A equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Mossoró deflagrou uma operação policial batizada de “Marquês”, com o objetivo de cumprir um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Mossoró. Na ação, foi preso Jackson Adriano Pereira da Cunha, vulgo “Rabicó”, 38 anos, investigado por arquitetar e executar a prática de golpes envolvendo “carros de estouro”.
A operação Marquês se iniciou no último dia 21 de maio e resultou também na apreensão de três veículos de “estouro”, sendo um Pálio Weekend, um Ford Fusion e uma Toyota Hillux. O acusado era proprietário de uma concessionária de veículos, atuando no ramo de compra e venda de veículos novos e semi-novos no comércio mossoroense.
Segundo as investigações feitas pela equipe da Polícia Civil, Jackson Adriano contraía fraudulentamente financiamentos de veículos junto às instituições financeiras de crédito, através de supostos clientes que apresentavam nomes e documentos falsificados. As vendas simuladas de veículos automotores teriam sido firmadas através de sua loja para uma possível vítima pagar, obtendo assim o investigado vantagens indevidas decorrentes do crédito liberado pelo financiamento e ludibriando e causando prejuízos a financeira.
O Delegado José Vieira de Castro, titular da Delegacia de Defraudações de Mossoró, explicou como era o modus operandi do acusado. “Ele simulava a venda de veículos automotores pela sua loja a um “testa de ferro”, o qual por sua vez se apresentava falsamente por outra pessoa, e em seguida encaminhava a documentação para a financeira, para contratar o financiamento bancário”, contou.
O delegado explicou ainda que “por conseqüência disso, era celebrado o financiamento a partir da liberação dos valores para o acusado e, em garantia ao integral cumprimento da obrigação, era repassada a posse precária do veículo alienado. Posteriormente, esse veículo era levado para descaminho e as pessoas que figuravam como adquirentes (vítimas) eram surpreendidas com o débito do financiamento a pagar”.
“Constatamos que o preso recrutava pessoas para se passarem falsamente por compradores e ainda lhes dava documentos falsos para obterem financiamentos bancários, fazendo constar nas cédulas de crédito e nos contratos de financiamentos declaração falsa, ao falsificarem assinaturas alheias”, concluiu o delegado. A Polícia Civil investiga agora a atuação dos receptadores, que terão nomes preservados para não atrapalhar as investigações.
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