Por interino
Cientistas
britânicos descobrem tratamentos de câncer mais eficazes que podem
substituir as quimioterapias em breve, graças a um projeto de primeiro
mundo para encontrar os genes responsáveis por essa doença tão
complexa e perigosa.
O projeto, que existe há quatro anos,
está sendo executado por uma equipe de pesquisadores da Genomics England
– propriedade do Ministério Britânico de Saúde – que vai trabalhar ao
lado de pesquisadores de diversas universidades na Grã-Bretanha, a
Wellcome Trust, o Great Ormond Street Hospital e UK’s Medical Research
Council.
Alguns
dos 75.000 voluntários de Londres, Cambridge e Newcastle com câncer e
doenças raras, oferecerão o seu material genético para sequenciamento e
acompanhamento ao longo dos próximos anos. Tanto as suas células
saudáveis quanto as afetadas por câncer terão mapeamento genético como
parte do projeto, e seus parentes próximos também terão seus genomas
sequenciados para comparação.
De acordo com a BBC, o primeiro genoma
foi sequenciado no dia 30 de maio deste ano, e a equipe já ultrapassou a
marca de 100 genomas. Eles pretendem ter 1.000 genomas sequenciados até
o final do ano, e, se tudo correr como planejado, eles terão 10 mil
genomas sequenciados até o final de 2015.
“Daqui a vinte anos existirão terapias,
em vez de quimioterapia, que serão abordagens muito mais direcionadas ao
tratamento”, disse Jeremy Farrer, chefe da Wellcome Trust, em
declaração à imprensa.
“O entendimento do código genético dos
humanos não só será fundamental para a medicina do futuro, como também é
uma parte essencial da medicina atual. Na doença congênita rara, no
câncer e nas infecções, percepções genômicas já estão transformando o
diagnóstico e o tratamento dos pacientes”.
A
equipe espera que o projeto de US$ 545 milhões de dólares irá permitir o
desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes para o câncer e
outras doenças. Estes novos tratamentos também devem ser menos invasivos
do que a quimioterapia, causando também menos efeitos colaterais.
Sarah Knapton diz que um exemplo deste
tipo de tratamento, é o Herceptin, que é uma nova droga projetada
especificamente para as mulheres que sofrem de um tipo particular de
câncer de mama, causado por aumento da atividade do gene HER2.
“Regras de confidencialidade estritas
serão aplicadas, e em circunstâncias normais, os pacientes não serão
pegos de surpresas por imprevistos que possam afetar a sua saúde”, diz
Knapton. “As descobertas úteis serão enviadas diretamente aos médicos
encarregados de seus tratamentos”, finalizou.
Jornal Ciência
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