terça-feira, 26 de setembro de 2017

FOTO: Máquina apreendida em SP produzia 150 mil saquinhos de cocaína por dia. Faturamento diário seria de R$ 1,5 milhão

SAO PAULO,SP - 25/09/2017 - POLICIA DESMONTA LABORATORIO DE DROGAS NA ZONA LESTE - Policiais da Divisao de Narcoticos de Sao Paulo, estouraram nesta segunda-feira(25) um laboratorio de drogas na zona leste da capital paulista. No local duas maquinas envasadoras de saches de alimentos eram utilizadas para produzir cerca de 150 mil papelotes de cocaina por dia. 3 pessoas foram presas e conduzidas ao 1o DISE. (Foto: Amanda Gomes/folhapress) DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM
POR FOLHAPRESS

Criminosos utilizavam duas máquinas industriais para embalar 150 mil saquinhos de cocaína por dia na Vila Alpina, zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, o faturamento diário poderia chegar a R$ 1,5 milhão. Os equipamentos foram apreendidos ontem em uma casa de alto padrão no bairro.

Três pessoas foram presas na casa, sendo um homem de 40 anos que seria o responsável por administrar a “produção”, uma estudante de economia de 22 anos e uma mulher de 42. Outra mulher, de 28 anos, foi detida em uma casa em Indaiatuba (98 km de SP).

Segundo o delegado André Figueiredo, da 1ª Delegacia do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), os traficantes adaptaram máquinas usadas nas indústrias para fazer sachês de mostarda e catchup. O valor de cada um dos equipamentos pode chegar a R$ 500 mil.

As máquinas ficavam em uma edícula nos fundos da casa. A edícula tem isolamento acústico para que o barulho não chamasse a atenção dos vizinhos. A casa era alugada pelos bandidos.

Segundo a polícia, o local era apenas o responsável pela embalagem da droga. O entorpecente chegava à noite em sacos. O trio preso na casa colocava a cocaína em pó no equipamento, que embalava, em cada saquinho, 1 g da droga.

A droga era retirada para distribuição, em bairros da periferia, toda quinta-feira e sexta-feira. Cada pacote era vendido por R$ 10, segundo a investigação.

“É praticamente uma industria de embalagem e distribuição de drogas. Antigamente o trabalho era manual. Neste caso, a mão de obra é pouca, o lucro é bem grande, tem controle maior e não tem perda da droga. É a modernização do tráfico de drogas”, diz Figueiredo.

Segundo ele, a apuração começou após a equipe de investigação perceber que a embalagem da droga estava diferente e não era mais manual. A equipe ficou três meses apurando até chegar ao local com as máquinas.

Foram apreendidos no total cerca de 270 kg de cocaína. Dez quilos estavam na casa em Indaiatuba (ainda não embalados). O restante estava pronto para venda.

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