domingo, 2 de fevereiro de 2014

Após petista arrecadar R$ 1 mi, PMDB teme financiamento de campanha

A arrecadação de R$ 1 milhão em menos de dez dias por Delúbio Soares para pagar a multa imposta pela Justiça no processo do mensalão chamou a atenção dos partidos. O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), usa o caso como argumento para dinamitar a proposta em discussão no STF que permite apenas doações de pessoas físicas em campanhas. “Só o PT vai ter dinheiro. Se da cadeia ele arruma isso, imagine o PT na Esplanada”, dispara o aliado.
Além disso, pondera o deputado, só o PT tem militantes em número suficiente para arrecadar grandes quantias. “Por isso o PT apoia o financiamento público, para dominar as futuras eleições sozinho.”
No ano passado, o STF começou a analisar a ação proposta pela OAB que propõe a proibição de doações de empresas a campanhas, mas suspendeu o julgamento após pedido de vista do ministro Teori Zavascki.
Após a bem-sucedida campanha para arrecadar fundos para José Genoino, um grupo do PT paulista convidou o advogado do ex-deputado, Luiz Fernando Pacheco, para ser candidato a deputado federal.
O criminalista, no entanto, recusou o convite e esclareceu que não é filiado a nenhum partido. “Sou um advogado que, circunstancialmente, defende um grande petista.”
A coordenação da campanha de Dilma Rousseff se reuniu em Brasília anteontem para discutir a participação dela e de Lula nos programas estaduais do PT que vão ao ar em fevereiro.
A ideia é que a dupla faça falas específicas de acordo com os cenários das disputas estaduais.
Além disso, a campanha terá um escritório em Brasília e outro em São Paulo, onde Lula deverá passar a maior parte do tempo.
Dilma deve conversar com Michel Temer na segunda-feira sobre a reforma ministerial. O vice-presidente tem recebido queixas de peemedebistas pela demora da presidente em definir o espaço da legenda na nova configuração da Esplanada.
Rui Falcão planeja um giro pela região Norte na próxima semana para acertar o apoio do PT a candidatos a governador de outros partidos. O roteiro inclui o Amapá, onde a sigla articula uma aliança com Camilo Capiberibe (PSB).
Falcão também deve passar pelo Pará. A direção nacional quer apoiar Helder Barbalho (PMDB), filho de Jader Barbalho, ao governo do Estado.
Folha

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