- Acho difícil, acho muito difícil – disse ele, que tem 59 anos, quando perguntado se seria ministro até os 70 anos.
- Eu não tenho, no momento, nenhuma intenção de me lançar à Presidência da República. Mas pode ser que no futuro eu tenha tempo para pensar sobre isso – acrescentou.
Perguntado sobre qual dos candidatos teria mais simpatia para a disputa à Presidência em 2014, ele foi vago:
- Acho difícil… O quadro político partidário no Brasil não me agrada nem um pouco.
Barbosa falou a uma plateia de jornalistas sobre a urgência de uma reforma política. Posicionou-se contra o voto obrigatório, a favor das candidaturas avulsas, criticou o excesso “assombroso” de legendas, a “mercantilização” das siglas, e o “coronelismo e mandonismo” na estrutura interna dos partidos.
- O assunto mais premente, mais árduo de todos, é a questão da reforma política. O povo tem sido sistematicamente ignorado, colocado à parte das decisões políticas do nosso país, da nossa polis. É a natureza tortuosa do nosso sistema político, movido por um combustível nada limpo, que é o dinheiro de origem duvidosa, que tem causado a grande desafeição do cidadão para com a política.
Segundo ele, após as manifestações de junho houve uma “acomodação”.
Sobre a polêmica dos casos de proibição de biografias não autorizadas, Barbosa disse que não há censura prévia no Brasil. Ele considera que há direitos em choque. O ministro sugeriu que se desse 10 anos depois da morte de uma pessoa para que se pudesse escrever o que quiser sobre a figura pública.
O Globo
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