quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mulheres acham sem graça anúncios de conotação sexual – a menos que estejam associados a produtos caros

O imaginário sexual explorado com frequência em anúncios de TV e revistas, geralmente para estimular a compra de novos produtos, não tem chamado muito a atenção de mulheres. Segundo uma nova pesquisa, elas tendem a considerar as propagandas sem graça e desagradáveis, a menos que o preço tenha um valor elevado.
Publicada na “Psychological Science”, da Associação da Ciência Psicológica, a pesquisa revela que a reação negativa diante das imagens sexuais pode ser amenizada se o sexo é representado como algo altamente valorizado, se está pareado com produtos de preço alto, que podem transmitir exclusividade.
No experimento, homens e mulheres viram anúncios com relógios. Em alguns, o produto foi apresentado com imagens de sexo explícito, enquanto que em outros, foi mostrado com uma grande cadeia de montanhas. É importante ressaltar que em um dos anúncios o relógio custava US$ 10 e em outro, US$ 1.250.
Eles memorizaram o dígito 10 antes de olhar o anúncio, uma distração para evitar que eles pensassem muito sobre a propaganda. Então, depois de falar o código, os participantes falavam de suas reações emocionais diante do anúncio.
De maneira geral, as mulheres que viam a imagem sexual com um relógio barato avaliavam o anúncio mais negativamente. Homens, por outro lado, tiveram reações semelhantes aos anúncios de sexo, independentemente do preço anunciado do relógio.
Os pesquisadores observam que o preço só fez diferença para as mulheres em relação aos anúncios que incluíam imagens sexuais, e não quando exibidas imagens da cadeia de montanhas.
- Só uma exposição rápida do anúncio foi o suficiente para trazermos à tona teorias da economia sexual. Isto sugere que o processo ocorre num nível profundo e intuitivo – comentou Kathleen Vohs, pesquisadora da Escola Superior de Gestão Carlson da Universidade de Minnesota.
O Globo

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