A
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou na última
terça-feira parte do Programa Estadual de Controle da Dengue, o balanço
dos registros de notificações de dengue até o dia cinco de abril. Até
então, foram registrados 2.303 casos de suspeita da doença em todo o Rio
Grande do Norte, uma queda de 65,56% em comparação ao mesmo período do
ano passado, quando foram registradas 6.687 notificações.
De acordo
com a Sesap, dos 167 municípios do RN, 14 apresentaram alta incidência
da doença, sendo os cinco com maior volume de notificações: Parelhas
(567 casos), Natal (294 casos), Rafael Fernandes, (279 registros), Pau
dos Ferros (179 notificações), e Riacho de Santana (138 suspeitas).
A
técnica responsável pelo Programa de Controle da Dengue, Sílvia Dinara
Alves, disse que, com a nova classificação da doença pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), implantada no Brasil este ano, é possível
diagnosticar casos suspeitos com mais precisão, reduzindo os riscos de
morte pela doença, pois pessoas que vivem ou fizeram viagem nos últimos
14 dias para áreas com maior incidência de dengue e presença do mosquito
Aedes aegypti e apresentarem febre acompanhada de dor de cabeça,
náusea, vômitos ou manchas avermelhadas na pele, já podem ser
considerada como caso suspeito de dengue.
"A mudança permitiu
aumentar a sensibilidade na identificação dos sinais de alarme da
dengue, bem como de casos suspeitos, propiciando que o paciente seja
manejado oportuna e adequadamente, de modo a impedir a evolução clínica
para o agravamento da doença e para o óbito", disse Sílvia Alves.
Técnica do Programa de Controle da Dengue chama a atenção para sintomas de agravamento da doença
Os
médicos chamam a atenção para alguns sintomas que, se acompanhados de
febre, podem indicar que o paciente está com dengue com sinais de
alarme, como: dor abdominal contínua, sangramento das mucosas,
acumulação de líquidos. Os casos em que o paciente apresenta
taquicardia, hipotensão arterial, extremidades frias e acumulação de
líquidos com insuficiência respiratória são considerados como sendo de
dengue grave e exigem imediata atuação das equipes médicas.
A técnica
Sílvia Dinara aconselha àqueles que apresentarem qualquer sintoma de
agravamento que vão a um posto de saúde ou hospital mais próximo,
evitando a automedicação, que além de mascarar sintomas da doença, pode
levar a complicações do quadro clínico.
"Trata-se de uma doença
séria, que pode evoluir rapidamente a óbito, embora os sintomas sejam
semelhantes aos de uma virose comum", disse.
A dengue é uma doença
considerada endêmica no Brasil, ou seja, com presença constante, devido
às nossas características geográficas e temporais favoráveis ao
desenvolvimento do mosquito: clima quente e com presença de chuvas ao
longo de todo o ano. O Ministério da Saúde afirma que, as principais
medidas de combate ao mosquito continuam sendo a prevenção, como usar
larvicidas, evitar o acúmulo de água parada, seja no pratinho da planta,
ou nos entulhos do quintal, além de lavar pelo menos uma vez a cada
sete dias os recipientes de armazenamento, como tambores e potes,
deixando-os sempre tapados.
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