segunda-feira, 19 de maio de 2014

Procurador Miguel Josino tem morte cerebral confirmada em nota do Hospital do Coração. Procurador levou uma queda de uma altura de aproximadamente 3 metros e não resistiu

Foto: divulgação
Foto: divulgação
Médicos do Hospital do Coração confirmaram em boletim médico divulgado no início da tarde de hoje a morte cerebral do procurador-geral do Estado, Miguel Josino Neto. Ele estava em coma desde a noite deste domingo, quando caiu da laje localizada no primeiro andar do prédio onde morava, em Candelária.
“O Procurador geral do Estado, Miguel Josino Neto, de 48 anos, foi internado ontem às 17h50 na UTI do Hospital do Coração com traumatismo crânioencefálico. Miguel Josino foi atendido pelos médicos Eduardo Ernesto, Nilson Pinheiro Júnior, Gutemberg Gurgel , Ana Cláudia Solano e Madson Vidal. A equipe, apesar de toda assistência dedicada ao paciente, constatou dano cerebral irreversível. Os exames feitos hoje reafirmaram o diagnóstico inicial, se configurando um quadro de morte encefálica”, apontou a nota enviada pela assessoria de imprensa do Hospital do Coração.

A internação ocorreu no final da tarde deste domingo. Miguel Josino fazia um churrasco para amigos em seu apartamento (no primeiro andar), quando caiu da laje, onde estava colocada a churrasqueira. O PGE sofreu traumatismo na meduça e na cabeça e foi levado já inconsciente para o Hospital, onde ficou em coma, respirando através de aparelhos, com condições hemodinâmicas instáveis e sem responder a estímulos dos médicos.

A condição delicada, no entanto, não significou morte cerebral. Isso só ocorreu no início da tarde de hoje, após uma série de exames e procedimentos realizados pela equipe médica da unidade.
QUEDA –  O local de onde o Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, levou a queda é exclusiva do morador do primeiro andar do prédio onde reside. Essa área livre já estava prevista desde o projeto estrutural do prédio.
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Segundo informações de moradores do edifício, essa área nunca teve proteção e o Procurador a usava para colocar plantas, que também serviriam como uma espécie de proteção. Da laje dessa área até o térreo, a altura é de aproximadamente 3 metros.

MIGUEL JOSINO
Procurador do Estado de carreira, Miguel Josino marcou sua gestão como PGE (está no cargo desde o início do Governo Rosalba Ciarlini) com uma postura bem atuante – e as vezes polêmicas. Josino, por exemplo, foi um dos críticos ao pagamento de supersalários por parte do Executivo; reclamou da necessidade do Estado sempre ter que recorrer de decisões em que era condenado (pregava a conciliação) e a injustiça que era a demora no pagamento de precatórios.

Outro posicionamento polêmico do PGE era a respeito das greves de diferentes categorias, a quem quase sempre pedia a ilegalidade, afirmando, justamente, que era preferível o diálogo ao radicalismo de uma paralisação de atividades, uma vez que a população é a única prejudicada.

Na última entrevista que concedeu aO Jornal de Hoje, na última terça-feira (13), por telefone de Brasília, o procurador geral do Estado, Miguel Josino Neto, disse que trabalhava para realizar ainda este ano um concurso público de provimentos de cargos para novos procuradores da PGE, que tem a responsabilidade de administrar um estoque de R$ 5 bilhões a receber da Dívida Ativa do do RN. Ou seja, dinheiro que tem o o governo estadual como credor e que rende mensalmente aos cofres públicos entre R$ 1,5 milhões a R$ 2,5 milhões.

Miguel Josino não escondia a preocupação, como procurador de carreira há mais de 20 anos, com a situação vivida pela PGE, reduzida a um contingente perigosamente pequeno de procuradores e servidores, que por isso mesmo impunha a possibilidade de perda de prazos em processos e recursos. Pelo telefone, Josino lamentou o fato da Procuradoria contar com 70 funcionários terceirizados, uma ilegalidade inconcebível, como fez questão de ressaltar.

Bem relacionado, articulado, bem bem com a vida, Miguel Josino vivia uma boa fase da vida, sem perder o senso crítico sobre os problemas que enfrentava no dia a dia pela falta de pessoal e condições de trabalho na PGE.

No ano passado, depois de voltar de férias na Europa, Josino interrompeu o recesso para falar com o JH. Encontrou seu gabinete com o ar condicionado quebrado e na iminência de ter que cortar a assinatura de publicações como forma de conter custos. Na semana passada, pelo telefone, o procurador voltou a repetir antigas críticas à falta de pessoal na PGE e mencionou sua esperança de achar uma empresa para realizar, ainda este ano, o concurso público, apesar das eleições de outubro. “Não estou em Brasília só para isso, mas estou muito esperançoso em realizar esse concurso”, afirmou.
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