Embaixada dos Estados Unidos no Iêmen é uma das fechadas (Khaled Abdullah/Files/Reuters)
Vinte e dois órgãos diplomáticos americanos foram fechados neste domingo em países do Norte da África, Oriente Médio e Sudeste Asiático por temor de atentados terroristas. Na sexta-feira, os Estados Unidos haviam emitido um alerta mundial de que a rede Al Qaeda planeja ataques em agosto. Entre os países onde embaixadas e consulados não abriram estão Arábia Saudita, Iraque, Líbia, Egito, Afeganistão, Bangladesh e Iêmen. O domingo é o primeiro dia útil da semana em vários desses países.
Ainda não se sabe se a ordem de fechamento valerá apenas para este domingo. De acordo com a rede americana CNN, um representante do Departamento de Estado americano disse que as atividades podem ficar paralisadas por mais um tempo.
Alerta - Na sexta-feira, os Estados Unidos emitiram um aviso a americanos em viagem que terroristas planejam atacar em agosto alvos no Oriente Médio e no norte da África. O alerta do Departamento de Estado foi dado após intercepções de comunicações entre dirigentes da Al Qaeda.
"É uma ameaça significativa e estamos reagindo a ela", disse o chefe do Estado-Maior, o general Martin Dempsey, em uma entrevista à rede de TV ABC. "A decisão de fechar esse número de embaixadas e emitir uma advertência mundial de um mês sugere que a ameaça é real, avançada e iminente", analisou o ex-oficial da CIA Bruce Riedel, em entrevista ao jornal The New York Times.
Segundo fontes oficiais citadas pela CNN, a inteligência americana teme particularmente a ação da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), com sede no Iêmen.
Em um vídeo divulgado nesta semana na internet, o líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, renovou sua convocação para que "todo muçulmano de qualquer lugar faça o máximo possível para deter os crimes dos Estados Unidos e de seus aliados na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, no Mali e em outros lugares".
França – O presidente francês, François Hollande, também anunciou neste domingo o fechamento por vários dias da embaixada francesa no Iêmen devido a ameaças da Al Qaeda e disse que sua decisão se baseou em informações das autoridades americanas.
(com agência EFE)
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