sábado, 29 de março de 2014

Servidores da saúde estadual mantêm greve‏

Nesta sexta, os servidores da saúde do estado realizaram uma assembleia geral, no auditório do Sesca, para avaliar a greve iniciada no dia 19 de março. Por unanimidade, os servidores aprovaram a continuidade da greve, que exige o cumprimento do acordo de 2013, com a aprovação do Projeto de Lei sobre o Plano de Cargos, e a pauta deste ano.
Enquanto a assembleia era realizada, servidores do Walfredo Gurgel realizavam um protesto durante a simulação realizada pela Sesap, pelo Ministério da Saúde, e representantes da Alemanha, para o atendimento durante a Copa. Do lado de fora, os servidores criticaram a operação e os gastos com a Copa.
“Anteontem o corredor estava lotado de macas, em um cenário de guerra. Hoje está vazio, os pacientes foram removidos. De que adianta uma simulação desse jeito? Quer dizer que durante a Copa a população será removida?”, questiona Egídio Júnior, enfermeiro do hospital e vice-coordenador geral do Sindsaúde.
Os servidores avaliaram as atividades realizadas nesta semana, com atos nos principais hospitais e apontaram o fortalecimento da greve e o diálogo com a população. Neste sábado, às 10h, eles estarão no calçadão da Rua João Pessoa, no Centro, distribuindo comunicados com os motivos da greve e prestando orientações de saúde.
Projeto de Lei é enviado
Durante estes nove dias de greve, os servidores aguardaram e pressionaram pelo envio do Projeto de Lei que corrige a tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), como acordado após a greve de 2013. Nesta sexta-feira, após a assembleia, o Sindsaúde foi comunicado de que a governadora enviou no início da tarde o Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa.
“A correção da tabela é um passo importante, e foi um compromisso do governo após a greve passada. Vamos continuar mobilizados, pressionando para que o projeto seja aprovado e sancionado pela governadora”, afirma Egídio Júnior. No início desta semana, lideranças das bancadas da Assembleia Legislativa comprometeram-se a colocar o Projeto de Lei em votação em urgência, para que a tabela possa ser implantada nos prazos previstos.
Além do cumprimento do acordo de 2013, a greve dos servidores da saúde possui uma pauta de reivindicações com 26 pontos, entre eles a progressão de nível de 2012, correção da tabela de produtividade, implantação da tabela de qualificação e reajuste de 12%.
Uma das principais reivindicações é a redução da sobrecarga de trabalho, provocada pelo déficit de pessoal – atualmente em 2.950 servidores – e a portaria 321/2013, que limita a troca de plantões. Nesta semana, representantes de cada hospital e do Sindsaúde estiveram em audiência com o secretário-adjunto, Marcelo Bessa, e os coordenadores do Setor de Dimensionamento da Sesap, para debater o problema. Uma nova audiência está marcada para 07 de abril, com a presença do secretário de Saúde, Luiz Roberto Leite Fonseca.

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