AUMENTO
O anúncio de um possível reajuste da ordem de R$ 0,10 na tarifa de ônibus foi considerado “insuficiente” pelos empresários do transporte coletivo em Natal. O Seturn bate o pé e afirma que o valor ainda não garante o equilíbrio econômico das empresas. De acordo com o sindicato, os R$0,10 não seriam suficientes para cobrir sequer o custo com o dissídio. Representantes do setor tiveram reunião na última sexta-feira, 20, com o prefeito Carlos Eduardo Alves.
Júnior Santos
Depois de receber empresários, ontem Carlos Eduardo conversou com representantes do Sintro/RN
“Se vier só o reajuste não adianta. O que a maioria das cidades tem feito é a desoneração e o reajuste: mesmo que o percentual seja pequeno, associado a ele vem o subsídio. Vinte das capitais não cobra os 5% do Imposto Sobre Serviço (ISS) do óleo diesel”, afirma Nilson Queiroga, consultor técnico do sindicato.
Nos cálculos feitos pelo Seturn, o reajuste da tarifa deve beirar os R$0,30 centavos para compensar os custos das empresas. A quantia seria o acúmulo de reajustes necessários ao longo dos últimos três anos. “Mesmo que esse reajuste resolvesse a questão de pessoal, que corresponde a 45% dos nossos gastos, não resolveria os custos com manutenção, óleo diesel”, afirma Queiroga.
De acordo com o sindicato, o problema hoje não é a tabela utilizada pela Semob para calcular a tarifa do ônibus, mas o preenchimento da tabela – Queiroga afirma que os valores utilizados são desatualizados, criando uma “tarifa surreal.” “A Semob preenche o valor do óleo diesel gasto por quilômetro com base em um micro-ônibus, quando a frota é composta por ônibus de grande porte”, acusou.
O Seturn ainda não possui um balanço sobre os prejuízos causados pelos onze dias de greve. A expectativa é que o sindicato tenha as perdas calculadas até quarta-feira. “Sabemos que 70% dos custos da empresa são fixos. Ou seja, mesmo que só esteja rodando com 50%, o custo é o mesmo”, acrescentou o diretor técnico. Nesta terça-feira, 24, último jogo da Copa do Mundo em Natal, o Sintro afirmou que vai manter 100% da frota nas ruas, conforme determinação do TRT/RN.
Memória da greve
• Abril e maio – Negociações da data base dos rodoviários
• 26 de maio – Seturn e Sintro vão à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para negociação do primeiro dissídio coletivo
• 6 de junho – Seturn divulga nota oficial solicitando reajuste da tarifa para que a convenção coletiva dos rodoviários seja cumprida
• 12 de junho – Sintro deflagra greve dos rodoviários por tempo indeterminado. Eles pleiteiam reajuste salarial de 16% e vale-refeição de R$197 para R$400. Apenas 30% da frota está nas ruas
– Ministério Público do Trabalho convoca reunião de emergência com Sintro e Seturn. Oferece reajuste de 5,82%
• 13 de junho – Reunião de conciliação no MPT. Sindicatos não acatam proposta de reajuste. Justiça acata ação que determina frota de 70% em horários de pico e 50% horários normais
• 19 de junho – Tribunal Regional do Trabalho convoca reunião de conciliação. TRT oferece reajuste de 7,32%, mais vale de R$450. Seturn não acata
– Sintro decide manter 100% da frota na rua durante os dias de jogos da Copa na capital
• 20 de junho – Prefeitura se reúne com empresários do transportes
• 24 de junho – Prefeitura se reúne com Sintro e anuncia possibilidade de reajuste na tarifa
• 15 de julho é a data em que a Semob vai entregar planilha sobre o transporte público em Natal
De acordo com o sindicato, o problema hoje não é a tabela utilizada pela Semob para calcular a tarifa do ônibus, mas o preenchimento da tabela – Queiroga afirma que os valores utilizados são desatualizados, criando uma “tarifa surreal.” “A Semob preenche o valor do óleo diesel gasto por quilômetro com base em um micro-ônibus, quando a frota é composta por ônibus de grande porte”, acusou.
O Seturn ainda não possui um balanço sobre os prejuízos causados pelos onze dias de greve. A expectativa é que o sindicato tenha as perdas calculadas até quarta-feira. “Sabemos que 70% dos custos da empresa são fixos. Ou seja, mesmo que só esteja rodando com 50%, o custo é o mesmo”, acrescentou o diretor técnico. Nesta terça-feira, 24, último jogo da Copa do Mundo em Natal, o Sintro afirmou que vai manter 100% da frota nas ruas, conforme determinação do TRT/RN.
Memória da greve
• Abril e maio – Negociações da data base dos rodoviários
• 26 de maio – Seturn e Sintro vão à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para negociação do primeiro dissídio coletivo
• 6 de junho – Seturn divulga nota oficial solicitando reajuste da tarifa para que a convenção coletiva dos rodoviários seja cumprida
• 12 de junho – Sintro deflagra greve dos rodoviários por tempo indeterminado. Eles pleiteiam reajuste salarial de 16% e vale-refeição de R$197 para R$400. Apenas 30% da frota está nas ruas
– Ministério Público do Trabalho convoca reunião de emergência com Sintro e Seturn. Oferece reajuste de 5,82%
• 13 de junho – Reunião de conciliação no MPT. Sindicatos não acatam proposta de reajuste. Justiça acata ação que determina frota de 70% em horários de pico e 50% horários normais
• 19 de junho – Tribunal Regional do Trabalho convoca reunião de conciliação. TRT oferece reajuste de 7,32%, mais vale de R$450. Seturn não acata
– Sintro decide manter 100% da frota na rua durante os dias de jogos da Copa na capital
• 20 de junho – Prefeitura se reúne com empresários do transportes
• 24 de junho – Prefeitura se reúne com Sintro e anuncia possibilidade de reajuste na tarifa
• 15 de julho é a data em que a Semob vai entregar planilha sobre o transporte público em Natal
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