quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Datena perde a paciência com a Polícia Civil e fala de privilégio com Record

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José Luiz Datena perdeu a paciência na terça-feira (6), durante o seu programa “Brasil Urgente” (Band). O apresentador acusou e xingou a Polícia Civil por ter supostamente repassado as imagens do menino suspeito de matar a família de PMs, em Brasilândia (zona norte de SP), primeiro para a Record.
“Eu acabei de adivinhar aqui como tem disparidades no tratamento com a imprensa. Como de repente algumas pessoas têm preferência. Eu não entendo isso. Você trata a polícia com tanta honestidade e tal. Como é que aparecem certas imagens em outros lugares. Eu já não confio mais em nada”, disse, ao vivo.
Ele se referia à rede do bispo Edir Macedo que mostrou a gravação do caso no “Cidade Alerta”, de Marcelo Rezende.
“Tem hora que, realmente, me dá vontade de pedir o boné e parar com essa profissão aqui. Sabe por quê? Porque o país aqui é um país de gente corrupta, é um país de gente safada, que um sem vergonha leva vantagem, que o picareta leva vantagem. As pessoas que não têm ética levam vantagem. Você procura ser o mais honesto possível, mas não adianta nada. Aqui é só vagabundo que leva vantagem. É disparidade total, em todos os sentidos…”, seguiu Datena.
Antes de o jornalístico chegar ao fim, o apresentador retomou o assunto: “Quanto tempo falta [para o programa acabar]? Um minuto. Eu poderia muito bem botar a imagem daquele menino que é o principal suspeito de ter matado a família inteira. A polícia liberou essa imagem agora para nós. Faz 15 minutos. Só que liberou há mais tempo para outra emissora”.
“Algum vagabundo que não tem vergonha na cara liberou para outra emissora”, continuou.
“É por essa e por outra que eu tenho vontade de parar com essa bagaça aqui. Porque nesse país, quem é sem vergonha sempre leva a vantagem e eu tô de saco cheio de vagabundo, sem vergonha e vigarista. E tem muito por aí”, concluiu o apresentador.
Procurada, a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que foi pega de surpresa pela exibição das imagens do caso primeiro pela Record. Disse também que as imagens veiculadas não foram repassadas oficialmente por pela Polícia Civil.
A assessoria da polícia informou ainda que fez o possível para liberar a gravação para toda a imprensa o mais rápido possível.
A Record não quis comentar.
Folha

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