Operação desencadeada pela Guarda Municipal do Natal (GMN) resgatou,
nesse domingo (24/11), 214 pássaros silvestres que estavam sendo
comercializados de forma irregular na feira livre situada na Avenida da
Chegança, no bairro de Nova Natal, zona Norte da capital. A ação reuniu
guardas municipais lotados no Grupamento de Ação Ambiental (Gaam) e na
Ronda Saúde (RondaS).
No total foram identificados 11 espécimes da fauna silvestre
brasileira, somente Golinho os guardas contabilizaram 70 aves, além de
37 Galo de Campina, 34 Pega, 33 Sibite, 13 Chupim, 11 Maria-Fita, 05
Sairá-amarela, 04 Sabiá, 03 Azulão, 01 Concriz e 01 Papa-capim.
Os guardas municipais identificaram sinais explícitos de maus tratos
com diversos pássaros confinados em espaços reduzidos e sem alimentação
apropriada. Também foram detectadas duas aves sem vida entre as
resgatadas na ação. “Porém, ninguém foi preso devido aos crimes
mencionados, pois abandonaram os pássaros e gaiolas com a aproximação
das equipes que vêm sistematicamente realizando estas ações no sentido
de promover a salvaguarda e valorização da vida em todos os níveis
existentes, inclusive daqueles que não podem pedir socorro”, comentou um
dos guardas.
A coordenadora do Gaam/GMN, Francineide Maria, explicou que será
iniciado um trabalho no sentido de descobrir se esses pássaros estão
sendo capturados em alguma área de preservação situada na capital e
nesse sentido encontrar os responsáveis por esses crimes ambientais.
“Estamos trabalhando essa possibilidade de combater esse tipo de delito
descobrindo os locais aonde essas aves são capturadas”, explicou.
Os 214 pássaros resgatados foram levados ao Aquário Natal para
avaliação médica sendo em seguida entregues ao Ibama para soltura nos
biomas apropriados. O tráfico e o comércio ilegal de espécies da fauna
silvestre são crimes podendo o transgressor ser punido com pena de seis
meses a um ano de detenção, além de multa administrativa por crime
ambiental de tráfico, que corresponde a R$ 500 por ave e se o animal for
ameaçado de extinção, o valor sobe para R$ 5 mil.
O crime é previsto na Lei Federal 9.605/98 e o cidadão pode denunciar
esse tipo de delito nos números 190 (Centro Integrado de Operações em
Segurança Pública – Ciosp), 181 (Disk Denúncia – Polícia Civil) ou
3616-9829 (Ouvidoria da Semurb).
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