terça-feira, 5 de novembro de 2013

Chuva de processos no País de Mossoró - Um verdadeiro TAPETÃO

Segunda maior e mais importante cidade do Rio Grande do Norte, Mossoró virou uma pendenga jurídica.
A cidade que ultimamente tem se destacado nacionalmente por seu espetáculo da “Chuva de balas no País de Mossoró” que fala da resistência ao bando de Lampião, virou noticia com a chuva de processos movidos contra a prefeita Claudia Regina.
Eleita no ano passado ao final de uma verdadeira batalha em que teve com adversária a deputada Larissa Rosado, do PSB, Claudia Regina, ex-vice-prefeita ainda não sabe o que é sossego. Seu diploma de prefeita, concedido pela Justiça Eleitoral ou mesmo o seu mandato são alvo de nada menos que 15 ações judiciais. Treze já receberam sentença em primeira instância. Em sete delas, Claudia Regina foi absolvida; noutras seis condenadas à perda do mandato.
As acusações são várias, mas se repetem. A participação da governadora Rosalba Ciarlini em sua campanha e o uso do avião do governo do Estado são alvo de nada menos que quatro ações, duas apresentadas na 33a. Zona eleitoral e outras duas na 34a. Zona eleitoral de Mossoró.
Como as ações se repetem, por ter sido apresentadas a juízes diferentes, o caso de Cláudia Regina tem de tudo. Em situações em que é alvo da mesma acusação, a prefeita de Mossoró foi absolvida por um juiz e condenada por outro. Outras duas ações ainda aguardam sentença e o Tribunal Regional Eleitoral deverá se pronunciar esta semana sobre recursos que podem levar ao afastamento ou à absolvição da prefeita. Mas são tantas as ações que a novela judicial está longe do seu final.
Enquanto isso, Mossoró vive em sobressalto. A prefeita apresenta nas últimas pesquisas de avaliação de sua administração, uma aprovação de cerca de 70 por cento. Mas já foi obrigada a deixar o cargo por mais de uma semana e somente voltou ao comando da prefeitura depois que conseguiu julgamento favorável no TRE.
O lado que perdeu as eleições em Mossoró comemora sempre que a prefeita perde uma ação ou é alvo de uma nova sentença. O outro lado, o que a elegeu, torce para que ela seja absolvida em definitivo.
Mas os dois lados, que formam a cidade de Mossoró, perde com a instabilidade que cerca a administração pública.
Mossoró ganharia muito se a Justiça Eleitoral der celeridade a esses processos que questionam a legalidade do mandato de sua prefeita. O povo já fez sua parte e escolheu a atual mandatária. Agora é esperar que a Justiça faça a sua.

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