A Origin Wireless criou uma nova forma de usar as ondas emitidas por um roteador Wi-Fi, na qual permite detectar a posição de pessoas e seus movimentos em uma determinada área, com margem de erro de até 2 cm. O sistema é sensível o suficiente para detectar a respiração de pessoas e é suportado pelos equipamentos já existentes, o que significa que apenas uma atualização do firmware é suficiente para permitir que os dispositivos atualmente vendidos no mercado usem o recurso.
A tecnologia foi chamada de Time Reversal Machine e funciona se aproveitando das qualidades naturais das ondas de rádio, que são refletidas ao se chocarem com objetos, como o corpo humano. Para operar, ela precisa de dois roteadores: um deles funciona como emissor das ondas e o outro, como receptor.
Para evitar interferências, o sinal emitido consiste apenas de informações do canal (CSI), usadas durante a configuração de redes mesh. A transmissão é feita com sinal de 5GHz, mas pode ser modificada para os padrões 802.11a, n ou AC.
Tecnologia analisa caminho percorrido pelo Wi-FI para detectar objetos (Foto: Reprodução/Origin)
A Time Reversal Machine funciona através de algoritmos especializados que analisam o tempo que demora para o sinal viajar entre sua origem e o receptor. Como o sinal se dispersa, cada parte dele chega em momentos diferentes. O sistema é capaz de fazer cerca de 50 medições por segundo e mesmo a menor alteração na posição dos obstáculos faz com que a medição seja diferente.
A tecnologia pode ser aplicada para o monitoramento de ambientes sem a necessidade de câmeras, o que incluem casas de repouso para idosos, onde ela seria capaz de substituir sensores, podendo detectar rapidamente problemas que necessitem de atenção imediata.
Se uma pessoa cair, por exemplo, o sinal vai perceber o desaparecimento súbito de um obstáculo, seguido de um período em que nada ocorre, o que pode ser um gatilho para alertar as pessoas responsáveis. Até o momento, entretanto, não existe previsão de quando a tecnologia será disponibilizada para aparelhos comerciais.
Globo, via Techtudo, Origin e Engadget
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