sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Empresário considerado laranja conversou 12 vezes por telefone com advogado de Lula quando esteve internado

O Estado de S.Paulo

Enquanto esteve hospitalizado no Sírio Libanês, Glaucos da Costamarques, apontado como suposto laranja do ex-presidente Lula, trocou 12 telefonemas com o advogado do petista Roberto Teixeira, revela relatório de quebra de sigilo telefônico. O dado foi apresentado pela força-tarefa da Lava Jato no âmbito de incidente de falsidade instaurado sobre recibos de aluguel do apartamento vizinho à residência do petista em São Bernardo do Campo tratado pelos procuradores como suposta propina da Odebrecht. Segundo Glaucos, ele foi visitado por Teixeira enquanto estava hospitalizado um dia antes do contador João Muniz Leite aparecer no Sírio para que ele assinasse documentos referentes ao aluguel do imóvel. No entanto, o hospital não encontrou registros de visitas do advogado ao suposto laranja.

“Os elementos trazidos vêm a corroborar a narrativa feita por Glaucos da Costamarques a respeito de ter sido contatado por Roberto Teixeira durante a internação, período em que o contador João Muniz Leite compareceu ao hospital levando recibos para a colheita de assinaturas referentes à simulada locação do apartamento 121”, diz a Procuradoria.

Para a força-tarefa da Lava Jato, a Odebrecht custeou a compra do apartamento, em nome de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. Na mesma ação, ele responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12,5 milhões.

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