segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FOTO: Bombeiros resgatam os corpos dos jovens que se afogaram ontem na Praia do Meio

O Corpo de Bombeiros resgatou hoje por volta das 7h o corpo de Rafael Ramon da Silva na Praia do meio. O primo, Alex Juno, 19 anos, foi encontrado na Praia do Forte às 10h40.
Os dois primos tinham desaparecido ontem nas primeiras horas da manhã. Há informações de que os dois, que são da Paraíba, passaram a noite de sexta, 15, e madrugada de sábado, 16,  em uma festa e seguiram para a praia pela manhã. As Famílias que moram na cidade de Araruna já estão em Natal.

Veja perguntas e respostas sobre as principais controvérsias do mensalão

1 – Foi o maior escândalo político da história do país?
Não, se considerarmos só o total das somas envolvidas. O escândalo recente dos fiscais da Prefeitura de São Paulo trouxe prejuízos calculados em R$ 500 milhões aos cofres públicos. O dinheiro desviado por Henrique Pizzolato do Fundo Visanet, e por extensão do Banco do Brasil, corresponde, em valores corrigidos, a cerca de um terço disso, e foi a principal fonte do mensalão.
Sim, se considerarmos que envolveu, num mesmo esquema, o primeiro escalão de três partidos (PT, PL e PTB), além de membros do PMDB, o presidente da Câmara dos Deputados, três ministros, entre os quais o homem forte do governo Lula, banqueiros e parlamentares.
2- O mensalão existiu? Não era só campanha?
No começo, negou-se até a existência de saques em dinheiro. Houve quem dissesse ter ido ao banco só para pagar TV a cabo. Descoberta a mentira, veio a tese de que o dinheiro não visava comprar deputados: distribuíram-se só recursos não-declarados de campanha para parlamentares, que em seguida os repassaram a diretórios.
Pela lei, não importa o destino dado ao dinheiro “extra”. Pode ser para comprar objetos de luxo ou… para garantir mais votos, cabos eleitorais e crédito na compra de material publicitário para a próxima eleição. Sobrou a tese ridícula de que o mensalão “nunca existiu” porque a propina não era mensal.
3- Qual é a lógica de comprar votos de deputados da própria base?
Argumentou-se que não havia corrupção porque o apoio de deputados petistas e de partidos aliados já estava garantido, mesmo antes de votações polêmicas no Congresso, como a da reforma previdenciária.
Dizer isso é ignorar as célebres “rebeliões” de deputados às vésperas de qualquer votação. Tanto mais no caso da reforma da Previdência proposta por Lula, que negava compromissos do partido, e motivou a saída, por exemplo, de Heloísa Helena e outros do PT.
Ademais, por que não enviar o suposto dinheiro de “caixa 2″ diretamente aos diretórios regionais, em vez de fazê-lo passar pelos deputados?
4- Os envolvidos no esquema formaram uma quadrilha?
Sim, se se considera que estiveram associados durante muito tempo para manter em funcionamento o esquema. Não, se se considera que uma coisa é participar em conjunto de uma série de crimes, outra é cometer um crime particular, específico, o da “formação de quadrilha”.
Neste caso, o que a lei proíbe não é praticar crimes em grupo, mas criar um grupo que, mesmo sem cometer crime, constitui ameaça à paz pública. Um bando armado de porretes, gritando palavras ameaçadoras, não comete crime –exceto o de formar quadrilha, trazendo inquietação. O STF voltará a debater o assunto em 2014.
5- O mensalão representou uma ameaça à democracia?
Na medida em que pressupunha pagamento direto a deputados, dissolvia as próprias instâncias internas dos partidos. Dinheiro público foi usado para ajudar as contas do partido no poder.
Mas quando se sabe que parlamentares podiam ser eleitos por um partido e em seguida aderir ao partido do governo, é difícil considerar a compra de votos, em dinheiro vivo, pior que a compra de um deputado por inteiro, em troca de cargos ainda mais lucrativos.
O sistema do mensalão terá parecido, talvez, mais econômico para o governo do que a negociação de emendas no Orçamento para aliados.
6- Houve mais rigor neste caso do que em outros escândalos?
Sim, o que não quer dizer que as denúncias ocorreram por se tratar de um governo petista.
Notícias gravíssimas foram veiculadas contra FHC, por exemplo. A confissão de dois deputados, segundo a qual receberam dinheiro para votar a emenda da reeleição, foi noticiada pela Folha; a denúncia não foi levada adiante pelas autoridades, que impediram uma CPI.
Também por falha nas acusações do Ministério Público, as acusações contra o presidente Fernando Collor –que lhe custaram o mandato– não foram aceitas pelo STF.
7- O STF decidiu pressionado pela mídia?
Se fosse assim, a maioria não teria votado pela aceitação dos embargos infringentes. Petistas como Luiz Gushiken, professor Luizinho, Paulo Rocha, e o ex-ministro Anderson Adauto (PMDB) estariam condenados. As penas contra os banqueiros não teriam sido as mais altas.
A opinião pública, de modo geral, lamentou a condenação de Genoino; mesmo no STF houve quem afirmasse estar tendo de condená-lo contra a vontade.
Se a vontade de “sair-se bem” tornava-se visível nos pronunciamentos de alguns ministros, cabe lembrar que o autor dos mais furiosos discursos contra os mensaleiros, Gilmar Mendes, é o mesmo que suscitou ira popular ao conceder liberdade para Daniel Dantas, em 2008.
8 – As penas impostas pelo STF foram desproporcionais ou exageradas?
Pelo menos num caso, o de Jacinto Lamas, sim: ele terminou sendo condenado de forma mais severa do que o seu superior no PL, Valdemar Costa Neto, por um número praticamente igual de crimes de lavagem de dinheiro.
O cálculo das penas foi muito confuso, pois às vezes prevaleciam os critérios mais brandos de Ricardo Lewandowski, outras vezes os de Joaquim Barbosa.
De modo geral, a lei é muito mais severa no caso de crimes financeiros, levando a penas altíssimas contra os banqueiros do esquema. Como se repetem ao longo de uma mesma armação delitiva, nem um homicídio dá tantos anos de cadeia.
9- José Dirceu foi condenado sem provas?
Não há gravação ou e-mail mostrando claramente que Dirceu dava ordens a cada reunião em que Delúbio Soares, dirigentes partidários e Marcos Valério faziam acertos sobre pagamentos.
Houve testemunho, não só de Roberto Jefferson, de que ele era consultado pelo celular e dava seu “ok”. A defesa colheu testemunhos supostamente em contrário, junto a dirigentes regionais do PT, segundo os quais Dirceu não participava dos assuntos financeiros.
Mas isso não desmente a acusação de que ele chefiava politicamente o esquema, nem explica sua participação em encontros com Valério e dirigentes do Banco Rural. A tese de que simplesmente conversaram sobre assuntos gerais simplesmente não convenceu a maioria do STF.
10- O julgamento foi uma vitória contra a corrupção?
O problema é saber se, com as condenações obtidas, algum político vai pensar em modificar seus comportamentos nessa área. Provavelmente não.
Mesmo quem não pretende enriquecer pessoalmente com suas atividades no Executivo ou no Parlamento –e certamente José Genoino sempre se pautou por uma vida simples, por exemplo –depende de campanhas cada vez mais caras para se eleger.
A possibilidade de obter recursos apenas pelo fundo partidário e pelas contribuições de simpatizantes é muito pouco realista; gastos com viagens, marqueteiros e propaganda são financiados por grandes bancos, construtoras e empresas, que naturalmente esperam vantagens em troca, seja em contratos com o setor público, seja em atos de governo ou votos no Legislativo. Há muitas maneiras de comprar deputados; o mensalão foi apenas explícito demais.

Enade muda para evitar distorções entre cursos

O curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí é superior ao da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em Administração, a Federal de Viçosa e a unidade de São José dos Campos da Universidade Paulista (Unip) deixam para trás a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
Esses foram alguns dos resultados da edição 2012 do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) que reacenderam o debate sobre os critérios de avaliação, a motivação de alunos para a prova e o que o indicador revela, de fato, sobre o universo educacional.
A discussão ganhará outro capítulo no dia 24, próximo domingo, quando o Enade 2013 será aplicado com alteração em suas regras. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) publicou, na segunda-feira passada, uma portaria que prevê que os alunos sejam mantidos por uma hora na sala durante o exame. Quem deixar o local antes disso não poderá assinar a lista de presença e ficará em situação irregular. Antes, não havia tempo mínimo. A ideia, com isso, é evitar o boicote – o que acaba contribuindo para distorções na nota.
O Enade é componente curricular obrigatório, ou seja, quem não fizer a prova estará em situação irregular e não poderá obter o diploma. O aluno, no entanto, pode responder às questões da forma como quiser, uma vez que a nota não serve para carimbar seu desempenho – e, sim, o do curso. Segundo o Inep, 0,56% das provas foi deixado em branco em 2012.
No artigo A Falácia do Enade, o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular lamenta a postura de estudantes no exame. “Não há nenhum tipo de punição para o aluno irresponsável ou brincalhão”, diz o artigo. “Podem entregar a prova em branco, dar respostas com receitas de bolo ou com o Hino do Palmeiras”, prossegue o texto.
O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, diz que hoje as empresas já olham para o resultado do Enade ao avaliar o candidato. “A avaliação também ajuda o Ministério da Educação (MEC) a fazer intervenções pedagógicas”, diz. Para ele, os resultados distorcidos são “exceções”. “Pode haver casos de boicote, ou de situações que não são adequadas, mas são casos específicos, uma minoria”, diz.
Avaliação. A prova do Enade tem 40 questões – dez de formação geral e 30 de formação específica (para cada curso). As notas vão de 1 a 5 – abaixo de 3, o desempenho é considerado insatisfatório pelo MEC.
“O exame acaba servindo para propaganda, e alguns cursos não precisam disso porque todos sabem quem são os melhores. As estaduais de São Paulo e do Rio são reconhecidas no mundo todo”, afirma o coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
A Unip concede bolsas, netbooks e iPods a estudantes com bom desempenho. “Mas não é isso que está fazendo dar resultado, mas o fato de os alunos aprenderem o conteúdo”, diz o reitor, João Carlos Di Genio.
Questionado se o curso de Administração da Unip é superior ao da FGV, como aponta o Enade, Di Genio responde: “A diferença de nota 4 (da FGV) para 5 (da Unip) é tão pouca. A FGV é ótima, mas estamos conseguindo atingir o nível dela.”
Em casos de cursos menos reconhecidos, o Enade pode mexer com a autoestima, diz o professor Francisco Soares, pró-reitor de Ensino e Graduação da Universidade Estadual de Piauí (Uespi). Além de Direito, Jornalismo, Psicologia e Turismo da Uespi também ganharam conceito máximo. “Nosso aluno vê no exame uma forma de mostrar o valor dele”, diz.
Procurada, a EAESP-FGV informa que “valoriza a nota do Enade 2012 e defende a inclusão das respectivas avaliações de seus alunos nos históricos escolares”. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria da Universidade Federal de Viçosa. Já a PUC-SP diz que “não considera que a nota 3 no Enade corresponda à qualidade de seu curso de Direito”. “Apesar da nota 3, somos reconhecidos como uma das mais importantes instituições do País nesta área, tendo formado inúmeros ministros do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça”, informa a instituição paulista.
Estadão

Tendência de Fátima e Mineiro é evitar a partir de agora um acirramento público no PT potiguar

Por Marcos Dantas
A tendência da cúpula do PT é evitar a partir de agora um acirramento público e concentrar a disputa interna nos bastidores, principalmente na guerra de recursos à Executiva Nacional para tentar conquistar a presidência estadual do partido. Por enquanto, o comando fica com Eraldo Paiva, que foi o candidato a presidente estadual com o apoio de Fernando Mineiro.
Eraldo foi proclamado pela comissão eleitoral e teve o resultado homologado provisoriamente pelo diretório nacional. Mas os recursos serão admitidos, analisados e julgados pelos dirigentes da legenda em São Paulo e Brasília. É por esta via que o adversário de Eraldo Paiva, Olavo Ataíde insistirá em tomar a presidência estadual do PT. Olavo tem o apoio da deputada Fátima Bezerra. Mas Fátima evita o discurso belicoso.

Presos no mensalão terão 3 refeições por dia e tomarão banho frio

Encaminhados ao complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, os condenados no processo do mensalão que foram presos neste final de semana terão três refeições por dia e terão de tomar banho frio.
Segundo a publicação, os dois réus condenados ao regime fechado cumprirão a pena nas penitenciárias DF-1 e DF-2. Os próprios presos têm de levar suas vestimentas e roupa de cama. As peças têm de ser brancas ou em tons pastéis. Os detentos podem receber visitas de familiares a cada 15 dias.
Os réus do regime semiaberto podem ficar no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), que fica na Papuda. As celas do local variam de tamanho, de acordo com a quantidade de presos. Kátia Rabello e a ex-funcionária do publicitário Marcos Valério Simone Vasconcelos cumprirão pena no Presídio Feminino.
Terra

Ao lado do irmão, Oscar constrange humorista no Altas Horas

Os irmãos Oscar e Tadeu Schmidt foram dois dos entrevistados por Serginho Groisman no programa Altas Horas, da TV Globo, exibido na madrugada de sábado (16) para domingo (17). A atriz Leandra Leal, que está envolvida em um documentário sobre a origem dos travestis no Brasil, foi a outra convidada. Um momento especial, porém, pautou o programa.
Groisman conduziu a entrevista com a dupla sem problemas e fez perguntas sobre temas já conhecidos quando se trata do ex-jogador de basquete, como a conquista do Pan de 1987 e a relação de Oscar e Tadeu com o sobrinho Bruno Schmidt, jogador de vôlei de praia que vem conquistando bons resultados no Circuito Mundial em 2013. As fotos da família Schmidt também foram mostradas no telão do cenário.
Em um dado um momento, os participantes da atração tiveram que brincar com um humorista. O quadro do programa teve Oscar entrevistado por Rudy Landucci, que faz o personagem Mano Brownson (imitação do rapper Mano Brown, vocalista dos Racionais MC’s). A interação do Mão Santa, como era chamado quando jogava, com Landucci não foi das mais amistosas.
Em meio às piadas feitas pelo humorista, Oscar chegou a perguntar se ele havia “ido para a escola” quando jovem. Depois, ao ser convidado a jogar basquete com Mano Brownson, para encerrar o quadro, o ex-atleta rapidamente cortou a brincadeira: “Não”.
Um período de silêncio se sucedeu entre os convidados e a plateia. Oscar, então, explicou: “Basquete só se joga treinado e em forma. Não jogo mais basquete.”
O humorista, então, encerrou o quadro sem realizar mais piadas ou iniciar outro assunto e se despediu de Oscar, levantando e cumprimentando o ex-atleta.
Fora desse tom,  Tadeu seguiu os passos tradicionais de sua apresentação no Fantástico: preferiu fazer brincadeiras e fez uma comparação inusitada. Para o jornalista, a vitória do Brasil sobre os EUA no basquete do Pan-Americano de 1987, quando Oscar foi o cestinha, é uma zebra do nível que seria uma derrota de Usain Bolt nas Olimpíadas.
UOL Esporte

Sinal dos Tempos: Blockbuster fecha a ultima locadora

Há algum tempo, numa galáxia nada distante, gerações de cinéfilos e cineastas — Quentin Tarantino entre eles — foram formadas dentro de videolocadoras. Cada pessoa tinha a sua preferida, algumas lojas com um perfil mais comercial, outras com uma seleção de filmes de arte, todas com a certeza de que se podiam passar horas entre prateleiras coloridas, viajando por histórias a serem descobertas ou revisitadas.
Porém, como costuma ocorrer com os impérios, o reinado das locadoras teve seu fim decretado no início do mês. A Blockbuster, principal empresa do ramo, que chegou a ter nove mil lojas espalhadas pelo mundo, anunciou o fechamento de suas últimas 300 unidades nos Estados Unidos, um marco para a falência de um negócio que vem sofrendo nos últimos anos com a pirataria, a popularidade dos serviços de vídeo sob demanda e, também, com a falta de interesse da própria indústria do cinema. Tanto nos EUA quanto no Brasil.
— Nos últimos três anos, a queda foi de 50% no faturamento. Hoje, semanalmente são alugados cerca de 600 filmes. Há dez anos, eram mais de 1.500 — conta André Mendes, responsável pela Vídeo Estação, locadora que vai fechar as portas de sua última loja, em Botafogo, no início do ano que vem. — Vamos vender todo o acervo para os próprios clientes a partir de dezembro. Depois, devemos operar somente até o primeiro ou o segundo mês de 2014.
Além da Vídeo Estação, uma locadora fundada em 1986 e que já teve lojas em Flamengo, Copacabana e Ipanema, muitas outras empresas vêm concluindo suas atividades no Rio. Na semana passada, foi a vez de a Vídeo Nacional fechar sua filial na Barra, apenas três meses depois de também encerrar a loja do Recreio. Hoje, a empresa, fundada em 1983, mantém cinco locadoras na Zona Sul, sendo que numa delas, a do Leblon, os filmes dividem espaço com produtos hospitalares à venda.
— A gente sabia que o meio digital chegaria em algum momento e que não daria para remar contra a maré. Mas o fim está sendo precipitado pelos executivos dos grandes estúdios e distribuidoras — afirma Hélio do Amaral, proprietário da Vídeo Nacional e ex-presidente da Vídeo Rio, antiga associação de locadoras cariocas, hoje extinta. — Antigamente, respeitavam-se as janelas de tempo para os lançamentos dos filmes. Primeiro era no cinema, seis meses depois nas locadoras, mais alguns meses na TV a cabo e, enfim, na TV aberta. Só que, com a queda do faturamento no cinema, as empresas passaram a eliminar a janela. Hoje, há vezes em que a gente recebe o filme quando ele já está sendo exibido na TV.
“A gente passa meses no vermelho”
Hélio do Amaral conta que se chegou a discutir na Vídeo Rio, há dois anos, uma forma de entrar na Justiça contra os estúdios. Seria uma briga parecida com a travada em 2010 por uma rede de cinemas britânica, que ameaçou não exibir “Alice no País das Maravilhas” depois de a Disney anunciar que lançaria o DVD apenas 12 semanas após a estreia do filme. O objetivo era alavancar a venda do vídeo caseiro, cujo faturamento caíra 20% nos quatro anos anteriores por conta da pirataria. Mas, no fim, a Disney acabou voltando atrás na decisão. E a Vídeo Rio não levou a ideia do processo à frente.
— As distribuidoras estão dando preferência para serviços de TV e de internet. Elas não têm mais interesse nas locadoras — diz Luis Carlos Teixeira Mendes, proprietário da Paradise, em Copacabana, uma das mais tradicionais locadoras do Rio, aberta há 21 anos, hoje com mais de 30 mil sócios cadastrados. — Quando abrimos, o único acesso que se tinha para ver a maioria dos filmes fora do cinema era alugar um VHS. Eu lembro que na transição do VHS para o DVD, por volta do ano 2000, alugávamos de mil a 1.200 filmes num sábado. Hoje não se chega a 500.
Para diminuir os custos, desde julho a Paradise não abre mais aos domingos e ainda diminuiu uma hora no seu funcionamento diário.
— Vivo recebendo oferta de filmes vendidos por locadoras que vão fechar. A Vip Vídeo, na Rua Barata Ribeiro, que nasceu como a locadora King Kong e era mais antiga que a gente, fechou há um mês — conta Teixeira Mendes. — Eu ainda não fechei porque tenho outras fontes de renda. Mas a gente passa meses no vermelho.
Os problemas que vêm sendo enfrentados pelas locadoras cariocas são os mesmos que levaram a Blockbuster a fechar suas lojas nos EUA. Fundada em 1985, a empresa vinha enfrentando problemas financeiros desde o fim da última década, sobretudo pelo sucesso de companhias que oferecem filmes pela internet, como a Netflix. Curiosamente, corre no mercado uma história de que a Blockbuster teve a oportunidade de comprar a Netflix em 2000, mas acabou desistindo da transação por não considerá-la essencial para seus negócios.
A decadência da Blockbuster se acentuou em 2010, quando a rede de locadoras entrou com pedido de falência, o que acarretou, no ano seguinte, a sua venda para a Dish Network, uma companhia americana de TV por satélite. Na ocasião, a Blockbuster já tinha um número reduzido de 1.700 lojas nos EUA, que foram sendo fechadas ao longo dos meses seguintes, até o anúncio de dez dias atrás. Hoje, suas unidades já estão vendendo o acervo de DVDs e Blu-Rays para os clientes. Por coincidência, o último filme alugado numa Blockbuster americana foi “É o fim”, de Seth Rogen e Evan Goldberg.

Queda de Boeing 737 mata ao menos 44 pessoas na Rússia

Pelo menos 44 pessoas morreram neste domingo na queda de um avião de passageiros Boeing 737 no aeroporto da cidade russa de Kazan, capital da república de Tartária, informou o Ministério para Situações de Emergência da Rússia.
“O avião, que fazia a viagem entre Moscou e Kazan, caiu no aeroporto às 19h25 locais (13h25 no horário de Brasília). Segundo informações preliminares, 44 pessoas morreram”, informa um comunicado do escritório local do ministério.
Aparentemente, a aeronave se chocou contra a pista do aeroporto quando tentava voltar após abortar uma primeira tentativa de aterrissagem, acrescentou a fonte.
Folha

Mandela não consegue falar e se comunica por sinais, afirma ex-mulher

Nelson Mandela continua “bastante doente” e não é capaz de falar, mas se “comunica por sinais”, afirmou sua ex-mulher Winnie Madikizela-Mandela ao jornal sul-africano “The Sunday Independent”.
O ícone da luta contra o apartheid, de 95 anos e que recebe atendimento médico em casa desde setembro, “se comunica por sinais com seu rosto”.
“Não pode articular palavras por causa de todos os tubos em sua boca para drenar os pulmões”, disse Winnie à publicação.
“Os médicos afirmaram que esperam que ele recupere a voz”, completou.
“Disseram que respira [ele] com a ajuda de aparelhos. Isto é mentira”, garantiu.
Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul, é atendido por uma equipe de 22 médicos em sua residência de Johannesburgo desde 1º de setembro, depois de ter passado três meses internado por uma infecção pulmonar.
Apesar de estar curado de uma pneumonia, seus pulmões continuam frágeis, destacou Winnie Madikizela-Mandela.
“É difícil para ele, continua muito sensível aos germes e deve permanecer em um ambiente esterilizado. O quarto dele é como um quarto de UTI”, contou ao jornal.
“Mas quando está relaxado, fica bem”.
Os problemas pulmonares do Prêmio Nobel da Paz estão provavelmente ligados às sequelas de uma tuberculose que sofreu quando cumpria uma pena de prisão em Robben Island, perto da Cidade do Cabo, na qual passou 18 de seus 27 anos de detenção sob o regime do apartheid.
Folha de S.Paulo

Confissões de ex-PM revelam a rotina de crimes na corporação


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Depoimento. O ex-PM Rodrigo Nogueira escreveu livro relatando o dia a dia de violência dentro da polícia<br /><br />
Foto: Fotos de divulgação
Entre 2005 e 2009, o então soldado Rodrigo Nogueira, de 32 anos, usou a farda e as armas cedidas pela PM para extorquir dinheiro, torturar traficantes, negociar e vender a liberdade de perigosos assaltantes, julgar e condenar à morte criminosos e suspeitos de crimes, participar de ações da milícia e matar a sangue-frio, sem piedade. É esse o enredo que ele conta em “Como nascem os monstros — A história de um ex-soldado da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro” (Editora Topbooks), lançado mês passado.
Rodrigo foi preso em novembro de 2009, condenado por tentativa de homicídio e extorsão. Pela primeira vez, um ex-PM confessa publicamente ter cometido tamanhas atrocidades. No livro, ele criou um personagem, o soldado Rafael, o protagonista, que narra a história em primeira pessoa.
Apesar de ter confessado vários crimes, o ex-PM nega ter praticado justamente os delitos que o levaram a uma condenação total de 30 anos e oito meses de prisão. Uma vendedora ambulante o acusou de ter tentado extorquir dinheiro dela e de ter lhe dado um tiro no rosto, além de estuprá-la. “Ela foi submetida a exame de corpo de delito, que comprovou que não sofreu agressão sexual”, diz Rodrigo, em entrevista por carta.
Sequestro de chefão do tráfico é outro crime cometido por policial
O livro, de 606 páginas, foi escrito em nove meses. Na narrativa, o soldado Rafael começa a metamorfose de ser humano para monstro depois de cometer o primeiro assassinato a sangue-frio. A vítima foi um ladrão que tinha sido atropelado. O policial o mata e simula ter havido tiroteio.
Rodrigo relata no livro como vendeu um fuzil AK-47 apreendido após confronto com traficantes do Morro do Borel, na Tijuca. O comprador foi um chefe de milícia. Apesar de afirmar ter recusado convite para integrar aquela quadrilha, o ex-policial conta também como participou da ação de milicianos numa favela contra um grupo de traficantes, cujo chefe foi degolado.
“O PM só vale o mal que pode causar”, escreve o soldado Rafael, que começou a carreira extorquindo o produto do roubo praticado por pivetes e gangues de bicicleta e chegou a participar do sequestro de um dos chefões do tráfico no Rio, que chamou de Rufinol e tem tudo para ser Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol. Era um dos maiores fornecedores de drogas do Rio e dominou o Complexo de São Carlos, no Estácio.
Propinas à luz do dia
Quando não conseguiam sequestrar um chefão, policiais cobravam propinas do tráfico, pagas semanalmente, diretamente aos agentes fardados e em carros da polícia, em plena luz do dia. Numa das histórias, Rafael conta que sua equipe invadiu uma favela, dominou o local onde era feita a embalagem da droga e torturou dois traficantes desarmados. Eles foram executados depois que se percebeu que não tinham informações que levassem aos chefes da quadrilha.
Na entrevista, o ex-PM Rodrigo confessa que raramente os policiais que liberam bandidos ou vendem armas a traficantes avaliam o mal que estão causando à sociedade: “O policial que comete esse tipo de crime não pensa nisso. Só o que importa é o lucro”. O PM Rafael, por exemplo, diz no livro que uma vez negociou a liberdade de um ladrão que fora flagrado, na porta de um banco, esperando para assaltar um cliente. Os alvos de extorsão podem ser também, como mostra o texto, usuários de drogas abordados logo após deixarem uma boca de fumo. Num dos casos, os PMs corruptos arrecadaram R$ 10 mil e US$ 2.500 após flagrarem um empresário norueguês com papelotes de cocaína.
“Alguém precisava dar real entendimento ao que acontece dentro dos quartéis da PMERJ, quais são os fatores que transformam homens comuns, pais de família, em assassinos alucinados”, diz Rodrigo.

O Globo

Tomar refrigerantes açucarados regularmente pode danificar e mudar o cérebro

O consumo regular de refrigerantes açucarados pode mudar profundamente o cérebro, dizem especialistas.
Um estudo mostrou que o consumo a longo prazo de uma bebida doce levou a hiperatividade e alterou centenas de proteínas no cérebro. Alterações cerebrais semelhantes foram observadas em doenças como câncer de Alzheimer.
O estudo foi feito com ratos, mas os cientistas australianos disseram que isso fornece evidências de que uma dieta açucarada tem consequência além da nossa saúde física.
A pesquisadora Jane Franklin disse: “Na maioria das sociedades ocidentalizadas, houve um aumento no consumo de bebidas adoçadas com açúcar. Para muitos adultos, estas bebidas representam uma porção substancial de sua ingestão calórica diária. Nossa pesquisa sugere que a longo prazo o consumo de bebidas adoçadas com açúcar pode provocar mudanças duradouras no comportamento e uma profunda mudança na química do cérebro”.
Ela prossegue: “Se você está com sede, beba água. Refrigerantes devem ser apreciados com moderação”.
O alerta veio em meio a crescente preocupação sobre os efeitos da saúde das pessoas usuárias de refrigerantes. Só no Reino Unido, dezenas de milhões de pessoas consomem a bebida todos os dias. O número atinge valores colossais quando aplicado em escala mundial.
Os ataques cardíacos, diabetes, ganho de peso, fragilidade óssea, problemas no pâncreas e câncer de próstata, fraqueza muscular e paralisia têm sido sinalizado como potenciais efeitos colaterais do consumo excessivo.
Este estudo é pioneiro por levar em consideração apenas o cérebro e não o corpo. Franklin, que é da Universidade de Macquarie, na Austrália, comentou ao DailyMail que os ratos foram divididos em dois grupos: os que tomaram água com açúcar todos os dias por 1 mês e outro que tomava apenas água.
O açúcar colocado na água tinha a mesma concentração que aquela encontra nos refrigerantes. Os ratos que a tomaram tornaram-se hiperativos e uma análise aprofundada feita em um pequeno pedaço de tecido retirado de uma única região do cérebro mostrou mudança em mais de 300 proteínas importantes.
Os pesquisadores informaram, em uma conferência anual de neurociência, que poucos estudos têm sido feitos para avaliar os efeitos dos refrigerantes sobre a saúde mental e sobre as funções celulares no cérebro.
Os refrigerantes são um ‘mimo’ e não devem ser consumidos como um alimento básico. Acho que podemos dizer que os refrigerantes afetam a química cerebral, então, pense antes de beber”, concluiu.
R7

NO BRASIL É ASSIM: Alvo do MP, Gaviões recebe R$ 712 mil públicos

Ao mesmo tempo em que enfrenta um pedido de bloqueio em suas contas feito pelo Ministério Público, a Gaviões da Fiel recebe verba pública. No último dia 11, a São Paulo Turismo S/A, que tem como sócia majoritária a prefeitura, autorizou um repasse de R$ 712.055,27 para a torcida. O dinheiro sai dos cofres do município.
A Gaviões da Fiel faz jus à quantia por participar do desfile das escolas de samba do Carnaval de 2014. O montante é igual ao de outras agremiações que estão no principal grupo e não há irregularidades no repasse.
Mas a transferência de recursos públicos contrasta com os processos movidos pelo MP contra a Gaviões. A promotoria cobra multa de R$ 30 mil reais, alegando que foi desrespeitado um acordo pelo qual a uniformizada corintiana se comprometia a não participar de brigas. Sua extinção também foi pedida.
Em 2014, a Gaviões da Fiel homenageará Ronaldo em seu desfile. É normal os homenageados fazerem doações às escolas.
UOL Esporte

Genoino volta a passar mal: ‘Se eu morrer, saberão apontar algozes’

A defesa do ex-presidente do PT e deputado licenciado José Genoino pediu neste domingo, 17, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele possa cumprir sua pena em regime domiciliar. Os advogados de Genoino alegam que o pedido se baseia na precária condição de saúde do petista. Segundo o advogado Luiz Fernando Pacheco, o petista “passou muito mal” e foi atendido por médico particular, providenciado pela família, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está desde a noite de sábado, 16.
Direto do presídio, Genoino reitera que se sente um preso político. Por meio de um emissário, o ex-presidente do PT enviou manifestação de protesto contra o fato der ter sido condenado à prisão em regime semiaberto – mas, desde sexta feira, 15, quando entregou-se à Polícia Federal em São Paulo, encontra-se em regime fechado.
Ele se considera vítima de “uma farsa surreal”, referindo-se à ação penal 470, do mensalão, que culminou com 25 condenados. “Estamos presos em regime fechado, sendo que fui condenado ao semiaberto. Isso é uma grande e grave arbitrariedade, mais uma na farsa surreal que é todo esse processo, no qual fui condenado sem qualquer prova, sem um indício sequer”, disse Genoino.
O petista chama a atenção para sua saúde precária, cardíaco que é, recentemente submetido a delicada cirurgia.
“Sou preso político e estou muito doente.” Ao final de sua manifestação, José Genoino é enigmático. “Se morrer aqui, o povo livre deste País que ajudamos a construir saberá apontar os meus algozes.”
Com dores no peito e falta de ar, o petista foi atendido no presídio por um cardiologista de confiança da família, que constatou que Genoino estava com a pressão alta. Foi a terceira vez que o petista passou mal desde que se apresentou à Polícia Federal em São Paulo, na noite da sexta-feira. Na própria sexta, pouco depois de entrar na superintendência, bastante ofegante enquanto aguardava a chegada do mandado de prisão na sala do delegado de plantão, Genoino pediu para descansar e foi encaminhado à carceragem, onde pôde se deitar.
No voo que levou Genoino e o ex-ministro José Dirceu a Belo Horizonte nesse sábado – uma parada antes que fossem transferidos a Brasília -, o deputado federal licenciado voltou a sentir-se mal. Muito ofegante e fraco, ele foi atendido tão logo o avião pousou na capital mineira – uma ambulância aguardava na pista a chegada da aeronave.
Em julho, Genoino passou por uma cirurgia cardíaca em São Paulo, ficando internado até o dia 20 de agosto.
O coordenador do setorial jurídico do PT-SP, Marco Aurélio de Carvalho, um dos advogados que assistem Genoino, criticou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF, Joaquim Barbosa), pela decisão de obrigar o petista a ir para Brasília. “O Estado brasileiro e Joaquim Barbosa assumiram um risco desnecessário, já que o regime dele (Genoino) é semiaberto e para ser cumprido em São Paulo, local de seu domicílio”, declarou.
O ex-presidente do PT cumpre pena em regime semiaberto pelo crime de corrupção ativa, pelo qual foi punido com 4 anos e 8 meses de prisão. Ele ainda tem chances de se livrar da punição por formação de quadrilha em julgamento previsto para ocorrer ano que vem no Supremo.
Estadão

Além da Queda o Coice. Condenados do Mensalão ainda terão que pagar R$ 27 milhões de multas a partir desta semana

Além da prisão, os condenados no processo do mensalão vão ter de se preocupar com o bolso. São R$ 27,27 milhões de multa, em valores atualizados, a serem pagos por 16 dos 25 réus. Eles não têm mais o direito de recorrer contra todas ou algumas de suas condenações. Assim, a execução da pena começa já nesta semana.
O valor exato da multa ainda vai ser calculado pela Contadoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), e pode mudar. O GLOBO chegou à estimativa de R$ 27,27 milhões usando uma ferramenta disponível no site do tribunal, que permite fazer a correção dos valores desde a época em que os crimes aconteceram.
A correção monetária fez a multa aumentar nominalmente em quase dois terços em relação aos valores de 2003, 2004 e 2005, anos em que os fatos ocorreram. Sem a correção, as multas somadas dos 16 condenados chegam a R$ 16,46 milhões.
As condenações — tanto de prisão quanto de multa — foram aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas não houve definição do valor nominal. No caso do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por exemplo, o STF estipulou apenas que a multa seria igual a “260 dias-multa, no valor de 10 vezes o salário mínimo vigente à época do fato”. Levando em conta o valor de R$ 260 que passou a vigorar em maio de 2004, e multiplicando por 2.600, a multa chega a R$ 676 mil. Atualizando para o último dia 15 de novembro, o valor sobe para R$ 1,1 milhão.
Dirceu foi apontado como líder da quadrilha do mensalão, mas a multa mais pesada ficou com o operador do esquema, Marcos Valério. Em valores atualizados, estima-se que ele vai ter de pagar R$ 5,08 milhões. Em seguida vêm seus ex-sócios Ramon Hollerbach (R$ 4,64 milhões) e Cristiano Paz (R$ 4,22 milhões). Isso se explica pelo alto número de crimes cometidos pelos empresários. Excetuando-se quadrilha, crime para o qual ainda será julgado um recurso, Dirceu foi condenado apenas por corrupção ativa. Os outros três foram condenados também por peculato, lavagem de dinheiro e, com exceção de Cristiano, evasão de divisas.
Além de Dirceu, Valério e seus antigos sócios, outros cinco réus deverão pagar multas acima de R$ 1 milhão. Entre eles está o delator do esquema, o ex-deputado Roberto Jefferson: R$ 1,2 milhão de multa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente do PT José Genoino foi penalizado em R$ 765 mil por corrupção ativa. Pelo mesmo crime, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares foi multado em R$ 575 mil.
Os critérios de aplicação e execução das multas são definidos pelo Código Penal. Elas devem ser pagas dentro de dez dias depois do trânsito em julgado, ou seja, do fim do processo. Caso isso não ocorra, o valor vai para a dívida ativa e a cobrança passa a ser de responsabilidade da Receita Federal. O dinheiro arrecadado vai para o fundo penitenciário. As multas não incluem a restituição dos valores desviados. Essa cobrança é feita à parte.
O Globo

Mensalão: Barbosa volta à carga a partir de hoje


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deve expedir hoje novos mandados de prisão contra os condenados do processo do mensalão. A levar em conta seu voto na sessão da corte na quarta passada, a expectativa é que até sete novos mandados sejam expedidos.
Entre os sete estão os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e o delator do esquema, Roberto Jefferson (PTB). Todos escaparam da primeira leva de prisões, que incluiu o ex-ministro José Dirceu, o deputado José Genoino e o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza.
Também pode ser determinado o início do cumprimento das penas alternativas do ex-sócio da corretora Bonus Banval Enivaldo Quadrado, do ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri e do ex-deputado José Borba. Eles terão de prestar serviços comunitários e pagar multas.
Dentre os 25 condenados, só três têm a certeza de que não cumprirão suas penas agora: o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e outro ex-sócio da Bonus Banval, Breno Fischberg.
Eles têm direito à apreciação de um recurso pelo STF. Por isso, seus casos só devem ser concluídos em 2014. Além disso, 12 réus terão analisados no ano que vem outros recursos, os chamados embargos infringentes, que podem reduzir suas penas.
Para poder decretar as prisões, Barbosa terá que certificar o chamado trânsito em julgado, o fim oficial do processo, para parte dos réus.
Na sexta, feriado da Proclamação da República, o ministro expediu os mandados poucas horas após certificar o fim do processo contra Dirceu, Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
CRÍTICAS
Os mandados expedidos por Barbosa estão sendo criticados por advogados.
Segundo eles, como não há menção ao regime de prisão, condenados como Dirceu, que têm direito à prisão no semiaberto, podem começar a cumprir pena no fechado -na realidade, eles estão sob custódia provisória da Polícia Federal numa unidade especial dentro do complexo da Papuda, em Brasília.
A defesa do ex-ministro chegou a enviar petição ao STF para evitar que ele cumpra pena num regime mais grave que o imposto pela corte. O documento ainda não foi respondido por Barbosa.
Outra crítica é sobre o envio dos presos a Brasília.
O advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros Filho, disse que apresentará um pedido à Justiça para que seu cliente cumpra pena num presídio próximo de sua família, possivelmente em Goiás.
O advogado da ex-diretora da agência SMPB Simone Vasconcelos, Leonardo Yarochewsky, afirmou que o envio dos condenados para Brasília foi “desperdício de dinheiro público” e que irá pedir a transferência dela.
Apesar da expectativa do cumprimento de novos mandados, Barbosa deve passar o dia longe do Supremo. Ele abrirá o Encontro Nacional do Judiciário, em Belém.
O presidente do STF não deu declarações desde que emitiu os primeiros mandados de prisão. 

(SEVERINO MOTTA) – FOLHA SP

Mensalão: presos viajaram algemados e proibidos de conversar no avião da PF

De acordo com reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, ao serem transferidos para Brasília os nove condenados no mensalão viajaram algemados no avião da Polícia Federal. Eles foram proibidos por agentes que os escoltavam de conversar uns com os outros. O uso das algemas chegou a ser contestado pelos advogados dos presos. Mas a Polícia Federal (PF) alegou que se trata de uma regra de segurança.
No mandado de prisão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, determinou que os presos fossem tratados “com absoluta urbanidade” e tivessem garantidos seus direitos constitucionais.