A decisão do Supremo de afastar o senador Aécio Neves (MG) do mandato é um revés não só para o tucano, mas também para Michel Temer. Com essa tacada, o STF deixou sem líder a ala do PSDB que prega o suporte ao presidente e deu mais poder a Tasso Jereissati (CE) — que defendeu o fim da aliança com o governo quando Temer foi denunciado pela primeira vez. Somados, os fatores podem reacender a crise existencial tucana e acabar com o clima de estabilidade na base governista.
A reviravolta para Aécio ocorre no momento em que deputados próximos a ele voltavam a questionar a permanência de Tasso como presidente interino do PSDB, sob o argumento de que ele não expressa o pensamento da maioria da legenda.
Diversos tucanos usaram a mesma expressão para definir o impacto da decisão do Supremo: “uma pancada”. Aliados disseram que Aécio ficou arrasado com a notícia e ressaltaram que a maior manifestação contra a posição da corte veio de Renan Calheiros (PMDB-AL), não de um correligionário.
Renan, aliás, é o patrono da tese de que o Senado precisa confirmar a determinação do Supremo. Queria, inicialmente, que a Mesa Diretora desse cabo do assunto. Sem um sinal verde, passou a articular a votação pelo plenário.
PAINEL FOLHA
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