TRANSPORTE
Nadjara Martins
Repórter
O martelo está praticamente batido: haverá aumento da passagem de ônibus urbano. Ontem, em reunião do Conselho do Usuário, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) apresentou o resultado do estudo sobre a viabilidade econômica do transporte público municipal. De acordo com o levantamento, será necessário aumento de no mínimo R$0,10, elevando a passagem para R$ 2,30. O valor ainda passará por nova análise do conselho, na próxima quarta-feira (16) e do prefeito Carlos Eduardo Alves, por isso ainda não há data para que entre em vigor.
Repórter
O martelo está praticamente batido: haverá aumento da passagem de ônibus urbano. Ontem, em reunião do Conselho do Usuário, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) apresentou o resultado do estudo sobre a viabilidade econômica do transporte público municipal. De acordo com o levantamento, será necessário aumento de no mínimo R$0,10, elevando a passagem para R$ 2,30. O valor ainda passará por nova análise do conselho, na próxima quarta-feira (16) e do prefeito Carlos Eduardo Alves, por isso ainda não há data para que entre em vigor.
Adriano Abreu
Empresários do transporte consideram novo valor “fora da realidade” e reafirma que a tarifa deve ficar entre R$ 2,56 e R$ 2,80
“Tudo indica que sim (haverá aumento), mas ainda dependemos da análise do conselho e do prefeito”, enfatiza Elequicina Santos, secretária municipal de mobilidade. De acordo com a titular da pasta, no estudo, a secretaria apenas atualizou os valores da tabela Geipot, elaborada pelo Ministério dos Transportes. A tabela elenca todos os custos do transporte público, como manutenção, combustível, pessoal . O documento foi solicitado pela TRIBUNA DO NORTE, mas a secretária afirmou que não estava com o documento.O estudo sobre o reajuste foi realizado pela Prefeitura após provocação do Ministério Público do Trabalho, em junho. Na época, a greve dos rodoviários foi deflagrada após as empresas de ônibus se recusarem a negociar a database, uma vez que não teriam “equilíbrio financeiro” para conceder aumento de salário sem reajuste da tarifa. Mesmo sem ter envolvimento direto com a negociação o Município se comprometeu a reavaliar a tabela até 15 de julho.
Mesmo com a proposta de aumento da tarifa para R$2,30, o levantamento foi questionado pelos integrantes do Conselho do Usuário, formado por 23 entidades da sociedade civil. Apenas 14 compareceram à reunião de ontem.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Natal (Seturn) afirmou que a proposta da Prefeitura está “fora da realidade”, uma vez que não utiliza os valores atualizados. Nas reuniões anteriores, o sindicato apresentara duas propostas de reajuste para R$2,80 – considerando a inflação do país desde o último aumento, em 2011, e os gastos do setor – e outra de R$ 2,56, considerando apenas a inflação acumulada.
“Não houve apresentação de planilha, apenas o resultado, mas o conselho solicitou e a Semob ficou de nos enviar. Nós vamos pegar a mesma planilha e a-tualizá-la com os valores que utilizamos no nosso cálculo”, informou o consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga.
O sindicato critica os valores utilizados pela Prefeitura. “Precisamos corrigir as distorções. No ano passado, o aumento já era de R$ 2,33, como é que um ano depois ela diminuiu para R$ 2,30?”, questionou Queiroga.
O Sindicato dos Transportes Alternativos do RN (Sitoparn) também critica o posicionamento do município. Segundo o presidente do sindicato, José Pedro dos Santos, o reajuste não era necessário no momento, mas a unificação definitiva do sistema de passagens. O projeto de lei da Bilhetagem Eletrônica – utilização de um só sistema de passagens por alternativos e coletivos – foi sancionado pelo prefeito em fevereiro deste ano, mas discordâncias entre os sindicatos e a Prefeitura impedem a implantação.
“Para o Sitoparn, o reajuste não importa agora, mas a unificação da passagem. Hoje a Semob não tem controle do sistema de venda de passagens, depende do que é passado pelo Seturn”, critica José Pedro Santos. Segundo ele, se todos os alternativos voltassem a circular na cidade – apenas 45 dos 165 carros rodam por causa da “inviabilidade do sistema – o lucro seria de R$ 8 mil ao mês para os permissionários.
Em contrapartida ao reajuste, a Semob solicitou a aquisição de 60 novos ônibus pelo Seturn, além do descarte de 20 ônibus da frota que estão com mais de sete anos.
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