O estudo que motivou a manifestação na internet apontou que 65,1% da população concorda total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Foto: Facebook/Reprodução |
No sábado, organizadores da campanha foram até a Delegacia da Mulher e denunciaram usuários que postaram ameaças na página do evento em uma rede social. Um investigador, especializado em crimes cibernéticos, já trabalha para tentar identificar os agressores. A estimativa é de que mais de 100 pessoas possam ser responsabilizadas pelas ameaças.
A jornalista Nana Queiroz, 28 anos, publicou na internet um texto com imagem de um dos agressores que segurava um cartaz com os dizeres "#eu já estuprei e estupro de novo". A Polícia Civil vai priorizar a identificação de quem postou ameaças diretas aos organizadores da campanha.
"Ficamos na delegacia de 15h às 19h. Se o Marco Civil da internet já tivesse sido aprovado, esses agressores seriam responsabilizados com muito mais agilidade. São centenas de pessoas. O delegado nos informou que todo o processo de identificação, caso a caso, pode demorar seis meses. Estamos encaminhando os mais chocantes", declarou Nana.
Alerta
Os organizadores estão orientando os usuários a copiar os posts com agressões e ameaças para facilitar o envio à Delegacia da Mulher."Mesmo que o perfil seja falso, os investigadores conseguem rastrear o ID da pessoa e podem prendê-la em seguida por incitação ao estupro, que é crime no Brasil. Se esse protesto servir para colocar um bando de estupradores potenciais atrás das grades, já somos vitoriosas", alerta a campanha.
"O delegado nos informou que todo o processo de identificação (dos autores de ameaças às organizadoras), caso a caso, pode demorar seis meses. Estamos encaminhando os mais chocantes", Nana Queiroz, organizadora do #eunãomereçoserestuprada
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