O Globo
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, o procurador Lauro Coelho Junior afirmou que, depois de terem sido afastados da Eletronuclear pela comissão independente que apurava irregularidades na estatal, diretores e superintendentes montaram um escritório – ou um QG, nas palavras de um dos acusados interceptados em escuta telefônica. A partir daí, segundo o procurador, eles continuaram tendo contatos com outros funcionários e influenciando na Eletronuclear dando ordens. A “Operação Pripyat” foi a estreia da força-tarefa no Rio e apura sobretudo desvios de recursos na Usina Angra 3. No total de desvios, o Ministério Público Federal fala num de propinas de R$ 48 milhões a agentes políticos, executivos afastados e e ex-diretores da empresa.
O escritório funcionava em uma empresa que tinha contratos com a Eletronuclear. Lauro Coelho aponta ainda que, por meio do monitoramento telefônico, foi possível constatar a influência do atual presidente da estatal, Pedro Figueredo, para atrapalhar as investigações.
– Após o afastamento de parte desses diretores, as salas deles foram lacradas e, com intervenção do atual presidente, e isso foi confirmado pelo monitoramento, as salas foram violadas e eles entraram para retirar documentos – disse o procurador.
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