A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta segunda-feira (4) o ex-ministro Geddel Vieira Lima ao Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A denúncia se refere ao caso dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo atribuídos a Geddel, pela Polícia Federal (PF), encontrados em malas em um apartamento em Salvador.
A PGR também acusou formalmente mais cinco pessoas:
- o irmão de Geddel, deputado federal Lúcio Vieira Lima;
- a mãe deles, Marluce Vieira Lima;
- o ex-assessor Job Ribeiro que trabalhava com Lúcio Vieira Lima;
- o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz;
- o sócio da empresa Cosbat Luiz Fernando Costa Filho
Na denúncia, a procuradoria aponta quatro possíveis fontes dos R$ 51 milhões:
- propinas da construtora Odebrecht;
- repasses do operador financeiro Lúcio Funaro;
- desvios de políticos do PMDB;
- transferência de parte de salário de assessores
Agora caberá ao ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, decidir se eles viram réus ou não.
Investigação
Na semana passada, a Polícia Federal concluiu o inquérito que investigou a participação dos acusados no caso.
O documento da Polícia Federal detalha as razões pelas quais considera ilegal a origem dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento em Salvador:
“Não é crível que uma pessoa dispusesse da absurda quantia se não houvesse o propósito de ocultar a sua existência; nem que duas figuras públicas com a inteligência do parlamentar Lúcio Vieira Lima e seu irmão Geddel, além de sua mãe, deixassem de auferir rendas se este valor estivesse devidamente declarado e formalmente inserido no sistema financeiro nacional e destacou a obrigatoriedade legal, moral e de transparência que esses representantes do povo tem de manter suas contas e finanças.”
G1
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