O número de mortos no
navio-plataforma do Espírito Santo subiu para cinco, segundo a empresa
BW, responsável pela embarcação. O total de feridos também teve
alteração: de dez para 14.
O acidente, registrado na tarde desta
quarta-feira (11) no navio FPSO Cidade de São Mateus próximo a Aracruz, é
o pior em número de vítimas em plataformas contratadas ou operadas pela
Petrobras desde 2001, quando 11 pessoas morreram em duas explosões.
No final da noite de ontem, as buscas
pelos desaparecidos foram interrompidas e só retomadas nesta quinta
(12). Segundo diretores do sindicato dos petroleiros do Estado.
O navio, que atua nos campos de
Camarupim e Camarupim Norte a cerca de 120 km da costa, estava a 40 km
do litoral quando a explosão, na casa de bombas, provocou um incêndio,
depois controlado.
Não houve derramamento de óleo. A
plataforma, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), “está
estabilizada”. A produção, no entanto, foi suspensa.
Durante a noite desta quarta (11), os
trabalhadores que desembarcaram do navio e não estavam feridos eram
levados para um hotel em Vitória, junto aos familiares. No local, eles
eram recebidos por assistentes sociais e psicólogos.
“Descobri que a plataforma em que ele
estava explodiu pela TV. Só consegui falar com ele depois. A empresa não
dava informação e tinha hora que nem atendia”, afirmou Maria Helena
Donateli, 55, mãe do técnico Diego Donateli, 29, que estava na
plataforma. “Ele disse que só ouviu a explosão, não viu fogo. Logo
depois, começou a ver os funcionários sangrando”, completou.
No fim da noite desta quarta, restavam
seis funcionários da empresa dentro da plataforma, além dos mortos e
desaparecidos. Segundo o sindicato, eles participavam das buscas e
fiscalizavam a situação das instalações.
HISTÓRICO
A sigla FPSO significa, em português,
navio-plataforma estocante de produção. Trata-se de uma plataforma de
pequeno porte, com a produção de apenas 2.200 barris por dia de petróleo
em águas rasas. O número corresponde a apenas 0,1% da extração total de
óleo da Petrobras.
As plataformas de grande porte da estatal produzem, a plena capacidade, entre 150 mil e 180 mil barris por dia.
Folha Press
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