As eleições presidenciais no Egito foram marcadas para os dias 26 e 27
de maio, anunciou neste domingo (30) a Comissão Eleitoral encarregada da
organização, nove meses após a destituição pelo Exército do Presidente
islamita Mohamed Morsi.
O homem forte do Egito, Abdel Fattah
Al-Sissi, à frente do poderoso exército que destituiu, em 3 de julho do
ano passado, o único chefe de Estado eleito democraticamente no país,
anunciou na semana passada que será candidato. Os especialistas prevêem
que seja eleito com boa votação.
O marechal Sissi, que
quarta-feira (26) deixou o Exército e as funções de
vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa para se candidatar, ficou
muito popular na sequência da perseguição mortal que fez contra os
apoiadores de Morsi, incluindo a Irmandade Muçulmana. No caso não ganhe
em primeiro turno, terá de disputar o segundo turno em 16 e 17 de junho.
Além
dele, apenas outro candidato declarou que se candidataria às eleições, o
líder da oposição de esquerda, Hamdeen Sabbahi. Segundo a maioria dos
analistas, no entanto, Sabbahi não terá um apoio significativo.
Desde
julho já morreram mais de 1.400 manifestantes a favor de Morsi, nas
mãos de policiais e soldados. Desses, mais de 700 foram mortos em um só
dia no Cairo, em 14 de outubro. Quase 15 mil foram detidos, a maior
parte por dirigentes da Irmandade Muçulmana que, como Mohamed Morsi,
podem ser punidos com a pena de morte.
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