sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A crise de Carlos Eduardo

Passados os 200 dias nos quais o prefeito Carlos Eduardo Alves prometeu colocar a cidade em ordem, ainda coexistem na vida do natalense as dificuldades deixadas de herança por Micarla de Sousa, que tanto foi criticada pelo atual gestor.
Na quarta-feira passada, a cidade foi surpreendida por um decreto de calamidade pública na saúde municipal. Ao argumentar a necessidade do texto, o prefeito apontou que seria um mecanismo para captar investimentos para o setor, que vive uma crise contínua.
Mas por que tais recursos não foram buscados ao longo dos 200 dias iniciais? A impressão deixada é que faltou gestão e planejamento para administrar um dos problemas mais latentes da cidade.
O decreto mais parece uma declaração de incompetência, sendo expedido tardiamente como um modo de contornar as falhas não corrigidas ao longo do primeiro semestre de gestão carlista.
Isso para não falar nos buracos que se espalham pela cidade. No primeiro momento, a cidade assistiu a um mutirão de tapa-buracos, e nada mais foi feito. As consequências de ter se aplicado recapeamento asfáltico numa malha defasada aparecem agora: o que foi investido para tapar buracos foi lixiviado pela chuva, resultando no desperdício dos recursos públicos.
Enquanto isso, no plano político, o vereador Júlio Protásio decidiu entregar a liderança do governo na Câmara Municipal, exponenciando a delicadeza vivida pela gestão.
Há quem prefira tratar o quadro posto como dificuldades naturais de uma gestão. A isso, contudo, dou o nome de crise, que precisa ser gerenciada sob pena de o natalense ver repetidos os quatro últimos anos que deseja esquecer.

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