quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ainda sem resultado oficial, o nível das eleições internas no PT/RN assusta e promete

Conhecido pelas disputas internas e também pela forma como a facção em maioria impõe sua vontade a todas as demais correntes, o Partido dos Trabalhadores está prestes, a viver, no Rio Grande do Norte, novo período de turbulências.
Tudo isso por conta da polarização que se estabeleceu nas eleições do Processo de Eleições Diretas, que atende pela sigla de PED.
O grupo do deputado Fernando Mineiro, há doze anos à frente do Diretório Estadual, ganhou a eleição em Natal, nos quatro diretórios zonais da capital, e também nos diretórios municipais de Caícó e Mossoró.
E chegou a cantar vitória nas eleições para o diretório estadual. Só que houve uma reviravolta.
E o grupo da deputada Fátima Bezerra, cuja chapa é liderada por Olavo Ataíde, anunciou ter vencido a eleição por uma diferença de apenas 9 votos.
A chapa do atual presidente, vereador Eraldo Paiva, não se conforma. Ainda não aceitou a derrota e vai questionar a eleição.
O nível entre alguns correligionários é de tal forma, que não temos condições de publicar o que dizem um do outro.
Ao que parece, a eleição no PT, tão acostumado a criticar as eleições dos outros, vai terminar em questionamentos, recursos, quem sabe no tapetão.
Um pouco demais para um partido que está há dez anos no poder.
E depois de resolvida a questão da eleição do diretório estadual, o PT ainda terá que se dedicar à construção de candidaturas para 2014. E o consenso ainda está muito distante. Ou é quase impossível.
O discurso dos petistas é muito bonito, apontando que passadas as eleições internas estarão todos juntos.

Na prática não é bem assim.
Nas últimas choveram entrevistas e declarações de petistas contra a aliança entre o PT e o PMDB como forma de viabilizar a candidatura de Fátima Bezerra ao Senado, prioridade para o PT nacional.
Fernando Mineiro chegou a defender o lançamento de candidatura própria ao governo, que atrapalharia a aliança com o PMDB, recuou e disse que não estará no palanque do PMDB, que poderá contar com a companhia do DEM. Seria a morte para os petistas.
Os liderados de Fátima Bezerra rejeitam a pecha de “acórdão” nas referências à aliança entre PT e PMDB.

O problema, para a deputada, é que as críticas ao “acórdão” começam pertinho dela, dentro da casa petista.
Onde não existe fogo amigo. E sim metralhadora de correligionário mesmo.

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