A comissão de impeachment do Senado negou novamente, nesta segunda-feira (20), a inclusão das gravações feitas por Sérgio Machado com integrantes da cúpula do PMDB ao processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
O pedido foi feito pelo advogado da petista, José Eduardo Cardozo, sob a alegação de que eles sustentam a tese de que a aceitação do caso é oriunda de uma articulação para barrar o avanço das investigações da Operação Lava Jato, o que comprovaria que houve desvio de finalidade na origem do processo.
O ex-presidente da Transpetro gravou conversas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Os áudios integram a delação premiada de Machado e começaram a ser revelados pela Folha no mês passado.
Cardozo alegou que, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski indeferiu o primeiro pedido feito pela defesa, ele o fez porque o conteúdo das gravações ainda estava sob sigilo. Como o segredo da delação foi retirado pelo STF, Cardozo argumenta agora que as gravações podem ser compartilhadas com a comissão.
O relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB-MG), indeferiu o pedido por considerar que ele é estranho aos pontos analisados na denúncia. Em seguida, os integrantes do colegiado votaram e mantiveram o entendimento do tucano. Cardozo deve recorrer ao presidente do STF.
Folha
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