domingo, 25 de maio de 2014

Delegacia de defraudações de Mossoró prende golpista e apreende diversos carros de ‘estouro.’ O acusado era proprietário de uma concessionária de veículos, atuando no ramo de compra e venda de veículos novos e semi-novos

carro apreendido na Operação Marquês (1)
A equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Mossoró deflagrou uma operação policial batizada de “Marquês”, com o objetivo de cumprir um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Mossoró. Na ação, foi preso Jackson Adriano Pereira da Cunha, vulgo “Rabicó”, 38 anos, investigado por arquitetar e executar a prática de golpes envolvendo “carros de estouro”.

A operação Marquês se iniciou no último dia 21 de maio e resultou também na apreensão de três veículos de “estouro”, sendo um Pálio Weekend, um Ford Fusion e uma Toyota Hillux. O acusado era proprietário de uma concessionária de veículos, atuando no ramo de compra e venda de veículos novos e semi-novos no comércio mossoroense.
Jacson_Adriano_Pereira_da_Cunha,_vulgo_Rabicó
Segundo as investigações feitas pela equipe da Polícia Civil, Jackson Adriano contraía fraudulentamente financiamentos de veículos junto às instituições financeiras de crédito, através de supostos clientes que apresentavam nomes e documentos falsificados. As vendas simuladas de veículos automotores teriam sido firmadas através de sua loja para uma possível vítima pagar, obtendo assim o investigado vantagens indevidas decorrentes do crédito liberado pelo financiamento e ludibriando e causando prejuízos a financeira.

O Delegado José Vieira de Castro, titular da Delegacia de Defraudações de Mossoró, explicou como era o modus operandi do acusado. “Ele simulava a venda de veículos automotores pela sua loja a um “testa de ferro”, o qual por sua vez se apresentava falsamente por outra pessoa, e em seguida encaminhava a documentação para a financeira, para contratar o financiamento bancário”, contou.

O delegado explicou ainda que “por conseqüência disso, era celebrado o financiamento a partir da liberação dos valores para o acusado e, em garantia ao integral cumprimento da obrigação, era repassada a posse precária do veículo alienado. Posteriormente, esse veículo era levado para descaminho e as pessoas que figuravam como adquirentes (vítimas) eram surpreendidas com o débito do financiamento a pagar”.
“Constatamos que o preso recrutava pessoas para se passarem falsamente por compradores e ainda lhes dava documentos falsos para obterem financiamentos bancários, fazendo constar nas cédulas de crédito e nos contratos de financiamentos declaração falsa, ao falsificarem assinaturas alheias”, concluiu o delegado. A Polícia Civil investiga agora a atuação dos receptadores, que terão nomes preservados para não atrapalhar as investigações.

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