El País
Um dia eram aliados. No outro, traidores. Semanas depois, voltam a ser cortejados e têm grandes chances de reatarem o relacionamento. O Governo Michel Temer (PMDB) colocou em seu radar cerca de 30 deputados federais que devem ser agraciados com cargos para votarem a favor da reforma da Previdência. A maioria desse grupo é formada por parlamentares que são de partidos da base governista, mas que acabaram votando contra Temer em ao menos uma das duas denúncias criminais contra ele que foram barradas na Câmara.
A estratégia de comunicação e de convencimento do Governo para conquistar entre 50 e 70 votos não deu certo até agora. O objetivo é atingir uma margem de 320 votos, 12 a mais do que o mínimo para aprovar a proposta de emenda constitucional 287, que muda as regras de aposentadoria. No início da semana, depois de várias reuniões entre líderes de bancadas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que poderia pautar a votação da reforma da Previdência para a semana entre os dias 11 e 15. Mas a falta de apoio explícito dos legisladores fez com que ele mudasse de ideia. Agora, trabalha para levar a proposta a voto na última semana do ano parlamentar, entre os dias 18 e 22, quando Brasília já começa a ficar esvaziada. O problema dessa votação ocorrer nesse momento é que também poderá haver um conflito com a votação da peça orçamentária de 2018. Se não a votarem, os congressistas não entram oficialmente em recesso.
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