O PMDB e sua mania de acender velas para dois santos de uma vez só estão causando estragos nas hostes petistas.
Depois de renunciar ao desejo de ver o PT lançar candidato próprio ao Governo do Estado, para não atrapalhar os planos do partido de eleger Fátima Bezerra senadora, o deputado Fernando Mineiro resolveu soltar o verbo.
Disse e repetiu que o PT não subirá num palanque onde estiver o DEM do senador José Agripino. E que se a deputada Fátima Bezerra aceitar ser candidata ao Senado com o apoio de um partido coligado com o DEM correrá sério risco de se ver sozinha, sem seus companheiros.
A rigor, não tem nada decidido. Mas, a simples menção ao fato de que ao mesmo tempo em que conversa com o PT para a disputa majoritária o PMDB também acena com uma aliança proporcional com o DEM já é capaz de causar urticária nos petistas.
Para Mineiro, o PMDB vai ter de escolher entre o PT e o DEM.
O estilo “faca no peito” não deve agradar muito ao PMDB não.
Basta lembrar o que aconteceu em 2010 quando Hugo Manso, candidato ao Senado na chapa do então governador Iberê Ferreira resolveu criticar a presença de Garibaldi Filho ao lado de Rosalba Ciarlini e José Agripino.
Henrique Alves, que até então apoiava a candidatura de Iberê, saiu em defesa do primo, pediu respeito ao PT e sumiu da campanha.
Não é de hoje que o PMDB, acostumado a ser governo, marca duplo nas suas alianças, sendo capaz de se aliar ao DEM no Rio Grande do Norte e fazer parte do governo do PT. A Democracia e o jogo do poder tem lá dessas coisas. E a coerência fica esquecida em algum discurso guardado num armário.
Se o PMDB vai escolher entre o DEM e o PT ainda não se sabe.
Mas que o PMDB poderá marcar duplo de novo, não será surpresa para ninguém.
Difícil vai ser a convivência entre os petistas se um deles decidir subir no mesmo palanque frequentado pelo DEM que virou uma espécie de demônio para o PT.
Quem vai ter coragem?
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