sexta-feira, 11 de abril de 2014

Índice de carteiras assinadas recua no trabalho doméstico

A+ A-
Rio (AE) – A formalização do mercado de trabalho aumentou no Brasil, mas não para empregados domésticos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, enquanto o percentual de empregados da iniciativa privada com carteira assinada subiu de 76,1% para 77,1%,  na categoria de trabalhadores domésticos houve redução. O percentual recuou de 31,3% para 31,1%.

A queda foi registrada no mesmo ano em que foi aprovada a PEC das Domésticas, que garante uma série de direitos trabalhistas a esses empregados. A comparação é feita entre o último trimestre de 2012 e o mesmo período de 2013. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, analistas apontam como hipótese para explicar o recuo o fato de algumas mensalistas com carteira assinada terem sido trocadas por diaristas. A pesquisa do IBGE, no entanto, não possui dados para mensurar esse suposto fenômeno.

Desemprego
De forma global, a taxa de desemprego média no País foi de 7,1% em 2013, menor do que a verificada no ano anterior, de 7,4%, segundo os dados da Pesquisa. As mulheres são maioria entre os desocupados e inativos no Brasil, enquanto os jovens enfrentam mais dificuldade para conseguir uma vaga do que as demais faixas etárias.

A pesquisa nacional também confirma uma maior saída de pessoas do mercado de trabalho. No quarto trimestre de 2013, houve aumento de 2% na população que estava fora da força de trabalho em relação ao mesmo período do ano anterior, o equivalente a 1,233 milhão de pessoas migrando para a inatividade no período de um ano.

Os dados nacionais guardam semelhanças com os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também apurada pelo IBGE, mas referente apenas às seis principais regiões metropolitanas do País.

Nenhum comentário: