terça-feira, 14 de junho de 2016

Conselho Nacional do Ministério Público faz ato de apoio a Rodrigo Janot

Do Globo:
Lava-Jato: ‘Vou do céu ao inferno em 24 horas’, diz Janot
CNMP faz ato de apoio ao procurador-geral, alvo de críticas na condução das investigações
POR VINICIUS SASSINE
BRASÍLIA — Alvo de críticas de políticos investigados na Lava-Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a vida é um “carrossel” e que vai “do céu ao inferno” em 24 horas. As afirmações foram feitas na sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na manhã desta terça-feira.
O colegiado é presidido por Janot. Os conselheiros fizeram um ato de apoio ao procurador-geral e lembraram que ele conta com o respaldo da população na condução das investigações da Operação Lava-Jato.
“Nesse momento de turbilhão que a gente vive, a vida, de acordo com o encaminhar dos fatos, é um carrossel. Você está do céu ao inferno em 24 horas. Não se agrada ninguém. A atividade de investigação é sempre descobrir. A investigação profissional não tem ideologia, não tem lado”, afirmou Janot.
O procurador-geral pediu a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
Os três primeiros são suspeitos de orquestrar ações contra a Lava-Jato, como revelou O Globo. 
O ministro Teori Zavascki ainda não decidiu sobre as solicitações.
Os pedidos de prisão são mantidos sob sigilo, e ainda não se sabe se o embasamento extrapola as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o mais novo delator da Lava-Jato. 
Janot enviou nesta segunda-feira à noite um ofício à diretoria geral da Polícia Federal (PF) pedindo abertura de inquérito para investigar o vazamento de informações.
Machado delatou principalmente os peemedebistas do Senado. Como prova, gravou conversas mantidas com eles. 
O procurador-geral pediu à Polícia Federal (PF) abertura de inquérito para investigar o vazamento de informações sobre as prisões.
“Deus me livre do local em que o investigador possa escolher previamente a pessoa que quer investigar. Isso aí não é a democracia, isso não é um Estado de Direito. As investigações nos levam para um ou para outro caminho. Temos de ser retos enquanto atividade investigadora, independentemente de quem deva ser, com todo respeito e garantia constitucional, investigado e republicanamente receber o mesmo tratamento. Confesso que em determinado momento não é fácil”, disse Janot.

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