O pequeno município de Pedra Preta vive há algumas semanas uma situação inédita para grande parte dos seus habitantes. Mais de 600 tremores de terra de pequena magnitude foram registrados pelos sismógrafos instalados no Estado. Um desses abalos sísmicos chegou a 3,7 graus na Escala Richter, que vai até 9 graus.
Em consequência dessa intensa atividade sísmica, quem pôde já foi embora, mas a maioria absoluta da população continua lá. Levantamento feito por engenheiros do Conselho Regional de Engenharia apontou 42 casas com fissuras e problemas estruturais que preocupam.
Quarenta e duas podem não parecer grande coisa quando comparadas ao número de casas de uma cidade como Natal. Mas, para Pedra Preta significa muito. São 42 famílias, centenas de pessoas ameaçadas de ficar ao relento. Tem gente dormindo em caminhões ou nas calçadas, com medo de que à noite, em caso de um terremoto de maior magnitude, a casa desabe.
Apesar de toda essa situação, o Governo do Estado ainda não enviou seus engenheiros à cidade para fazer o levantamento necessário para a decretação do estado de calamidade pública.
De acordo com reportagem publicada nesta sexta, 15, pela Tribuna do Norte, o secretário titular de Justiça e Cidadania, Júlio Cesar, informou que ainda estão definindo e procurando nos diversos órgãos do Estafo quais são os engenheiros mais indicados e qualificados para o trabalho. Ainda segundo a reportagem da TN, o secretário alega que a situação não é tão grave nem urgente e que isso vai ser resolvido.
Quem sabe na próxima semana ou depois do próximo feriado.
Nota do Blog do BG: a situação de Pedra Preta pode não ser tão urgente para o secretário que está no conforto de sua casa, longe dos tremores de terra que já começam a se fazer sentir em Natal.
Será que o caso de Pedra Preta, que já levou o prefeito Luiz Antônio a viajar a Brasília em busca de ajuda federal, só vai virar urgência quando as primeiras casas caírem?
Será que vai ser preciso uma tragédia para haver a decretação da situação de calamidade, de emergência ou coisa parecida?
Com a palavra, o Governo do Estado.
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