Os dias de chuva vividos no final da semana passada pela Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, agravou problemas e revelou a verdadeira situação de abandono do hospital. Na manhã desta quarta-feira (18), os servidores da saúde municipal, em greve há 45 dias, denunciaram o acúmulo de lixo nos fundos da maternidade, inclusive lixo hospitalar, que permanece por vários dias armazenado inadequadamente.
Segundo os servidores, o lixo hospitalar costuma passar ainda mais tempo que o lixo comum no local, à espera de autorização para retirada. Os sacos chegam a ultrapassar os limites da sala reservada para este fim e se acumulam na área externa da maternidade, sem nenhuma proteção. Do outro lado da rua, dois restaurantes precisam conviver com o mal cheiro e com a presença constante de insetos, além do alto risco de contaminação.
Após o problema ser informado a alguns jornalistas, que procuraram os servidores para conhecer de perto a realidade do hospital, o lixo comum foi rapidamente retirado do local ainda na terça-feira (17). Porém, o mal cheiro continuou forte e não foi feita nenhuma limpeza na sala de armazenamento, que continuava com bastante chorume espalhado pelo piso.
No domingo passado (15), o teto da recepção desabou com as fortes chuvas e as pacientes da Unidade de Terapia Clínica (UTC) precisaram ser transferidas para outro setor, por causa de rachaduras nas paredes e no teto. A UTC continua isolada e, embora o gesso do teto da recepção tenha sido restaurado, a goteira continua, mantendo a ameaça de desabamento. Na quinta-feira (12), o Centro Cirúrgico ficou alagado com águas de esgoto e precisou ser interditado por mais de 12 horas. Ao todo, 5 salas foram atingidas.
Dificuldades na casa de apoio às mães
A Maternidade Divino Amor dispõe, em suas proximidades, de uma casa de apoio às mães com crianças internadas na UTI Neonatal. A Casa da Mãe Feliz, nome do lugar, abriga até 10 mães, às vezes por 1 ou 2 meses.
Entretanto, atualmente a casa tem problemas estruturais, como falta de colchões, sofás rasgados, camas, cadeiras e torneiras quebradas, além dos problemas que se repetem no prédio da maternidade: infiltrações e vazamentos nos banheiros, fiação elétrica exposta e muito mofo, principalmente nas paredes dos quartos.
A coordenação da casa informou que costuma solicitar reparos, mas nem sempre a casa é atendida como deveria. O último pedido foi feito na semana passada e a Secretaria Municipal de Saúde pediu um prazo de 10 dias para solucionar os problemas. Enquanto isso, as mães ficam à espera de melhores condições. O MP?
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