segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Henrique: Aliança com DEM não é eleitoral e PMDB ouvirá todos os partidos em 2014

Uma mensagem clara, destinada tanto para a oposição, quanto para a atual gestão do Governo do Estado: a aliança entre PMDB e DEM, hoje, não tem caráter eleitoral e, consequentemente, os dois partidos poderão não estar juntos no próximo ano, talvez numa eventual candidatura a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. As declarações, proferidas em pronunciamento durante evento da administração estadual no auditório da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (Semarh), em Natal, de tão aguardadas, foram até enviadas para a imprensa pela a assessoria de comunicação do presidente da Câmara Federal. Nelas, além de falar do DEM, Henrique também afirmou que o partido estará aberto para demais siglas, mas só em 2014.
Antes de tudo, é bem verdade, Henrique afirmou que não é certo falar sobre eleições agora, sobretudo, diante da grave crise financeira que o Estado está passando. “Ainda não está na hora” de definir nomes para a sucessão estadual em 2014, afirmou o presidente da Câmara Federal. “O ideal seria que todos os partidos deixassem para tratar de eleição em 2014”, acrescentou Henrique Alves.
O presidente da Câmara Federal chegou a dizer que essa deveria ser uma postura não só do PMDB, mas de todos aqueles que têm “responsabilidade política”. No entendimento de Henrique Alves, a hora é da união para ajudar a governadora Rosalba na construção das soluções que todos esperam.
Contudo, conforme a assessoria do presidente da Câmara Federal fez questão de ressaltar em texto enviado à imprensa, Henrique Alves evidenciou no evento do Governo do Estado que o PMDB estará aberto para qualquer aliança política no próximo ano. E isso incluiria, também, aqueles partidos de oposição, que já estão debatendo o “projeto para o Rio Grande do Norte”, como o PSD e o PSB, que se reuniram na tarde desta sexta-feira com esse objetivo (leia mais na página 5).
“Conversaremos sobre eleição, sem excluir nenhum partido que compartilhe do nosso entendimento de que o Rio Grande do Norte muito espera de suas lideranças – em termos de espírito público, de disposição para o trabalho e de capacidade de aglutinar esforços, talento e criatividade para a superação dos nossos problemas. E aí não poderemos excluir ninguém”, afirmou Henrique Alves.
Contudo, e como fica a aliança atual do PMDB com o DEM, com a governadora Rosalba Ciarlini? Henrique Alves explicou que a parceria administrativa e não significa que os dois partidos estarão juntos no próximo ano. “É uma aliança aberta, transparente, feita às claras e que se alicerça, tão somente, no interesse de ajudar o RN e não no desejo de consolidar projetos eleitorais”, explicou.
Henrique confirmou, ainda, que em outubro, deverá encomendar uma pesquisa qualitativa para saber qual a visão que o Rio Grande do Norte tem do seu momento, das suas dificuldades, como enfrentá-las, como atacá-las e qual o perfil que a população constrói dos candidatos que pretende escolher para comandar o desafio de governá-la.
DISCURSO AFINADO
De certa forma, apesar de pedir principalmente o adiamento do debate sobre política, Henrique Alves, concorda com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, que em entrevista aO Jornal de Hoje confirmou que haverá uma reunião do partido nas próximas semanas e, dentro outros assuntos, será discutida a aliança entre PMDB e DEM e também as várias possibilidades de acordos políticos dos peemedebistas com outras siglas para o próximo ano.
“Trata-se daquela reunião, que não foi marcada ainda, para uma tomada de decisão, que será agora no final do ano. Poderá ser até em outubro, mas não tem data marcada. Eu sei que o deputado Henrique, que está numa correria maior que a minha, ficou a cargo de tratar deste assunto”, disse Garibaldi.
O ministro explicou que o encontro do PMDB discutirá a aliança com o governo, e mais: a possibilidade de outras alianças. “Seria aliança com o governo, como vamos entrar o ano eleitoral. Mas a questão mais importante seria essa (aliança com o governo), entre outras questões, que também serão abordadas”. Segundo Garibaldi, “não existe só a aliança com o governo, existe a possibilidade de outras alianças”, observou.
CRISE ESTADUAL
Com relação a crise financeira que o Estado – e não só o Poder Executivo – enfrenta, Henrique Alves afirmou que o momento cobra uma união de forças em torno de melhorias para o Estado. “Essas dificuldades não são apenas do Rio Grande do Norte. Estados em situação econômica privilegiada, portanto muito melhor do que a nossa, seus governantes também enfrentam problemas e buscam um pacto com as demais instituições, com a própria sociedade, visando construir as soluções”, afirmou ele.
De acordo com Henrique, há problemas que ultrapassam os limites de cada Estado e se transformam em nacionais, em toda extensão de sua gravidade, como vemos todos os dias nos meios de comunicação, como são exemplo os casos da saúde, da educação, da segurança e da mobilidade urbana, principalmente. “Então, diante do que vemos, diante do que vivemos, o PMDB não pode agora, num quadro como este, voltar a sua atenção, voltar as suas preocupações para a próxima eleição”, acrescentou.

Nenhum comentário: