sábado, 16 de julho de 2016

Carlos Eduardo e seu histórico desprezo por vice

A aliança entre o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e o PMDB, controlado pelo primo ex-deputado e ex-ministro Henrique Eduardo Alves, anda enfrentando turbulências. O prefeito que teve todo interesse em atrair o PMDB para sua base de apoio a fim de viabilizar a administração, não abre de controlar a aliança.

Primeiro, Carlos Eduardo foi à rede sociais e mandou um aviso aos navegantes, segundo o qual se eleito for em outubro cumprirá integralmente o mandato que se iniciará em 1º de janeiro de 2017. Com o “aviso aos navegantes”, o prefeito deixou claro para os interessados na vaga de vice-prefeito que não pretende deixar o cargo em 2018 para ser candidato, possivelmente a governador.

Depois do balde de água fria nos interessados em ser companheiro de chapa em 2016, o prefeito declarou que o PMDB deverá indicar o candidato a vice-prefeito. Mas, avisou: não será qualquer um, não será empurrado goela abaixo porque ele, Carlos Eduardo, quer ter a palavra final, a de decidir ou praticamente escolher o seu companheiro de chapa e de administração.

As declarações do prefeito não surpreendem mais ninguém. Ele é conhecido pela forma fria e distante como trata os vices. Foi assim com Micarla de Souza na gestão iniciada em 2009, que terminou resultando em rompimento político e com a jornalista virando a principal adversária. Tem sido assim com a ex-governadora Wilma de Faria que, experiente e calejada pelas lutas políticas e a longa trajetória na vida pública, deixou para romper no final. Wilma assumiu o controle do PT do B e lançou a filha, deputada Márcia Maia, do PSDB, candidata ao posto ocupado por Carlos Eduardo.

Diante do histórico desprezo de Carlos Eduardo Alves e das recentes declarações, o PMDB deverá analisar seu posicionamento. Henrique Alves já não está mais no centro do poder, depois de ser alvejado por denúncias na esteira da Operação Lava Jato. E o PMDB tem vários nomes à disposição para escolher um candidato. O problema é encontrar alguém com perfil para ser coadjuvante e sem direito a fazer algo do papel decorativo. Afinal, para Carlos Eduardo, vice não passa de vice. E pronto.

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