Natal tem uma população superior a 800 mil habitantes. E algumas centenas de milhares de automóveis registrados na capital. Metade do valor pago pelos natalenses a título de Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor, o IPVA, é transferido, pelo Governo do Estado, à Prefeitura do Natal. O setor de trânsito e mobilidade urbana, que também arrecada com multas e deve receber dinheiro de outras fontes, tem, portanto, arrecadação.
E por que então Natal não consegue visualizar o serviço prestado pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a SEMOB?
Quando ocorrem apagões, como há algumas semanas, e problemas no fornecimento de energia, como hoje, Natal se transforma no caos. Semáforos parados e falta de homens, viaturas e motos para cuidar do disciplinamento do trânsito na capital.
A Semob conta apenas com 40 fiscais, os chamados amarelinhos, uma só viatura e meia dúzia de motocicletas. Muito pouco ou quase nada para uma capital de pouco mais de 800 mil habitantes, centro de uma região metropolitana que cresce a cada dia.
A falta de equipamentos, veículos e homens da SEMOB precisa ser explicada. Até porque a falta de estrutura desse órgão, importante para o funcionamento e disciplinamento do trânsito na cidade, está contribuindo para um verdadeiro descalabro.
É muito comum, em Natal, ver carros e motos parando em locais proibidos, desrespeitando a sinalização em rotatórios e até mesmo fazendo cruzamentos com sinal vermelho. Por falta de ação e fiscalização da SEMOB, desrespeitar a legislação do trânsito e não ser punido está virando moda em Natal. E os acidentes se multiplicando, envolvendo carros e motos e vitimando pessoas.
Sem homens, sem viaturas, sem motos e sem ação, a SEMOB está de mãos atadas. E pergunta-se: cadê os recursos que deveriam manter essa estrutura? O que diz a Prefeitura de Natal?
Natal está precisando de uma resposta urgente. E mais do que isso: Natal está precisando de uma Secretaria de Mobilidade Urbana que funcione.
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