• Ao longo da vida, vivemos muitas situações desagradáveis. Hoje fui apresentado a uma delas. Tive de ver impotente, uma arma apontada para a cabeça do meu filho, e assistir três "cidadãos" em duas motos, levarem os nossos telefones e relógios. Passado o susto, os primeiros sentimentos são alívio e gratidão por estarmos vivos e bem. Mas é impossível não se revoltar por saber que esses três "cidadãos", apesar de terem cometido um crime, gozam de direitos que muitas vezes eu não tenho. 

    Caso a polícia tivesse chegado e disparado contra eles, os mesmos passariam de criminosos a vítimas. Se fossem presos e tomassem umas porradas, logo apareceriam entidades de direitos humanos prontas para defendê-los. Advogados atuariam gratuitamente e logo esses "cidadãos" estariam de volta às ruas, dirigindo as suas motos e efetuando o seus"trabalhos".

    Em um outro cenário, se eu fosse um exímio atirador, legalmente portador de uma arma e, em uma cena de cinema, sacasse minha arma e abatesse os três "cidadãos". Teria cometido o crime de, em defesa da minha vida, da do meu filho e da sociedade, ter retirado das ruas pessoas que em nada contribuem para o seu bem. Para me defender teria de gastar muito dinheiro para contratar um bom advogado e viveria com a sombra de uma possível condenação. 

    Todos os amigos que tomaram conhecimento do susto que passei, comentaram que sabiam de algum outro episódio semelhante. O crime se banalizou nas nossas vidas e isso é muito triste.

    Pouco dias depois de termos sido brindados com o sorriso, as palavras e as idéias de uma pessoa tão especial como o Papa Francisco, fico com um dos vários conselhos dado por ele: "Tenham coragem de ser felizes. Eu peço que sejam revolucionários, que vão contra a corrente". Acho que já passou da hora da sociedade rever alguns pontos das nossas leis. Vamos lembrar que em 2014, além da Copa, teremos eleições!

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