização não governamental de defesa da liberdade de informação.
“O maior problema é que as empresas não dão opção ao cliente de escolher o que acontece com os dados”, diz Laura Tresca, coordenadora de direitos digitais da ONG.
Na visão da pesquisadora, essa aceitação implícita (“li e aceito os termos”) viola o Marco Civil da Internet, de 2014, que prevê que o fornecimento de dados pessoais de clientes a terceiros deve ser “livre, expresso e informado”.
“A Artigo 19 defende que o consentimento deve aplicar-se apenas aos fins que a empresa de telecomunicações tenha divulgado diretamente ao indivíduo”, diz o estudo.
A política da Vivo, por exemplo, afirma que “a informação pode ser compartilhada com empresas parceiras, das quais são exigidos controles de segurança para proteção das informações”.
Procurada, a Vivo afirma que são empresas de telemarketing, mas não diz quais são nem quais informações elas detêm sobre os clientes.
As empresas também não fazem distinção entre dados de navegação –informações obtidas com base no comportamento do usuário na rede– e dados cadastrais, como telefone e endereço. Ao assinar o contrato, o cliente cede à operadora o direito de explorar e compartilhar ambos.
Além disso, NET, Claro, TIM e Vivo não possibilitam que usuários acessem seus próprios dados nem que excluam dados armazenados.
A única empresa de telefonia que permite que usuários retirem o consentimento para processamento de dados pessoais é a Vivo. Também é a única que se compromete a informar os clientes caso mude o propósito para o qual são usados os dados.
MUDANÇA NA LEI
Advogados e ativistas pleiteiam a aprovação de uma lei de proteção de dados pessoais que sane esse problema. Há um projeto de lei de 2012 na Câmara dos Deputados.
Com a lei atual, só é possível reagir depois que os dados forem utilizados para um fim que lese o consumidor, como ligações incessantes de telemarketing, fraude ou invasão de privacidade.
“É possível recorrer ao Judiciário para que as empresas parem de ligar ou para pedir indenizações”, diz o advogado Arnon Velmovitsky.
“Os juízes são sensíveis à causa. Eles também e sabem o quanto essas ligações incomodam”, afirma.
Para a advogada Renata de Oliveira Nunes, o processo deve vir em último caso. “O ideal é que os contratos de telefonia feitos em loja sejam mais bem discriminados.”
OUTRO LADO
Procuradas pela reportagem, as operadoras TIM, Claro, NET, Vivo e Oi responderam por meio da Sinditelebrasil, que é o sindicato das prestadoras de telefonia.
“As prestadoras de telecomunicações atuam sempre no sentido de preservar o direito de seus clientes, de inviolabilidade do sigilo de dados e comunicações telefônicas, e seguem a legislação brasileira pertinente ao tema”, afirmou o sindicato.
A reportagem procurou o Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos e questionou quais teles compartilham ou vendem dados pessoais para propaganda via telemarketing.
Em nota, o sindicato disse que “os bancos de dados utilizados para este fim são de responsabilidade das contratantes, sigilosos e protegidos por contrato” e que segue a lei brasileira atual sobre o assunto.
Folhapress

Explosão de carro-bomba deixa mortos e feridos na Somália

Há duas semanas, mais de 350 pessoas foram mortas no pior ataque do país  (Foto: Associated Press/AP)
Um carro-bomba explodiu próximo a um hotel em Mogadíscio, capital da Somália, neste sábado (28), matando pelo menos 18 pessoas e ferindo mais de 30, disse a polícia à agência Associated Press. Um tiroteio entre forças de segurança e membros de uma milícia terrorista começou pouco depois no mesmo local.
Segundo o capitão Mohamed Hussein, diz a AP, o tiroteio foi ouvido dentro do hotel Nasa-Hablod, que está a cerca de 600 metros de distânica do palácio presidencial e é frequentado por políticos e outros membros da elite de Mogadíscio.
Hussein informou ainda que um policial e um deputado estão entre os mortos. Ali Nur, um agente ouvido pela Reuters, afirma que a maior parte das vítimas são policiais.
Uma segunda explosão foi ouvida na área minutos mais tarde. Não há informações sobre se esta também deixou mortos e feridos.
O grupo Al-Shabab, organização extremista ligada à Al-Qaeda, reivindicou a autoria da explosão, informa a AP. O grupo também age com dentro do hotel, de onde um tiroteio foi deflagrado e, segundo, agências de notícias, ainda está em curso. De acordo com a polícia somali, cerca de 20 civis ainda se encontram no local.
As explosões deste sábado (28) ocorrem duas semanas depois de mais de 350 pessoas terem sido mortas em um enorme bombardeio de caminhões em uma rua movimentada de Mogadíscio no pior ataque do país.
A organização Al-Shabab também é acusada de orquestrar o ataque há duas semanas.
Combatentes do Al Shabab controlam amplas zonas do sul e do centro do país e tentam derrubar o governo central apoiado pela ONU e pela União Africana, atacando constantemente bases militares e alvos civis.

Maioria dos candidatos do Enem 2017 tem mais de 20 anos

A maior parte dos candidatos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano tem mais de 20 anos. Os participantes com idade entre 21 e 30 anos representam 31,3% do total de candidatos e outros 13,8% têm entre 31 e 59 anos. Na faixa dos 20 anos estão 7,8% dos inscritos e 0,17% tem mais de 60 anos. Em 2017, o Enem terá a participação de 6,73 milhões de estudantes em todo o país.
Entre os candidatos mais jovens, 5,8% têm 16 anos, 15,2% têm 17 anos, 13,9% têm 18 anos e 10% têm 19 anos. Só 1,7% tem menos de 16 anos. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), repsonsável pela aplicação do exame.
Em relação à situação de ensino, 63,5% dos inscritos já concluíram o ensino médio, 26,5% terminam este ano e 8,9% só depois de 2017. Esse último grupo é dos chamados “treineiros”, ou seja, participantes que fazem o exame como auto-avaliação.
Maioria de mulheres
Seguindo a tendência dos últimos anos, as mulheres são maioria (58,6%) entre os inscritos no Enem. O número é maior do que o do ano passado, quando as candidatas femininas representavam 58% do total.
De acordo com declaração na inscrição, 46,9% dos participantes são da cor/raça parda, 35% branca, 13,3% preta, 2,3% amarela e 0,7% indígena. Outros 1,9% dos inscritos não declarou a informação.
Do total de participantes do Enem deste ano, 29,7% pagaram a taxa de inscrição e 48,2% foram isentos em função da baixa renda familiar. Pouco mais de 22% obtiveram a gratuidade automática por estarem concluindo o ensino médio na rede pública em 2017, conforme previsto nas regras do exame.
Atendimento especial
Foram aprovadas 35.653 solicitações de atendimento especializado. A maioria dos casos é de deficiência física (11.327), baixa visão (6.676), déficit de atenção (6.606) e deficiência auditiva (3.683). Durante o exame, serão usados 67.980 recursos de acessibilidade, como videoprovas traduzidas em Libras.
Também serão oferecidos 16.898 atendimentos chamados de específicos: 46,9% para lactantes; 15,8% para gestantes; 2,4% para idosos; 34,7% para outra condição específica; e 0,2% para classe hospitalar.
O Enem 2017 teve ainda 304 solicitações aprovadas para atendimento pelo nome social. O atendimento é destinado a participantes transexuais e travestis – pessoas que se identificam e querem ser reconhecidas socialmente em consonância com sua identidade de gênero.
Calendário
As provas do exame serão aplicadas este ano nos dias 5 e 12 de novembro para 6.731.203 participantes em 1.725 municípios, 12.416 locais de prova e 182.202 salas de aplicação.
O número de participantes deste ano é menor do que em 2016, quando 8,6 milhões de pessoas fizeram do exame. Segundo o Inep, a queda no número de inscrições é consequência do Enem ter deixado de valer como certificação do ensino médio, que voltou a ser concedida por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Agência Brasil

Após polêmica com portaria, governo publica ‘lista suja’ do trabalho escravo

Ministério do Trabalho divulgou nesta sexta-feira (27) o cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à de escravo, conhecida como “lista suja” do trabalho escravo no país.
A lista completa está disponível no site do Ministério do Trabalho e relaciona 131 empregadores. Os dados são relativos a fiscalizações realizadas desde 2010.
De acordo com a publicação, o cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas às de trabalho escravo foi atualizado nesta quinta (26).
Na última terça-feira (24), a Justiça do Trabalho do Distrito Federal informou que transitou em julgado a decisão que determinou a publicação da “lista suja”. O governo queria adiar a publicação da lista.
Com o trânsito em julgado, o governo se viu obrigado a publicar a lista. Caso descumprisse a decisão, ficaria sujeito a multa diária de R$ 10 mil.
Questionado pelo G1 sobre se o motivo da publicação da lista nesta sexta foi a decisão judicial, o Ministério do Trabalho informou que cumpriu a determinação do departamento jurídico da pasta e do ministro Ronaldo Nogueira.
Portaria
A divulgação da lista suja foi uma das polêmicas criadas pela edição de uma portaria do Ministério do Trabalho, publicada no último dia 16, que modificou os parâmetros observados na fiscalização do trabalho escravo.
A portaria também previa que a divulgação da lista suja passaria a depender de “determinação expressa do ministro do Trabalho”. A portaria anterior sobre o tema não citada a necessidade do aval do ministro
A medida recebeu críticas de entidades de juízes e auditores do trabalho e da Procuradoria Geral da República, que recomendou a sua revogação. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a classificar a portaria de “retrocesso”.
O Ministério do Trabalho, por sua vez, tem afirmado que as mudanças nas regras visam dar “segurança jurídica à atuação do Estado”.
Na última terça, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu em decisão liminar (provisória) a portaria do Ministério do Trabalho.
Weber acolheu o pedido do partido Rede Sustentabilidade, que pedia a anulação dos efeitos da portaria. O partido argumentou que houve desvio de poder na edição da medida.
A liminar da ministra tem efeito até o julgamento do mérito da ação pelo plenário do tribunal, que não ainda não tem data marcada.

Aneel confirma bandeira tarifária vermelha 2 em novembro, com novo valor: R$ 5 para cada 100 kWh

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária de novembro também será vermelha em patamar 2 e que o valor cobrado nas contas de luz já virá reajustado para R$ 5 a cada 100 kWh de energia consumidos.
A bandeira vermelha patamar 2 já vigorou durante o mês de outubro, mas com valor menor: R$ 3,50 a cada 100 kWh consumidos. O aumento, de 42,8%, foi aprovado nesta semana pela Aneel.
A justificativa para o reajuste foi que a falta de chuvas e a situação delicada dos reservatórios das hidrelétricas vêm exigindo o uso maior de energia das termelétricas (usinas que geram eletricidade mais cara), mas o fundo formado pelos recursos das bandeiras tarifárias não vinha sendo suficiente para cobrir o custo extra do setor.
Segundo a Aneel, “não houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício”.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar aos consumidores o custo da produção de energia no país. O objetivo é permitir que os consumidores adotem medidas de economia para evitar que suas contas de luz fiquem mais caras nos momentos em que esse custo está em alta.
Com os reservatórios das usinas hidrelétricas cada vez mais baixos, por causa da estiagem, o sistema elétrico depende cada vez mais de usinas térmicas, que geram energia mais cara pois funcionam por meio da queima de combustíveis.
A cor verde indica que o custo é baixo. A amarela, que ele subiu um pouco. A vermelha, patamar 1, que está alto. E a vermelha, patamar 2, que está muito alto.
Veja os valores de cada bandeira tarifária (Foto: Arte/G1)
G1

Distrito Sanitário Sul promove ação de saúde no fechamento do Outubro Rosa

Encerrando as ações do Outubro Rosa, o Distrito Sanitário Sul (DS Sul) promove, nesta terça-feira (31), o 'Dia da Saúde', com serviços voltados para o público feminino no Shopping Cidade Jardim. O evento começa às 9h e segue até as 16.

Serão ofertados testes rápidos de HIV/sífilis, pressão arterial e glicemia, com orientações nutricionais sobre alimentos que previnem o câncer. Também será feita uma exposição dialogada sobre o autoexame da mama e duas médicas realizarão a avaliação das mamas e fazendo encaminhamentos se necessário.

“O nosso objetivo é conscientizar a população sobre como reconhecer os sinais e sintomas do câncer de mama e fazer um diagnóstico precoce, caso algum paciente aparece com nódulo”, destacou Eise Calafange, enfermeira do Núcleo de Atenção à Saúde do DS Sul.

Além das ações de prevenção e promoção à saúde, serão oferecidos serviços de esmaltação de unhas e maquiagem. Para encerrar o Dia da Saúde, o grupo Despertar, das mulheres da Liga contra o Câncer, realizam uma apresentação de dança às 16h.

Homens são alvo em SP de 93% dos casos de ‘Boa Noite, Cinderela’

Desnorteado, um consultor de tecnologia de 36 anos acordou em cima de um papelão em um galpão no Brás, sem celular, dinheiro, tênis, sem quase nada. A noite anterior havia começado em uma balada na Rua Augusta. “Em que momento doparam a minha bebida? Eu sinceramente não sei”, disse em depoimento ao G1.
Dados exclusivos obtidos pelo G1 mostram que, na cidade de São Paulo, 93% das vítimas do golpe “boa noite, Cinderela” são homens, e o objetivo do crime é roubar quem sofreu o golpe. Os números revelam ainda que os crimes estão concentrados na região central, no entorno de bares e casas noturnas.
As estatísticas são de janeiro de 2016 a agosto de 2017. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Como o golpe não é tipificado criminalmente, a reportagem solicitou à pasta os boletins de ocorrência que fazem referência ao termo “boa noite, Cinderela” no histórico, parte do BO que conta como o crime ocorreu. A maior parte dos casos é registrada como roubo ou furto.
O caso com o consultor de tecnologia aconteceu em agosto deste ano. Ele estava em uma casa noturna quando começou a se sentir mal. “Meio mole, nunca havia ficado dessa forma, não era a sensação de estar bêbado”. Como se sentia cada vez pior, decidiu ir embora. “Minha visão começou a ficar turva e comecei a ter ânsia”.
Depois de sair da balada, ele tentou caminhar até um ponto de táxi na Rua Peixoto Gomide. “Não aguentando mais, sentei na calçada para vomitar e tudo começou a rodar e ficar embaçado, quando de repente uma pessoa chegou perto de mim, me levantou e me colocou dentro de um carro. Lembro de ter perguntando se era um táxi e a pessoa afirmou que sim. Quando entrei no suposto táxi, eu simplesmente apaguei e não lembro de mais nada”. Além dos danos materiais, fica o trauma de um golpe destes.
“Agora eu não tomo mais drinks, só bebidas lacradas que eu mesmo possa abrir”.
Os dados indicam ainda uma tendência que pode ajudar a explicar as motivações dos crimes. Para se ter uma ideia, os homens foram vítimas de 114 dos 123 boletins de ocorrência analisados (93% do total). Neles, quase todos os golpes resultaram em roubo ou furto. Há ainda dois casos em que, além do roubo, as vítimas foram estupradas.
Já entre as mulheres, vítimas menos frequentes deste crime (6% do total), o estupro é o resultado predominante para as vítimas. Foram sete registros de boletins de ocorrência feitos por mulheres e cinco delas (71%) sofreram estupro após o golpe.
Foto: (Arte G1)
Cada caso é único, mas as investigações policias indicam um padrão no golpe. O autor costuma ser uma pessoa atraente, que se aproxima para o flerte com a promessa de companhia para a noite. A abordagem inicial geralmente é feita em bares, baladas ou até mesmo na rua, mas o crime se concretiza fora dali. Muitas vezes a vítima leva o criminoso para sua própria casa, ou é levada para hotéis de baixo custo, sem controle de entrada e saída de hóspedes ou câmeras de segurança que funcionem.
É comum que os criminosos atuem em dupla. “Principalmente nos casos de vítima homem, por causa de uma eventual contenção física da vítima”, explica Júlio Cesar dos Santos Geraldo, delegado do 4º Distrito Policial, na Consolação, um dos lugares com mais registros na cidade.
Um dos casos investigados pela delegacia aconteceu no dia 9 de abril, na Rua Augusta. Um homem de 32 anos contou à polícia que estava em uma casa noturna, conheceu um rapaz e o levou para sua casa. Quando acordou, não se lembrava de nada e teve pertences roubados. Também na Augusta, cinco meses antes, um supervisor de 26 anos contou que havia saído com um rapaz quando teve um lapso e não se recorda de mais nada. O autor do crime o roubou e fez compras no valor de R$1.930 com seu cartão.
A substância usada deixa a vítima vulnerável, e, antes de “apagar”, muitas vezes ela acaba fornecendo informações pessoais sigilosas. “O autor do crime, com acesso a informações bancárias como a senha, levava o cartão para fazer compras ou saques fora do local onde a vítima está. Atualmente, nós começamos a receber a notícia de que o autor já traz consigo uma maquininha, dessas de crédito ou débito”, alerta o delegado.
Apesar de geralmente ser aplicado em bebidas alcoólicas, bebidas sem álcool também podem ser adulteradas, como aconteceu no dia 14 deste mês. Um professor de 51 anos foi abordado na Rua Marquês de Itu, no Centro, em frente a uma casa noturna. Ele foi com o homem para um hotel da região, que lhe ofereceu um refrigerante. O professor não quis, o criminoso mostrou uma faca e exigiu que ele ingerisse a bebida. A vítima, coagida, bebeu e perdeu os sentidos. Quando acordou, estava sem seus pertences: celular, anel, cordão, pulseira, relógio e R$150.
Segundo a polícia, o número de casos é maior do que os que foram registrados, porque a vítima destes casos muitas vezes sente vergonha por ter caído no golpe. Algumas alegam, por exemplo, que sofreram um assalto à mão armada. Há casos ainda de homens casados ou comprometidos que não querem registrar o encontro com outra pessoa.
Para evitar o crime, o delegado sugere que, em um primeiro encontro, a pessoa vá sempre em um local onde é conhecida. “Sem qualquer moralismo, as pessoas devem tomar cuidado em um primeiro encontro. Ela não deve, salvo se estiver muito segura pra isso, levá-la pra sua residência nem tão pouco pra um local escolhido pelo outro”. Se for o caso de um hotel, o policial disse que o ideal é que seja um local que tenha registro de entrada e saída, e que a pessoa faça questão de se registrar.
Onde o crime acontece?
A maior parte dos casos acontece na região central da cidade. A República é o bairro com mais registros (35), seguida da Consolação (11), Santo Amaro (10), Santa Cecília (8) e Pinheiros (8). Quando se analisa os locais, a maioria acontece em via pública (27), seguido de casa/apartamento (24), bar (18), hotel/motel (9) e boate (7). Do total de casos, 28 não foram informados o tipo de local.
O 77º DP, em Santa Cecília, e o 4º, na Consolação, lideram o número de golpes. Isso acontece por causa da dinâmica da vida noturna no Centro de São Paulo. As festas costumam começar na região da Rua Augusta, Largo do Arouche e Frei Caneca, área do 4º DP. Conforme a noite avança, muitos dos crimes se concretizam em hotéis de baixo custo nas ruas Bento Freitas e Rego Freitas, área do 77º.
(Foto: Arte G1)
Que substância é usada?
Mais de uma mistura pode ser usada para se aplicar o golpe. De acordo o psiquiatra Dartiu Xavier, é comum a associação de duas substâncias: calmantes indutores de sono somados com, ou quetamina (usada como anestésico), ou GHB (usado no tratamento de dependências), e até cocaína.
O calmante é o que causará o apagão de memória. Já a quetamina e o GHB, se estiverem em grandes quantidades, deixam a vítima muito vulnerável. “A pessoa não sabe quem é direto nem onde está”, explica Dartiu.
Essas substâncias só podem ser vendidas com receita médica. “Mas sabemos que existe um mercado paralelo dos remédios”, disse o psiquiatra.
Festas criam táticas para barrar golpe
A sensação de uma nova onda de golpes de “boa noite, Cinderela” fez com que um grupo de produtores de festas de São Paulo criassem táticas para tentar barrar o golpe.
O produtor Tiago Guiness, da festa Tenda, que acontece na casa noturna L’amour, disse que procurou encarar o problema “um pouco mais de frente”. No início deste ano ele fez uma campanha para alertar o público e criou um personagem, a “Cinderela esperta”, que “cuida do próprio copo e não aceita bebidas de estranhos”. O folder foi colado não só na festa, como distribuído para donos de clubes noturnos.
A preocupação dos produtores de festas aumentou depois da morte do produtor carioca Mateus Pagalidis, de 26 anos, que a polícia suspeita ter relação com o uso do “boa noite, Cinderela”. Após ficar dois dias desaparecido, ele foi encontrado morto no dia 5 de setembro, na Zona Norte da cidade. Antes de desaparecer, o produtor entrou em um táxi e dizia ter sido vítima de um golpe. Procurada sobre as investigações deste caso, a SSP informou que a polícia “aguarda o resultado dos laudos periciais”.
Produtores de festas em São Paulo se reuniram em setembro para discutir golpe (Foto: Reprodução/Facebook)
No dia seguinte em que o corpo do produtor foi encontrado, 6 de setembro, produtores de cerca de 20 festas se reuniram na República para discutir como evitar o golpe.
O grupo falou, por exemplo, sobre a importância de orientar toda a equipe da festa, desde os seguranças aos barmans.

A produtora da festa Voodoohop, Ana Mendes, era uma das presentes. Ao G1, ela disse que “estão todos atentos nas festas”. Ela conta que a festa já conta com seguranças à paisana que observam movimentações suspeitas durante os eventos.
Outra festa que também trabalha com seguranças à paisana é a Catuaba. O DJ do evento, Maurício Lima, disse que passou a ouvir mais sobre o crime há três meses. “E a gente já alerta no evento no Facebook: cuide dos seus pertences, cartões, celulares, cuidado com seu copo”.
G1

Cinco motivos para ter sempre uma garrafinha de água por perto

Não é novidade a importância de manter uma ingestão diária de água. Além de hidratar, esse componente também é responsável por transportar nutrientes e resíduos, entre outras tantas funções. Apesar disso, os brasileiros tomam menos água do que deveriam. Ao menos é o que mostra um estudo realizado pela Danone Research, com 16.276 adultos, com idade entre 18 e 70 anos, de 13 países, incluindo o Brasil. O resultado mostrou-se aquém do ideal.

Dos 1.924 adultos e 779 crianças brasileiras, apenas 58,2% tinham hábitos compatíveis com as recomendações da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) para a ingestão total de líquidos: dois litros para homens e 1,6 litro para mulheres. Portanto, não faltam motivos para se ficar atento à quantidade de água ingerida na rotina. Manter esse nível dentro do esperado pode trazer inúmeros benefícios e evitar problemas. O mero hábito de tomar um ou dois goles de água a cada meia hora ajuda a regular as funções do corpo, hidrata pele, cabelos e evita cálculos renais, por exemplo.
Confira cinco razões para não esquecer de manter a sua garrafinha de água sempre cheia:
1. A água ajuda na digestão
É importante saber que, com o nível de água em boa quantidade, os alimentos que consumimos vão se decompor no organismo mais adequadamente. Ingerir água tem um papel indispensável no bom funcionamento do intestino.
2. Evite a “fome falsa”
Se o corpo está desidratado, é possível que se sinta uma “fome falsa”, ou seja, o nosso corpo avisa que está precisando de líquidos, o que pode ser entendido como fome e você acaba ingerindo alimentos que contêm líquidos, quando na verdade a água por si só já “daria conta do recado”.
3. A água é uma parceira do emagrecimento
Ao mesmo tempo, ficar atento à ingestão constante de água pode ajudar àqueles que tentam perder peso. A água provoca a sensação de saciedade, não tem calorias, só sais minerais, dilui o suco gástrico, e ainda mata a sede. Abuse na água!
4. Evite dores de cabeça por desidratação
Se você tem sentido dores de cabeça, avalie se o nível de água que tem ingerido está compatível com o esperado. A falta de água pode provocar esse efeito, além de língua esbranquiçada e pele enrugada.
5. Previna-se do cálculo renal
O cálculo renal é um vilão do qual todos fugimos durante a vida. A boa notícia é que ele pode ser prevenido ficando atento à quantidade de água que ingerimos. Quanto mais o corpo está hidratado, menor é a possibilidade de que alguns sais minerais se concentrem e formem o cálculo. Uma dica é ficar atento à cor da urina: quanto mais água, mais a urina fica clara, um sinal de que o organismo está mais desintoxicado, limpo e livre de toxinas.

Procon/RN se une ao SPC e SERASA no combate as dívidas

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/RN) se reuniu nesta sexta-feira (27) com representantes do SPC e SERASA para fortalecer a presença das instituições de restrição ao crédito nos Mutirões realizados pelo Procon.
Os Mutirões de dívidas já foram agendados até o final de 2017. Serão:
06/11 – Extremoz
09-10/11 – Assú
27/11 – Currais Novos
28/11 – Caicó
06-08/12 – Parnamirim
Estiveram presentes na reunião Adriana Fernandes, representante do SPC, Crenilson, representante do Serasa, Alvaneide Carlos, coordenadora de operações e normas do Procon/RN, Jean Varela e José Brito, fiscais do Procon Estadual, Taís Rego, Subcoordenadora de Atendimento do Procon/RN e Cyrus Benavides, Coordenador Geral interino do Procon.
”Até o final do ano de 2017 será criado um Núcleo de Apoio aos Endividados do RN como forma de resgatar a Cidadania e diminuir os números de endividados no estado”, disse Cyrus Benavides, Coordenador Geral interino do Procon/RN.

Dilma diz a Moro que empresas não podem ser punidas por erros de seus dirigentes, e defende o Grupo Odebrecht

A ex-presidente Dilma Rousseff disse hoje (27) que empresas não podem ser punidas pelos erros de seus dirigentes, durante depoimento em videoconferência ao juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná. Ela depôs como testemunha de defesa do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine.
“Era um assunto presente para o governo, nós discutíamos leniência. Achávamos que a gente tem de punir executivos e funcionários que pratiquem maus feitos. Agora, as instituições são produtos sociais; elas não podem ser punidas”, disse.
A ex-presidente citou a Siemens como exemplo de empresa internacional que já foi investigada algumas vezes por atos de corrupção de seus executivos, mas foi protegida como instituição ao longo dos processos investigativos.
“A mesma coisa era a nossa preocupação. Nós tínhamos, de fato, uma preocupação pública em relação a construir as condições de leniência para que os processos tivessem punição dos responsáveis, mas que se salvasse as empresas de engenharia desse país, que são elementos essenciais da nossa competitividade, e ainda são”, ressaltou.
Dilma foi questionada sobre a relação do governo com o Grupo Odebrecht, empresa que costumava contribuir para as campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores. “Eu acredito que o Grupo Odebrecht, como qualquer outro grupo, merecia toda a atenção do governo. Tínhamos uma relação de grande interesse; não por eles contribuírem ou não para a campanha, mas pela importância que o grupo tinha, e acredito que ainda tem, na economia brasileira”, disse a ex-presidente.
Comando da Petrobras
Durante o depoimento, Dilma falou das circunstâncias que levaram à nomeação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras. Ela contou que a presidente anterior, Graça Foster, havia colocado o cargo à disposição em duas oportunidades. Na terceira vez, Dilma não conseguiu demovê-la da ideia de deixar o cargo.
A ex-presidente disse que convidou Bendine para comandar a petrolífera na mesma semana em que Foster anunciou sua saída. “Eu escolhi o Bendine e o Ivan [Monteiro] pelo desempenho que tinham tido diante do Banco do Brasil, que era de fato um elemento para mim bastante valioso. O Banco do Brasil vinha se recuperando desde 2003, ao longo do governo do presidente Lula, e ao longo de 2010 passou a apresentar muito bons resultados”.
Dilma disse, ainda, que deixar o Banco do Brasil e assumir o comando da Petrobras não era uma mudança muito atraente para Bendine. “Ele tinha uma situação mais confortável na presidência do Banco do Brasil, porque os principais desafios ele já tinha conseguido superar e o banco dava lucros significativos. Houve necessidade de uma persuasão”, contou.
O depoimento de hoje foi o primeiro encontro entre o juiz Sérgio Moro e Dilma Rousseff, que não responde a nenhuma ação penal da Operação Lava Jato. A audiência durou cerca de 30 minutos.
Agência Brasil

Robinson defende criação de Sistema Único de Segurança em Encontro de Governadores no Acre

O governador Robinson Faria participou nesta sexta-feira (27) do “Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma emergência nacional”, em Rio Branco, no Acre. O evento promoveu a discussão conjunta, entre estados e União, de medidas de enfrentamento à violência, de combate ao narcotráfico e de fortalecimento das fronteiras tidas como rota de comércio ilegal de armas, drogas e contrabando.
A reunião, proposta por Robinson durante o último encontro de governadores, no mês de maio, foi a primeira dessa natureza no país reunindo governadores e secretários de segurança. Além do Brasil, também estiveram presentes representantes de países como a Bolívia, Equador, Peru e Colômbia.
“É a primeira vez que vejo o Brasil reunido para debater segurança pública. É um grito de socorro, de convocação, de chamamento. Acho que este encontro é uma grande oportunidade para que tenhamos, a partir de então, uma nova postura de segurança pública. Não estamos aqui para eleger culpados, nem corrigir o passado”, disse o governador.
Robinson Faria foi o representante a falar pela Região Nordeste. Na ocasião, ele defendeu a criação de um Sistema Único de Segurança.
“Essa será a maior vitória, se tivermos aqui o consenso de criarmos esse sistema. No meu estado, estou investindo 15% do orçamento em segurança, montante superior ao que estabelece a Carta Magna, e o resultado seria mais satisfatório se houvesse integração, o que objetivo com essa reunião”, destacou Faria.
O governador potiguar ponderou ainda que a solução para a problemática da violência e criminalidade no Brasil perpassa pelo envolvimento de todas as esferas do Executivo, da União e municípios.
Presídio federal
Por fim, Robinson Faria fez um apelo ao Ministério da Justiça e ao Governo Federal quanto ao funcionamento do presídio federal no RN. Dados apontam que desde a instalação, em Mossoró, de uma unidade do Sistema Penitenciário Federal, os índices de violência no estado do Rio Grande do Norte têm se agravado.
“Apelo que retirem os presos federais do meu estado. Antes da instalação desse presídio éramos um dos Estados mais pacíficos do país e hoje estamos pagando um preço altíssimo. Quando um preso perigoso é transferido para o presídio federal no RN, junto com ele vem pessoas envolvidas com sua organização criminosa”, comentou. Como proposta, Robinson disse que “o Governo do RN está disposto a assumir as instalações do presídio para presos estaduais, o que ajudará a minimizar a problemática da lotação das unidades estaduais”.
A programação do encontro ocorreu simultaneamente ao 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, onde foram debatidos temas nas áreas de Meio Ambiente, Comunicação, Segurança Pública e Turismo, visando, sobretudo, o desenvolvimento sustentável daquela região.

RN terá mais de 4 mil empregos temporários no final do ano; número é 10% maior do que em 2016

O número é 10% maior do que em 2016 e deve-se à melhoria da economia e às mudanças nas leis trabalhistas
Com o fim do ano se aproximando, os setores de Comércio e Serviços já se preparam para receber consumidores dispostos a gastar com as compras de Natal, possíveis reformas e outros itens. Para atender os consumidores, estão previstas a criação de mais de quatro mil empregos temporários no Rio Grande do Norte para o final de 2017. O número é estimado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, com base em dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Serão criadas exatas 4,3 mil vagas temporárias no estado, o número é 10% maior do que o que verificado em 2016. Os segmentos que mais irão contratar são Vestuário, Calçados e Supermercados e Hipermercados.
“Além da movimentação maior devido as compras de final de ano, o aumento dos empregos no final de ano é resultado das mudanças na legislação trabalhista que entram em vigor no dia 13 de novembro. A reforma trabalhista criou possibilidades para essas contratações temporárias, como também para novas modalidades de trabalho, como Home Office, trabalho intermitente, deu uma maior flexibilidade para o contratante e para o prestador de serviço”, comentou o presidente da Fecomércio e diretor da CNC, Marcelo Queiroz.
Para o Brasil, a CNC prevê a abertura de 73,1 mil trabalhos temporários, após dois anos consecutivos de queda. Em 2016, foram criados 66,7 mil postos de trabalho. Os segmentos que mais irão contratar, como no Rio Grande do Norte, serão os de vestuário e no de hiper e supermercados. Além de serem os “grandes empregadores” do varejo, esses segmentos costumam responder, em média, por 60% das vendas natalinas.
Diante da perspectiva de retomada lenta e gradual da economia e do consumo dos brasileiros para 2018, a taxa de contratação desses trabalhadores temporários deverá a crescer após as festas de fim de ano.
“Ao contrário da média dos dois últimos anos, quando apenas 15% dos trabalhadores contratados em regime temporário foram efetivados após o fim do ano, a reação mais positiva da economia deverá elevar esse percentual para cerca de 27%”, disse Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC. No período pré-crise, a taxa média de efetivação foi de 32,5%.