Joaquim Pinheiro
Repórter de Política
A aprovação de um requerimento de autoria da vereadora Júlia Arruda, do PSB, condicionando a implementação da Reforma Administrativa proposta pelo prefeito Carlos Eduardo à aprovação da data base dos servidores municipais provocou discussões, denúncias e ataques de ordem pessoal, principalmente entre o vereador Maurício Gurgel e a sindicalista Soraya Godeiro, que se aliou a vereadores da base aliada do prefeito na defesa da aprovação da Reforma Administrativa e passou a agredir verbalmente o vereador Maurício Gurgel chamando-o de “playboy”. O vereador do PHS retrucou dizendo não ter medo das agressões de Soraya e denunciou que a sindicalista “já ganhou dinheiro de vereadores”, em referência ao fato de que a sindicalista havia processado parlamentares e teria obtido êxito. Disse também que Soraya Godeiro “negociou mal e os servidores não terão aumento digno, enquanto os cargos comissionados terão 162 por cento”, disse ele.
O vereador Jacó Jácome solidarizou-se com Maurício Gurgel dizendo que ele (Maurício) tem competência para fazer os questionamentos porque entende de finanças. E completou: “ninguém tem o direito de desrespeitar vereador. Os servidores estão sendo enganados e isso aqui não é palanque eleitoral”, ressaltou o vereador, enquanto a propositora do requerimento, Júlia Arruda esclareceu que o requerimento é uma alternativa para resolver o impasse estabelecido na votação da Reforma Administrativa. “Essa reforma é um golpe contra os servidores que não estão entendendo isso e deram uma carta branca ao prefeito Carlos Eduardo”, disse a vereadora Amanda Gurgel, criticando em seguida a terceirização e defendendo a instituição do concurso público. Dirigindo-se aos servidores, Amanda Gurgel fez a seguinte pergunta: “vocês não acham estranho que a bancada do governo esteja defendendo os servidores nesse momento”.
DEFESA INTRANSIGENTE
Vários vereadores da base aliada, entre eles, o líder Júlio Protásio, Chagas Catarino e Ubaldo Fernandes pronunciaram-se favoráveis à Reforma Administrativa. “Comprometo-me em ajudar os servidor e avançar em sua negociação como o prefeito. Se chegar nesta Casa algum retrocesso em relação à Data Base, nós não votaremos. Se o prefeito descumprir o acordo, me comprometo a votar pela derrubada do veto do Executivo. Mas o percentual de reajuste é feito em mesa de negociação pelo Poder Executivo. Meu compromisso é avançar, mas não posso cometer o erro de acordar valor nenhum porque não posso intervir no outro Poder”, esclareceu o líder. Fernando Lucena, que ao lado de Sandro Pimentel, Amanda Gurgel, Marcos Antonio, Jacó Jácome e Maurício Gurgel, são os maiores críticos da reforma, afirmou: “Nós estamos tentando alertar esses trabalhadores. Se o prefeito mandar para esta Casa 2,2 por cento de reajuste, ele já estará cumprindo esse compromisso que não representa nenhum avanço”.
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