quarta-feira, 9 de abril de 2014

Governo do RN volta atrás e vai reabrir UTI do Hospital da Polícia Militar. Unidade também passa por reforma há cinco anos

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Em mais uma tentativa de concluir a reforma do Hospital da Polícia Militar Coronel Pedro Germano, que se arrasta há cinco anos, autoridades de saúde pública do Estado se reuniram com a governadora Rosalba Ciarlini na semana passada. O fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também foi um dos principais assunto da pauta.
No dia 1º dia abril, seis médicos, três enfermeiros e um técnico em enfermagem foram transferidos do Hospital da PM para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Os pacientes tiveram o mesmo destino. Desse modo, a UTI do hospital militar fechou. Mas cinco dias depois o governo voltou atrás e decidiu reabrir a UTI. Segundo o diretor-geral do Hospital da Polícia Militar, coronel Kléber Cavalcanti, em reunião realizada no dia 5 de abril decidiu-se reabrir a UTI com mais seis leitos, totalizando 10. A reunião foi entre o secretário de Saúde do Estado, Luiz Roberto Fonseca, o diretor de saúde da Polícia Militar, Roberto Galvão, o ex-diretor-geral do hospital, coronel Marcos Leão, o atual diretor e a governadora Rosalba Ciarlini.
Conforme o diretor do Hospital, a Secretaria de Saúde Pública irá ceder o pessoal para a reabertura da unidade. Também haverá a compra emergencial, com dispensa de licitação, para os equipamentos das novas vagas de UTI. “Esperamos que isso ocorra dentro de 45 dias, mas sempre dentro dos trâmites da lei”, declarou. Ele não soube os valores investidos.
De acordo com Cavalcanti, falta apenas 15% para conclusão da reforma, que tinha o valor inicial de cerca de R$ 4 milhões, mas recebeu aditivos durante os cinco anos. O entrave para a conclusão está na aquisição do ar condicionado central. “Duas licitações deram desertas, então deverá ser retomada dentro do que é previsto na lei de licitações [lei federal 8.666/93]“, respondeu ao ser perguntado se também haveria uma compra em regime emergencial.
Desde novembro de 2012 há cerca de R$ 9 milhões disponíveis para aquisição de equipamentos para o hospital da PM. No entanto, a compra ainda não foi feita por conta da complexidade da licitação. “A secretaria contratou um engenheiro clínico para dar andamento a essa licitação porque envolve desde a compra de uma simples cadeira até equipamentos cirúrgicos”, explicou.
A obra iniciada em 2009 é de ampliação e reforma da unidade hospitalar. De acordo com o diretor-geral, o Hospital Coronel Pedro Germano aumentou m 5 mil metros quadrados. “Com a conclusão da obra, teremos mais de 130 leitos entre hospital geral e maternidade”, informou coronel Kléber Cavalcanti.
No momento, o hospital possui apenas 60 leitos funcionando. Além disso, “estamos com limitações para receber tanto de pacientes mais graves, idosos ou que necessitam de uma retaguarda de UTI”. Dos 60 leitos, 16 são exclusivos para retaguarda dos pacientes do Walfredo Gurgel.
A maternidade do hospital militar também será reaberta segundo ficou definido na reunião. “Só estava faltando a instalação da rede de oxigênio que será nessa semana”, disse o diretor-geral. A maternidade foi desativada há mais um ano em função de reformas. Com a reativação, as mães e crianças contarão com 20 leitos. O único setor da maternidade que manteve o funcionamento durante a reforma foi a UTI Neonatal.
Quem reclama da situação é a agricultora Núbia do Vale, de 48 anos. Ela está com leucemia e passou três meses no hospital em tratamento. “É tudo muito bom aqui das meninas da limpeza aos médicos. O hospital é muito bom, que pena que tenha pouco recurso. Quantas pessoas não estão nos corredores por aí”, lamentou a paciente.

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