quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Prefeitura do Natal convoca 145 aprovados do concurso da Semtas

O prefeito em exercício, Álvaro Dias, assinou na tarde desta quarta-feira (29), portaria convocando 145 concursados aprovados para cargos de níveis médio e superior na Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). Esta convocação atende ao Termo de Compromisso entre o Ministério Público do Rio Grande do Norte e a Prefeitura de Natal, objeto de decisão judicial. 

A portaria de 2004/2017 assinada pelo prefeito em exercício Álvaro Dias, deve ser publicada no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (30). Foram convocados nesta terceira chamada do concurso realizado em 28 de fevereiro e 06 de março de 2016, 49 aprovados para cargos de nível superior e 96 de nível médio. Com esta convocação, deve-se chegar a cerca de 80% da cobertura das vagas disponibilizadas no concurso, que eram de 892. 

Os candidatos nomeados pela portaria deverão, a partir da data de publicação no Diário Oficial do Município, comparecer à Semtas no prazo máximo de 30 dias. A Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social, funciona das 8h às 12h e das 14h às 16h, de segunda à quinta-feira, e das 8h às 12h, às sextas-feiras, na avenida Bernardo Vieira, 2180, Dix-Sept Rosado. Os candidatos devem ir à Semtas no prazo estipulado por esta portaria, a fim de receber instruções sobre documentação necessária para a posse, sob pena de, não fazendo este procedimento, perder o direito ao exercício do cargo. 

Os cargos convocados nesta publicação foram de nível superior (49): Administrador (02); Terapeuta Ocupacional (01); Assistente Social (24); Psicólogo (15) e Pedagogo (07). Os de nível médio (96), devem ocupar os cargos de: Assistente Administrativo (26); Cuidador (50) e Orientador Social (20). 

Esta foi a terceira convocação deste concurso. A primeira, foi publicada no Diário Oficial do Município em 01 de julho de 2016, chamando mais de 300 candidatos aprovados. Em 20 de setembro de 2016, foi feita uma nova chamada de vagas remanescentes e no dia 30 de setembro do ano passado chamou mais 180 candidatos aprovados. 

Rendimento médio de trabalhadores chega a R$ 2.149 no país, diz pesquisa

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2016, o rendimento médio mensal real dos 88,9 milhões de trabalhadores do país, com 14 anos ou mais de idade, resultou em uma massa mensal de rendimento (total pago à população ocupada) de aproximadamente R$ 191 bilhões e um rendimento médio de R$ 2.149.
Os homens recebiam, em média, por mês, R$ 2.380, enquanto as mulheres recebiam R$ 1.836, o que representa 77,1% do rendimento masculino.
O rendimento médio mensal real das pessoas brancas (R$ 2.810) era maior que os rendimentos observados para as pessoas pardas (R$ 1.524) e pretas (R$ 1.547). As pessoas brancas apresentaram rendimentos 30,8% superiores à média nacional de R$ 2.149, enquanto as pardas e pretas receberam rendimentos 29,1% e 28%, respectivamente, inferiores a essa média.
Segundo o IBGE, a população branca corresponde a 46,6% da população ocupada e a população parda, 43,4%.
Em relação à escolaridade, a participação das pessoas com, no mínimo, o ensino médio completo foi 56,8% dos ocupados. Entre aqueles que não tinham o ensino fundamental completo ou equivalente, a participação foi 27,9% dos ocupados.
As pessoas sem instrução ou que tinham menos de um ano de estudo apresentaram o menor rendimento médio (R$ 884). Por outro lado, o rendimento das pessoas com ensino fundamental completo foi 57,8% maior, chegando a R$ 1.395. Quem tinha ensino superior completo registrou rendimento médio aproximadamente três vezes maior que os que tinham somente o ensino médio completo e quase seis vezes o daqueles sem instrução.
No ano passado, as pessoas que tinham rendimento proveniente do trabalho correspondiam a 42,4% da população residente no Brasil (87,1 milhões), enquanto 24% (49,3 milhões) tinha algum remuneração de outras fontes (aposentadoria, pensão, aluguel, pensão alimentícia, transferência de renda, entre outros).
A região Sul apresentou o maior percentual de pessoas com rendimento do trabalho (47,1%). A Região Nordeste registrou o menor percentual de pessoas com rendimento do trabalho (35,7%) e o maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes (27,6%).
Concentração
Segundo a Pnad Contínua, em 2016, o 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia mensalmente, em média, R$ 27.085, ou 36,3 vezes mais do que a metade da população com os menores rendimentos, que ganhavam, em média, R$ 747.
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 255,1 bilhões em 2016. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 0,8% do total, enquanto os 10% com os maiores rendimentos ficaram com 43,4%. O grupo dos que têm maior rendimento tem uma parcela da massa de rendimento superior à dos 80% da população com os menores rendimentos (40,8%).
O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total de moradores.
No país, o rendimento médio real domiciliar per capita foi R$ 1.242. As Regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 772) e a região Sudeste o maior, R$ 1.537.
Do remineração média mensal domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes, principalmente aposentadoria e pensão (18,7%).
Agência Brasil

Sesed define plano de segurança para o Carnatal 2017

Representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) e da Destaque Promoções se reuniram, na manhã desta quarta-feira (29), para definir os últimos detalhes do Plano de Segurança para o Carnatal 2017, evento que acontece de 7 a 10 de dezembro, em Natal.
A expectativa é que cerca de 250 mil pessoas circulem no período da festa, sendo destes 15 mil turistas. A Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal e Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU Natal) também estarão atuando de maneira integrada com as forças de segurança estaduais.
“As orientações do sistema integrado de segurança às ações preventivas e fiscalizadoras têm ao longo destes 27 anos de Carnatal auxiliado ao evento a ser ordeiro e realizado em clima paz e congraçamento”, disse  Azevedo, coordenadora de Produção do Carnatal.
Polícia Militar
O Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) irá realizar patrulhamentos na parte externa do evento, distribuindo um efetivo diário de 150 policiais a pé, com motocicletas, viaturas e a cavalo, nos locais considerados mais críticos.
Já o Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) contará com o emprego de 80 militares para a execução das operações “Zero Álcool”, juntamente com a equipe da “Lei Seca” do DETRAN.
“A finalidade da Polícia Militar no Carnatal é prevenir e reprimir práticas delituosas, com atuação ostensiva dos policiais na área externa e imediações do evento visando garantir a ordem e a tranquilidade pública na área da folia e adjacências”, disse o comandante da Polícia Militar, Coronel Osmar Oliveira.
Polícia Civil
A Polícia Civil irá instalar uma delegacia móvel na Avenida Prudente de Morais para atuar exclusivamente no evento e contará com um total de 48 policiais. Além disso, as Delegacias Especializadas em Narcóticos, Furtos e Roubos de Veículos e Defesa da Criança e Adolescente realizarão, diariamente, no local do evento, trabalhos específicos nas suas áreas de atribuição.
“A Delegacia especializada em Atendimento ao Turista também funcionará diariamente, acompanhando o horário de funcionamento do Praia Shopping para registrar boletins de ocorrências e prestar informações aos turistas e a Delegacia de São Gonçalo do Amarante designará, durante os quatro dias, um Agente de Polícia para permanecer no aeroporto, especialmente nos horários de chegada dos voos, visando atender aos turistas”, destacou o delegado Julio Costa, diretor de Polícia Civil da Grande Natal.
Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros Militar (CBMRN) já está trabalhando para o Carnatal desde o início do mês por meio do Serviço Técnico de Engenharia (Serten) responsável pela análise do projeto e vistoria do evento. Durante o Carnatal, os bombeiros estarão com um Auto Bomba Taque e uma viatura de resgate nas proximidades do ginásio do DED, no bairro de Candelária, para diminuir o tempo resposta em caso de acionamento.

IBGE: No RN, 10% mais pobres precisam trabalhar quase 20 anos para levar o salário de 1 mês do 1% maior

Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, em 2016 no RN os 10% com maiores rendimentos do trabalho no estado abocanhava 46% das rendas do trabalho. Os 50% mais pobres ficaram com apenas 17%.
No estado, enquanto o 1% com maiores rendimentos do trabalho recebem mensalmente cerca de R$ 22 mil, os 10% com menor rendimento recebem apenas R$ 95. A relação é 232,5 para um. Ou seja, os 10% mais pobres precisam trabalhar quase 20 anos para levar o salário de 1 mês do 1% maior.
O 1% mais bem remunerado leva 14,1% de todos os rendimentos do trabalho. Uma fração maior do que aquela com a qual fica os 40% com menores remunerações.

IBGE: 1% da população ganha 36 vezes a renda média da metade mais pobre

Dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2016, 1% dos trabalhadores com os maiores rendimentos recebia por mês, em média, R$ 27.085 – o equivalente a 36,3 vezes mais do que a metade da população com os menores rendimentos, que ganhava, em média, R$ 747.
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 255,1 bilhões em 2016. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha apenas 0,8% do total, enquanto os 10% com os maiores rendimentos ficaram com 43,4%. O grupo dos que têm maior rendimento tem uma parcela da massa de rendimento superior à dos 80% da população com os menores rendimentos (40,8%).
O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares pelo total de moradores.
No país, o rendimento médio real domiciliar per capita foi R$ 1.242. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores (R$ 772) e a região Sudeste o maior, R$ 1.537.
Da remuneração média mensal domiciliar per capita, 74,8% provêm do trabalho e 25,2% vêm de outras fontes, principalmente aposentadoria e pensão (18,7%).
Homens e mulheres
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, também apontou diferenças salariais entre homens e mulheres. No ano passado, elas receberam, em média, R$ 1.836, o que equivale a 22,9% menos do que os homens (R$ 2.380).
O Sudeste registrou a maior média de rendimento para homens, R$ 2.897, e mulheres, R$ 2.078. No entanto, a região também teve a maior desigualdade salarial do país: as mulheres ganham 28,3% menos do que os homens.
Agência Brasil

CCJ do Senado aprova compra de arma de fogo por moradores de áreas rurais

Estatuto do Desarmamento foi sancionado em 2003
Emerson Souza / Agência O Globo
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na tarde desta quarta-feira, um projeto de lei (nº 224) que aprova a compra de arma de fogo por moradores de áreas rurais, uma proposta do senador Wilder Morais (PP-GO).
A ementa, que ainda precisa passar pela Câmara antes de ser enviada para sanção presidencial, altera o Estatuto de Desarmamento para “permitir que residentes em áreas rurais, maiores de 21 anos, adquiram arma de fogo de uso permitido quando preenchidos determinados requisitos”. Neste caso, a posse é liberada, mas o porte continua sendo restrito.
Para que a medida seja oficializada, o texto prevê modificações na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, referente ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
“É uma notícia boa aos homens e às mulheres do campo. O projeto libera que o proprietário rual possa ter a posse de arma para defender a sua família, sua integridade e a sua propriedade”, afirmou Morais.
O tema permanece em consulta pública no site do Senado. Até as 15h30 desta quarta-feira, os votos a favor do projeto de lei eram maioria, somando mais de 20 mil. A votação na internet não possui caráter determinante, mas pode sinalizar a opinião do público e, assim, influenciar a opinião de cada senador sobre o mesmo assunto.
Atualmente, a pena prevista para a posse irregular de arma de uso permitido vai de um a três anos com multa, enquanto a pena para a posse ilegal desse tipo de arma varia de dois a quatro anos, também com multa. As penas para a posse e o porte de armas de uso restrito (usadas pela Polícia e pelas Forças Armadas) são maiores e chegam a seis anos.
O Globo

MPF denuncia Eduardo Cunha, Henrique Alves e Lúcio Funaro por lavagem de dinheiro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom – 16.abr.2015/Agência Brasil

O MPF-RN (Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte) denunciou os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outras seis pessoas pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No grupo de denunciados está o ex-operador do PMDB Lúcio Funaro e outras cinco pessoas ligadas a Henrique Eduardo Alves.
A denúncia se refere ao repasse de pelo menos R$ 4,2 milhões para a campanha de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014. Segundo o MPF, o dinheiro seria resultado do esquema que cobrava propina de empresas que buscavam financiamentos na Caixa Econômica Federal. A denúncia foi protocolada na Justiça Federal do Rio Grande do Norte na última terça-feira (28). Se a Justiça Federal do Estado aceitar a denúncia, eles viram réus.
A denúncia é resultado da Operação Manus, um desdobramento da Operação Lava Jato, que levou Henrique Alves à prisão em julho deste ano. Segundo os procuradores, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves pediram e receberam propina paga por empresários e repassada à campanha pelo então operador do PMDB Lúcio Funaro, que firmou acordo de colaboração premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) e detalhou o esquema.
Cunha foi denunciado por lavagem de dinheiro enquanto Henrique Eduardo Alves foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lúcio Funaro foi denunciado por lavagem de dinheiro, mas os procuradores pediram que as penas previstas pelo crime fossem substituídas pelas que foram acordadas por ele e pela PGR em seu acordo de delação premiada. As penas de Cunha podem chegar a dez anos de prisão. Se condenado, Henrique Alves pode ser punido com penas com penas que vão de três a 12 anos de prisão.
Ainda de acordo com a denúncia, pelo menos R$ 2 milhões desse total foram repassados pela Odebrecht. Executivos da companhia disseram, em delação premiada, que o valor havia sido combinado com Henrique Alves e Eduardo Cunha em uma reunião no dia 6 de agosto de 2014 realizada na Câmara dos Deputados. O dinheiro teria sido repassado pela companhia por conta do interesse da Odebrecht com a possível privatização da companhia de água e esgoto do Rio Grande do Norte.
O restante do dinheiro teria sido pago por empresas com interesse em financiamentos na Caixa Econômica Federal, que, segundo os procuradores, tinha diretorias controladas politicamente pelo grupo do qual Cunha e Henrique Eduardo Alves faziam parte.
Segundo a denúncia, assessores e ex-assessores de Henrique Eduardo Alves compunham um “grupo criminoso” que atuava junto ao ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo. Esse grupo seria composto pelo cunhado de Alves, Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara, que atuou na coordenação da campanha de 2014, e mais seis pessoas.
Os procuradores também denunciaram um grupo de cinco pessoas, entre assessores e ex-assessores de Henrique Eduardo Alves que seriam responsáveis por tarefas como receber dinheiro destinado por Funaro à campanha de Henrique Eduardo Alves. Um deles, Norton Masera, que até outubro deste ano ocupava um cargo comissionado no Ministério do Turismo, teria recebido R$ 600 mil em repasses feitos por Lúcio Funaro.
Além de pedir a condenação dos denunciados, o MPF pediu que eles devolvam R$ 4,2 milhões a título de reparação e que fiquem impedidos de exercer cargos públicos pelo dobro do tempo de prisão ao qual forem condenados.
Outro lado
Advogado de Eduardo Cunha, Delio Lins e Silva Júnior classificou a denúncia como “aventureira” e baseada nas palavras de “um delator já conhecido por suas inúmeras mentiras”, em alusão a Lúcio Funaro.
O advogado de Henrique Eduardo Alves, Marcelo Leal, disse ainda não ter tido conhecimento da denúncia e que por isso não poderia se manifestar.
A defesa de Lúcio Funaro disse que o empresário vai “continuar a colaborar com a justiça de forma clara e efetiva”. O advogado de Arturo Silveira, Nélio Silveira Dias Júnior, disse que não tinha conhecimento da denúncia e que iria buscar informações sobre o assunto para se manifestar.
A assessoria de imprensa da Odebrecht disse que a companhia está “colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua” e que “já reconheceu seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um acordo de leniência” com diversos países, entre eles o Brasil e Estados Unidos. A companhia disse ainda que está “comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”.
Com informações do UOL

Emissão de passaporte exigirá menos documentos a partir de dezembro

O governo federal informou nesta quarta-feira, 29, que, a partir do dia 1º de dezembro, os cidadãos não precisarão levar alguns documentos no momento da emissão de passaportes. De acordo com a subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, Natália Marcassa, a iniciativa faz parte do programa Brasil Eficiente e será possível graças a otimização do banco de dados do governo federal.
Segundo a representante da Casa Civil, agora os cidadãos não precisarão apresentar a quitação de serviço militar e a quitação eleitoral e nem levar o comprovante de recolhimento de taxas. “Nós temos esses dados, eles já vão estar na base de dados”, afirmou Natália.
Com a mudança, os documentos necessários para solicitar o passaporte serão apenas: identidade e CPF. Além disso, os cidadãos terão no momento da emissão que tirar a foto e as digitais.
Isto É, com Estadão

Moscas podem carregar 351 tipos de bactéria. E até espalhar gastrite

(Ana Junqueira e Stephan Schuster/Reprodução)
Basta uma única mosquinha sobrevoando a mesa para ligar o sinal de alerta: quem está por perto corre para espantar o inseto, na tentativa de evitar seu contato com a comida a todo custo. Quando já é tarde demais, o jeito é reparar o estrago. Os mais precavidos tratam de descartar o pedaço em que o bicho pousou e isolar a área, para garantir que o visitante indesejado não volte a dar as caras durante a refeição.
Embora possa parecer para alguns, não se trata apenas de excesso de cuidado. Alimentos de fato podem ficar contaminados graças à breve visita de uma mosca, tudo por conta dos hábitos pouco higiênicos desses insetos. Durante seus voos, eles acabam se alimentando de tudo que é tipo de detrito. Restos como fezes, animais mortos e matéria orgânica em decomposição estão recheados de micróbios, que ficam grudados em suas asas e patas e podem se desprender na próxima aterrissagem.
Um estudo recente, publicado no jornal Scientific Reports, cravou que uma mosca doméstica, por exemplo, pode carregar até 351 bactérias diferentes. No caso da varejeira, também conhecida como mosca verde, são 316 tipos de microrganismos — alguns deles, inclusive, nocivos à saúde humana.
“Em geral, estas bactérias são oportunistas e potencialmente patogênicas, causando doenças do trato gastrointestinal, do trato urinário, úlceras estomacais, infecções cutâneas e respiratórias”, explicou Ana Carolina Martins Junqueira, professora de genética e genômica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista a SUPER. Coordenando uma equipe internacional de cientistas, ela analisou 116 exemplares dessas moscas, coletados em áreas urbanas do Brasil, EUA e Cingapura.
Para capturar as moscas, os pesquisadores utilizaram um método inovador, testado pela primeira vez em insetos. Cada mosquinha era atraída pelo cheiro de restos de peixe em decomposição, até ficar presa em um recipiente com gelo seco. O vapor do gelo seco era capaz de sedá-las, fazendo-as cair “desmaiadas” — e, o melhor de tudo, sem estar contaminadas por agentes externos.
Com as mosquinhas fora de combate, o grupo tinha o caminho livre para analisá-las geneticamente. Isolando o DNA presente em partes como as asas, pés e patas dos insetos, conseguiu-se identificar os corpos estranhos que estavam presentes ali. O resultado você já conhece: as amostras das duas moscas indicaram a presença de mais de centenas de microrganismos diferentes.
Exemplares de moscas coletados aqui no Brasil, por exemplo, indicaram a presença de Helicobacter pylori, bactéria que causa úlceras e gastrite em humanos. “É a primeira vez que se propõe que moscas varejeiras podem ter um papel na dispersão de H. pylori. Isso significa que esta pode ser uma via de dispersão da bactéria que jamais foi considerada”, pontua Junqueira. Entre as formas de contágio mais comuns estão o contato com alimentos, água, salivas e fezes contaminadas.
A sobrevivência dessas bactérias no corpo dos insetos depende de sua capacidade de formar esporos — estruturas que garantem sua proteção até que encontrem um lugar propício para crescerem —, o que varia de espécie para espécie. “No caso da H. pylori, já foi demonstrado que as células podem sobreviver por 12 horas expostas ao ar”. Considerando que o tempo de vida de uma mosquinha costuma ser de 28 dias, a chance de que um inseto que teve contato com algo contaminado pouse em seu sanduíche é maior que se imagina.
Segundo o estudo, moscas urbanas costumam carregar mais bactérias do que as que as encontradas em zonas rurais. Isso sugere que o potencial nocivo desses insetos aumenta onde há maior concentração de pessoas. Para a pesquisadora, o potencial desses insetos como transmissores de doenças tem sido subestimado. As pragas urbanas mais visadas por ações de saúde pública acabam sendo os mosquitos, que, por sua vez, costumam carregar um número de microrganismos bem menor. “As moscas servem como meios de transporte de bactérias e, neste processo, são mais genéricas em relação à quantidade e diversidade de microrganismos que carregam”.
Super Interessante

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte: Reitoria participa de audiência entre governo e Sintauern

O reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Pedro Fernandes, participou hoje (29), pela manhã, de reunião entre representantes do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UERN (Sintauern) e a Chefe do Gabinete Civil do Governo do Estado, Tatiana Mendes Cunha. A reunião foi solicitada pelo sindicato, que pediu a presença da Reitoria.
Tatiana Mendes garantiu que a mensagem sobre o auxílio-saúde dos servidores da universidade chegará amanhã (30) à Assembléia Legislativa. A aprovação do projeto de lei sobre o auxílio é uma das reivindicações, tanto dos técnicos, quanto dos docentes.
Em relação aos projetos de lei que tratam da incorporação do auxílio-transporte à remuneração dos técnicos administrativos, e do Plano de Cargos e Carreiras da categoria, a Chefe do Gabinete Civil pediu agilidade aos setores do governo para que ambos estejam prontos logo para envio ao Poder Legislativo.
O reitor Pedro Fernandes falou da importância do cumprimento destes compromissos com a categoria.
O presidente do Sintauern, Elineudo Melo, disse que as reivindicações são fundamentais para os técnicos, principalmente diante do cenário que o funcionalismo vem enfrentando.
Participaram da reunião, também, representantes da comissão do Sintauern, formada para acompanhar as negociações com o Governo: Tatiane Paula, Erisson Natécio, Ítalo Dantas, Iata Anderson e Lucas Moreira.
A vice-reitora da UERN, Fátima Raquel, também participou do encontro, assim como o Sub-Chefe de Gabinete, Esdras Marchezan.
Docentes
Ao final da reunião, o reitor Pedro Fernandes ligou para a presidente da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN), Rivânia Moura, para viabilizar uma audiência entre a categoria e o governo, na busca por uma negociação entre as partes. A reunião está pré-agendada para esta quinta (30), às 16h, no Gabinete Civil. A presidente vai tratar do assunto com a diretoria da Aduern, antes de uma confirmação oficial. “É fundamental este espaço para negociação entre o Governo e a categoria. Já vínhamos destacando esta necessidade, e vamos estar sempre atuando nessa mediação”, disse o reitor.

MEC diz que liberou todo o recurso de custeio para universidades e institutos federais

O Ministério da Educação anunciou nesta quarta-feira(29) a liberação de R$ 1,023 bilhão para universidades, institutos federais de todo o país e instituições vinculadas à pasta. Segundo o MEC, esse é o segundo ano consecutivo que a pasta garante 100% do custeio para a rede federal de ensino.
Do total liberado hoje, R$ 497,04 milhões são referentes a recursos financeiros discricionários, quantia que, somada ao que já foi repassado este ano, chega a R$ 7 bilhões. Os outros R$ 525,6 milhões liberados referem-se ao limite de empenho para custeio das instituições federais de ensino.
A maior parte do orçamento de custeio liberado (R$ 366,7 milhões), será repassada às universidades federais, cujo total de recursos chegará a R$ 5,1 bilhões liberados neste ano. Já a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica receberá R$ 158,9 milhões, chegando a R$ 2,21 bilhões de orçamento para custeio.
Durante este ano, a falta de recursos para custeio e o contingenciamento feito pelo governo fez com que diversas universidades federais relatassem dificuldades financeiras.
Agência Brasil

RN: 74% dos municípios pagam salários em dia, e 63% vão conseguir pagar o 13º salário até dezembro

Levantamento respondido por 99 prefeituras municipais à Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN aponta que 74,75% das gestões estão com os salários dos servidores em dia. O número corresponde a 74 das 99 prefeituras que responderam ao questionário da Federação. Outras 25 prefeituras, ou ainda 25,25%, admitiram atrasos no pagamento aos servidores atualmente.
Já em relação ao décimo terceiro salário, que deve ser pago até o próximo dia 20 de dezembro, 63,64% prefeituras garantiram que vão conseguir realizar o pagamento. Por outro lado, 18,18% prefeituras não vão conseguir pagar a gratificação aos servidores, e 14,14% das gestões ainda não sabem se conseguirão pagar o décimo dentro do prazo. Outras 3,03% prefeituras afirmaram que já pagaram o salário extra a seus servidores neste final de ano. O questionamento não foi respondido por 1,01% das prefeituras.
Também em relação ao décimo terceiro, a FEMURN questionou às Prefeituras sobre a antecipação do benefício. 49,49% informaram que não anteciparam o décimo. Já 30,3% das gestões anteciparam parte do benefício no meio do ano. Outras 19,19% das prefeituras pagam o décimo de acordo com o mês de aniversário do servidor. O questionamento também não foi respondido por 1,01% das prefeituras.
O Presidente da FEMURN, Benes Leocádio, acredita que a média obtida pelo levantamento mostra a realidade financeira dos municípios: “Mesmo o levantamento tendo sido respondido por 99 dos 167 municípios, pelo que temos acompanhado através de conversa com os gestores, este número representa uma média de todos os municípios do RN”, afirmou.
Ainda segundo Benes, os resultados sobre pagamento dos servidores são positivos: “A maioria dos municípios está conseguindo pagar os salários em dias. Os atrasos, algumas vezes, correspondem ao não pagamento de salários da gestão passada que não entraram no planejamento do gestor que assumiu em 2017 e ainda persiste, ou, outras vezes, a salários que são quitados no dia 10 do mês seguinte. É ruim que isso aconteça, mas dos males os menores”, afirmou Benes.
Para o Presidente da Federação, o planejamento dos gestores, aliado as orientações da FEMURN são fundamentais para que as coisas não estejam “num pior patamar”, disse Benes: “Os prefeitos sabem o momento de dificuldade que o país passa. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está estagnado, e muitas cidades sobrevivem dele. Então, com os poucos recursos, as prefeituras têm feito o dever de casa e se dedicado a honrar suas folhas de pagamento, o que nada mais é do que uma obrigação. E a FEMURN tem realizado parcerias com órgãos na busca de auxiliar cada vez mais as prefeituras, além de oferecer cursos e assessorias jurídica e tributária que contribuem para a melhor gestão das cidades”, afirmou o Presidente da Federação.
Décimo Terceiro depende do Auxílio Financeiro
Segundo Benes Leocádio, a incerteza do pagamento do décimo terceiro pelas Prefeituras ocorre devido à espera do Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM): “É compreensível que algumas das Prefeituras digam que não terão condições de pagar o décimo terceiro, ou ao menos digam que não sabem se conseguirão pagar. O benefício representa uma segunda folha de pagamento. Diante desta dificuldade, o movimento municipalista brasileiro realizou, em Brasília, a mobilização que conquistou a AFM junto a Presidência da República. Esperamos este dinheiro prometido agora em dezembro, e torcemos que as Prefeituras descumpram o que nos disseram neste levantamento, e consigam pagar o décimo a seus servidores”, disse Benes.
Na visão do Presidente da FEMURN, o levantamento apontou que as prefeituras têm se esforçado para pagar a folha de funcionários: “A dedicação dos Prefeitos em não atrasar as folhas de pagamentos e a necessidade de complementar os valores defasados de programas federais acaba afastando a destinação dos recursos para pagar o décimo, para realização de obras, e tantas outras coisas. Essa é a realidade das prefeituras hoje. O gestor paga o salário do servidor, e sacrifica o décimo. E lá vamos nós de pires na mão para Brasília em busca de recursos”, disse Benes. De acordo com ele, um novo pacto federativo seria a solução dos atuais problemas de repasses, desde que se definissem novas competências e responsabilidades, principalmente em relação aos programas federais.
Com informações da Femurn

‘Evito redes sociais pela mesma razão que evito drogas’, diz criador da realidade virtual

Jaron Lanier é uma das vozes mais respeitadas do mundo tecnológico. Um visionário, ele ajudou a criar nosso futuro digital e cunhou o termo realidade virtual, nos idos dos anos 1980. Além de ser um filósofo da internet, Lanier é um músico clássico, que tem uma coleção de mais de mil instrumentos.
A despeito do visual alternativo – com longos dreads nos cabelos que lembram o estilo rastafari – e de se comportar como um hippie, Lanier nunca usou drogas. Nem quando era amigo de Timothy Leary, o pioneiro do alucinógeno sintético LSD. Leary o chamava de “grupo de controle”, por sua rejeição a químicos.
Lanier é autor de vários livros sobre o impacto da tecnologia nos indivíduos e no comportamento coletivo. Neste mês, lançou The Dawn of the New Eveything (“O Despertar de Todas as Novas Coisas”, em tradução livre).
O título se refere ao momento em que o autor colocou, pela primeira vez, um desses capacetes que nos levam ao mundo da realidade virtual – momento que descreve como “transformador” e como a “abertura de um novo plano de experiência”.
Ele foi um dos primeiros a desenvolver produtos voltados à realidade virtual, no final dos anos 1980 e início dos anos 1990.
Mas, embora seja um dos protagonistas da história do Vale do Silício, é um crítico dos valores propagados por empresas como o Facebook e o Google, além de dizer que evita as redes sociais.
“Evito as redes pela mesma razão que evito as drogas – sinto que podem me fazer mal,” diz.
Lanier manifesta preocupação com o efeito “psicológico” do Facebook sobre os jovens, especialmente na formação da personalidades dos adolescentes e na construção de relacionamentos.
“As pessoas mais velhas, que já têm vários amigos e perderam contato com eles, podem usar o Facebook para se reconectar com uma vida já vivida. Mas se você é um adolescente e está construindo relacionamentos pelo Facebook, você precisa fazer a sua vida funcionar de acordo com as categorias que o Facebook impõe. Você precisa estar num relacionamento ou solteiro, tem que clicar numa das alternativas apresentadas”, explica.
“Isso de se conformar a um modelo digital limita as pessoas, limita sua habilidade de se inventar, de criar categorias que melhor se ajustem a você mesmo.”
Ele também critica a forma como Facebook, Google, Twitter e outros sites utilizam os dados de usuários.
“Existem dois tipos de informações: dados a que todas as pessoas têm acesso e dados a que as pessoas não têm acesso. O segundo tipo é que é valioso, porque esses dados são usados para vender acesso a você. Vão para terceiros, para propaganda. E o problema é que você não sabe das suas próprias informações mais.”
BUSCA POR UM MUNDO ALTERNATIVO?
Lanier entrou pela primeira vez em contato com a ideia de realidade virtual na década de 1980. A empresa dele, a VPL, criada em 1985, foi pioneira em “capacetes com tela”, desenvolvidos para mostrar mundos gerados por computadores que enganam o cérebro.
Desde o primeiro momento, Lanier reconheceu que a realidade virtual teria duas “faces”- uma com “potencial para o belo” e outra “vulnerável ao horripilante”.
Lanier também é músico

“O Despertar de todas as novas coisas” conta a história do surgimento da realidade virtual. Mas também é uma autobiografia de um homem cujos primeiros anos de vida foram absurdamente fora do comum, marcados pela tragédia, a extravagância e o perigo.
A mãe dele, nascida em Viena (Áustria), havia sobrevivido a um campo de concentração e ganhava a vida fazendo, remotamente – da casa da família no Novo México (EUA) – apostas na bolsa de valores de Nova York.
Para atender a uma inesperada ganância, ela comprou um automóvel novo da cor que Lanier escolheu. Mas, no dia em que foi aprovada no exame de direção, morreu num acidente que, depois se saberia, foi causado por uma falha mecânica daquele modelo de carro.
“Choramos durante anos”, escreveu Lanier sobre sua própria reação e a do pai. A tristeza foi agravada pelo antissemitismo e a intimidação de vizinhos e colegas de classe. Um professor disse que a mãe dele “merecia” o que aconteceu, por ser judia.
Depois que sua casa ardeu em chamas por um incêndio criminosamente provocado, foram viver em uma tenda de acampamento até que o pai sugeriu que ele desenhasse uma casa para os dois.
“Estava convencido de que nosso lar deveria ser feito de estruturas esféricas similares as que encontramos nas plantas”, conta, no livro.
Ele recorda que projetou modelos com cigarros, seu pai obteve permissão das autoridades para construir e, juntos, montaram uma edificação com formato de bola de golfe.
O pai de Lanier viveu naquela casa durante 30 anos. Um ano depois da construção, quando tinha 13 anos, Lanier foi à universidade local fazer um curso de verão de química.
Quando terminou, continuou assistindo às aulas durante o semestre, até que os professores não tiveram outra escolha senão aceitá-lo como estudante universitário. Ele aprendeu a fazer queijo de cabra para vender e pagar os custos com sua educação, e costurava suas próprias roupas.
REALIDADE ALTERNATIVA
Seria natural pensar que, depois de tudo o que viveu, Lanier quisesse se dedicar a criar realidades alternativas, com cálculos e pixels no Vale do Silício.
Mas, ele nega que o objetivo tenha sido fugir do mundo real. Para Lanier, “a maior virtude da realidade virtual é que, quando você regressa, de repente percebe a realidade com frescor, como se fosse nova”.
“Em vez de conceber a realidade virtual como um lugar a que se vai para deixar algo para trás, a mim me parece que ela está subordinada à realidade”, explicou à BBC.
SER LAGOSTA
Enquanto estudava informática, leu o trabalho de Ivan Sutherland, que, na década de 1960, foi uma das primeiras pessoas a criar um capacete com tela que permitia a uma pessoa ver um mundo digital por meio de programas de computador.
Depois de uma temporada em Nova York, Lanier se mudou para a Califórnia e se uniu à incipiente indústria dos videogames. Com o dinheiro que ganhava, financiava experimentos de realidade virtual com outros matemáticos – junto com alguns deles fundou a empresa VPL.
Numa ocasião, Lanier e sua equipe ficaram obcecadas com a criação de avatares não humanos.
As lagostas representavam um grande desafio, pela quantidade de extremidades, mas eles descobriram que o cérebro humano se adapta a usar apêndices (como antenas, patas e garras) com muita rapidez.
“A maioria das pessoas aprende a ser uma lagosta com relativa facilidade”, escreve. “Para mim, foi mais fácil ser uma lagosta que comer uma.”
UM FUTURO VIRTUALMENTE REAL
A empresa de realidade virtual de Lanier durou somente cinco anos, mas o legado dessa tecnologia se evidencia em cada vez mais áreas.
Por causa do alto custo, a realidade virtual não se desenvolveu de forma massiva. No entanto, fabricantes de automóveis e aviões (para provar novos desenhos de cabines), os médicos (para treinamento e tratamentos, como terapia para transtorno de stress pós-traumático), e os militares, continuam a usar a essa tecnologia.
Mas, para Lanier, a realidade virtual ainda está “presa ao passado” e não se desenvolveu plenamente.
“O que a maioria tem visto é uma versão de videogame ou um filme (com tecnologia de realidade virtual). Isso é típico de novos meios. No início, o cinema se parecia com uma peça de teatro. A realidade virtual ainda não teve a oportunidade de se libertar e ser o que é.”
O filósofo da internet também faz projeções preocupantes sobre o futuro, com o crescimento da automação e o desaparecimento de empregos.
Para ele, é preciso mudar o modo como a economia está organizada, para evitar que a robótica crie uma massa de pessoas com fome e sem ocupação.
“Uma ideia é criar um contrato social, pelo qual pagamos uns aos outros por coisas que nos interessam online. O objetivo é garantir o sustento das pessoas quando as máquinas forem boas o suficiente para dirigir os onibus e caminhões”, sugere.
“Ou nós monetarizamos o que as pessoas fazem ou adotamos o socialismo… Ou deixamos um monte de gente passar fome, porque não achamos que elas servem mais. A terceira opção parece ser a que está sendo adotada, pelo menos nos Estados Unidos.”
Folha de São Paulo, com BBC Brasil

Neymar decide a parada, Cavani marca mais um, e PSG vence a quinta seguida no Francês

Muito além de jogadas plásticas e dribles desconcertantes, o craque precisa decidir. O Troyes deu a Neymar a chance perfeita para isso na tarde desta quarta-feira, no Parque dos Príncipes. Sólida defensivamente e perigosa nos poucos contragolpes, a equipe visitante ia dando um trabalho e tanto para o Paris Saint-Germain até o camisa 10 resolver a parada com um chutaço de canhota. Depois, ainda serviu Cavani no gol que decretou o placar de 2 a 0 para o PSG. A quinta vitória consecutiva do time no Campeonato Francês.
GE

Juiz reverte demissão em massa e diz que reforma trabalhista é inconstitucional

Um juiz trabalhista de São Paulo mandou reverter a demissão em massa de mais de 100 profissionais dispensados em hospitais do grupo Leforte.
A reforma trabalhista determinou que não seria mais necessário consultar o sindicato da categoria antes de uma demissão em massa, mas a decisão do juiz Elizio Perez é de que essa previsão é inconstitucional.
Segundo Perez, “não é dado ao legislador ordinário legislar em sentido diametralmente oposto às regras constitucionais”. A Constituição afirma que os trabalhadores devem ser protegidos contra despedida arbitrária ou sem justa causa.
O grupo hospitalar também foi condenado a, caso realize nova dispensa sem negociação com o sindicato, pagar uma multa diária de R$ 50 mil para cada trabalhador prejudicado.
Em decisão liminar (provisória), assinada em 21 de novembro, o juiz pediu a reintegração dos trabalhadores até 4 de dezembro.
A demissão, de 45 fisioterapeutas e 62 empregados de outras categorias, aconteceu em setembro. O hospital demitiu os trabalhadores para terceirizar o setor de fisioterapia.
INSEGURANÇA
Quando a reforma trabalhista entrou em vigor, em 11 de novembro, uma das maiores preocupações de empresas e advogados era a insegurança jurídica, já que juízes se manifestaram contra a nova lei.
Antes da reforma, o entendimento da Justiça era de que qualquer dispensa em massa —quando a motivação é “alheia à pessoa do empregado”— deveria ser negociada.
“Faz sentido essa decisão, já que, em setembro, ainda não havia reforma, e geralmente a lei trabalhista não retroage”, diz Daniel Alves dos Santos, advogado do Trench Rossi Watanabe. “Em casos assim, a dispensa coletiva era considerada nula, como se os empregados nunca tivesse sido demitidos.”
“Quem vai definir se a nova lei é constitucional ou não, e em que pontos, são os tribunais superiores. Eles terão que encontrar um meio termo entre as posições de juízes contrários e favoráveis à reforma.”
Procurado, o grupo Leforte afirmou que “age e sempre agiu em conformidade com a lei”.
FOLHAPRESS