quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Reunidas, Dilma e Cristina acusam Justiça de perseguição

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff reuniu-se neste sábado com a senadora Cristina Kirchner, dois dias depois de a Justiça ter ordenado a detenção da ex-presidente argentina e solicitado a suspensão de sua imunidade parlamentar no caso sobre o suposto acobertamento de funcionários iranianos acusados de envolvimento no atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. Após o encontro, a ex-presidente argentina afirmou que ambas conversaram sobre “a utilização do aparelho judicial como arma para destruir a política e líderes opositores”.
— Uma matriz que tem outra parte fundamental nos meios de comunicação, instância central nesta estratégia de perseguição — disse Cristina.
Dilma e a ex-presidente argentina se reuniram no apartamento que Cristina tem no bairro portenho da Recoleta. Na próxima segunda-feira, a ex-chefe de Estado argentina iniciará seu mandato de quatro anos como senadora pela província de Buenos Aires. Na última quinta-feira, Cristina acusou o presidente Mauricio Macri de estar à frente de uma estratégia política, em parceria com a Justiça, que busca “nos calar e disciplinar”.
— Não nos calarão — declarou a ex-presidente.
Atualmente, não existem condições para aprovar o pedido feito pelo juiz Claudio Bonadio, encarregado do caso sobre o ataque à Amia e a suposta negociação de um acordo secreto com o Irã durante o governo Kirchner. Para suspender a imunidade de Cristina são necessários dois terços dos votos no Senado e a grande maioria dos senadores sustenta que para avançar neste sentido deve existir uma condenação firme.

O Globo

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